
Meus amigos conservadores, aqui estamos novamente, diante de mais um episódio que escancara a fragilidade do sistema que nos vendem como infalível. Sim, senhores, o Banco Central confirmou o primeiro vazamento de dados do Pix em 2025, e cá estamos nós, assistindo a mais uma reviravolta nesse espetáculo chamado “segurança digital”.
O vazamento comprometeu 25.349 chaves Pix sob a responsabilidade da fintech QI SCD. Mas fiquem tranquilos, segundo o Banco Central, foram apenas “falhas pontuais”. Imagino que para os afetados seja reconfortante saber que seus dados ficaram expostos por um “pequeno detalhe técnico”. A partir de agora, temos que nos acostumar com a ideia de que nossas informações podem simplesmente “escorregar” pelo sistema sem maiores consequências para os responsáveis.
O que foi exposto? Nome do usuário, CPF mascarado (porque um disfarce de números aleatórios certamente impedirá qualquer uso indevido, não é?), instituição de relacionamento, agência, número e tipo de conta. Nada muito relevante, garantem eles. Claro, porque basta confiar cegamente nas boas intenções de quem tiver acesso a esses dados. Afinal, na nova era digital, os criminosos certamente não sabem como explorar uma informação incompleta para atingir seu objetivo.
Mas calma, que tem mais: o Banco Central fez questão de frisar que as pessoas afetadas serão notificadas somente pelo aplicativo ou pelo internet banking da instituição. Então, se você recebeu um e-mail, um SMS ou qualquer outra comunicação sobre isso, fuja! Esse é o nível de segurança que temos: um vazamento de dados que pode, ironicamente, abrir portas para golpes e fraudes. Mas o próprio Banco Central já avisa: se você for enganado por um criminoso que se aproveitou dessa brecha, a culpa é sua por cair no golpe. Afinal, eles avisaram que não avisariam de outra forma.
E, como era de se esperar, o BC já prometeu medidas punitivas contra a fintech envolvida. O que isso significa? Uma multa simbólica? Uma advertência formal? O fechamento da empresa? Ninguém sabe. O fato é que, como sempre, o consumidor é quem paga o pato. E a confiança no Pix, que já vinha sendo questionada por especialistas, sofre mais um duro golpe.
O mais interessante nessa história toda é que, enquanto os vazamentos continuam acontecendo, seguimos escutando a narrativa de que o Pix é um dos sistemas de pagamento mais seguros do mundo. Sim, meus amigos, vocês entenderam certo. Se o Pix é tão seguro, por que os vazamentos continuam acontecendo? O que será necessário para que os responsáveis finalmente admitam que esse modelo tem falhas sérias que precisam ser corrigidas com urgência?
A verdade é que estamos assistindo à lenta e constante erosão da nossa privacidade. Dados que deveriam estar sob o mais alto nível de proteção são expostos, e no final do dia, tudo o que recebemos são desculpas e promessas vazias de que “novas medidas serão adotadas”. Quantos vazamentos mais serão necessários para que isso pare de ser tratado como um simples detalhe técnico?
Meus caros, esta é a realidade do sistema que nos impõem. A cada novo vazamento, a confiança na segurança digital se esvai um pouco mais. E, infelizmente, parece que ninguém quer admitir que o problema não são apenas “falhas pontuais”, mas sim um sistema que, apesar de todas as promessas, não é tão seguro quanto tentam nos fazer acreditar.
Com informações Folha de S.Paulo