
Ah, meu caro leitor conservador, cá estamos novamente diante de mais um espetáculo bizarro do circo jurídico nacional. Você já deve estar acostumado com essa novela sem fim, onde a justiça, supostamente cega, parece enxergar muito bem quando se trata de perseguir um certo ex-presidente que ousou desafiar o establishment.
Sim, você leu certo. O excelentíssimo ministro Alexandre de Moraes, aquele mesmo que já protagonizou inúmeras aberrações jurídicas, decidiu encaminhar a denúncia contra Jair Bolsonaro à Primeira Turma do STF. E quem será o responsável por decidir se essa palhaçada avança? Ninguém menos que Cristiano Zanin, o ex-advogado de Lula. Pois é, mais uma daquelas coincidências inacreditáveis que só acontecem na política brasileira.
E do que Bolsonaro está sendo acusado dessa vez? Bem, segundo a sempre “imparcial” Procuradoria-Geral da República (PGR), ele teria tentado abolir violentamente o Estado democrático de direito, teria orquestrado um golpe de Estado, além de danos ao patrimônio da União e participação em organização criminosa. É quase uma lista completa de tudo que qualquer ditador de quinta categoria faria – exceto pelo pequeno detalhe de que nada disso aconteceu.
Agora, se você ainda não caiu da cadeira de tanto rir (ou chorar), veja só o que mais está na denúncia: um suposto “núcleo crucial da organização criminosa” que inclui desde o ex-comandante da Marinha até o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Segundo a PGR, esse grupo teria planejado uma espécie de golpe cinematográfico digno de Hollywood – um roteiro tão ridículo que nem mesmo os produtores de filmes B se dariam ao trabalho de filmar.
Mas a cereja do bolo vem agora. Quem está na lista dos que devem julgar Bolsonaro? Flávio Dino e Cármen Lúcia, ambos conhecidos por sua “isenção” quando o assunto é o ex-presidente. O placar já parece estar decidido antes mesmo do apito inicial.
Agora, vamos falar a verdade, meu caro leitor. Se fosse para julgar um ex-presidente por atentar contra a democracia, não seria mais apropriado revisitar os escândalos de corrupção, os aparelhamentos estatais, os mensalões e petrolões do passado? Ou será que a definição de crime contra a democracia mudou e agora inclui governar contra os interesses da esquerda?
O modus operandi é sempre o mesmo: um aparato judiciário militante decide que um opositor precisa ser neutralizado. Primeiro, criam-se as narrativas. Depois, selecionam-se os personagens. Então, entram em cena os veículos de imprensa “isentos” para fazer o trabalho sujo da propaganda. A população assiste a tudo sem ter muito o que fazer, já que qualquer manifestação contrária pode ser rotulada de antidemocrática.
Enquanto isso, figuras que efetivamente desafiaram as instituições republicanas permanecem livres, leves e soltas, desfrutando de suas aposentadorias milionárias ou planejando suas próximas incursões no poder. Mas Bolsonaro? Ah, esse não pode nem respirar sem ser monitorado.
O mais interessante nessa história é o timing. Afinal, estamos em 2025 e já temos um ano eleitoral se aproximando. Você acha que essa denúncia é apenas coincidência? Será mesmo que as “forças do bem” querem apenas garantir que a justiça seja feita, ou será que há um esforço para minar qualquer possibilidade de um retorno de Bolsonaro à presidência?
Se há algo que aprendemos nos últimos anos, é que quando se trata da justiça brasileira, o jogo sempre tem cartas marcadas. E dessa vez não é diferente. O STF já provou que tem lado. A PGR já provou que tem lado. E a grande mídia, então? Nem se fala.
A pergunta que fica é: até quando o brasileiro vai tolerar essa farsa? Até quando veremos ex-presidentes perseguidos por crimes fictícios enquanto aqueles que verdadeiramente atacaram as instituições seguem impunes? O tempo dirá, mas uma coisa é certa: Bolsonaro pode estar sendo julgado, mas é a democracia brasileira que está realmente no banco dos réus.
Com informações Folha de S.Paulo