
Ah, caros leitores do Conservadores Online, preparem-se para uma jornada pelo teatro político onde os atores principais parecem ter se esquecido do roteiro original. Recentemente, o colunista Reinaldo Azevedo, UOL, conhecido por suas opiniões que dançam conforme a música progressista, resolveu tecer comentários sobre as manifestações em São Paulo e no Rio de Janeiro, ambas em defesa da anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023.
Azevedo, com sua costumeira habilidade de transformar números em narrativas convenientes, aponta que as manifestações foram um “mico” e um “supermico”, respectivamente. Segundo ele, a presença de público foi inferior ao esperado, especialmente quando se considera a população de cada estado. Ora, sejamos francos: desde quando a validade de uma manifestação se mede apenas pelo número de participantes? Se assim fosse, deveríamos desconsiderar as históricas Diretas Já, que, apesar de não terem mobilizado milhões nas ruas, tiveram impacto significativo na redemocratização do país.
O colunista também critica a presença de figuras políticas de destaque nos eventos, insinuando que isso seria uma tentativa de pressionar o Judiciário. Interessante notar como a participação política é vista como legítima quando alinha-se à sua visão de mundo, mas torna-se suspeita quando vem de opositores ideológicos. Afinal, não é exatamente isso que a democracia preconiza? A livre manifestação de ideias e o direito de reunião são pilares fundamentais que parecem ser esquecidos quando não convêm à narrativa dominante.
Além disso, Azevedo menciona pesquisas que indicam uma preferência pela manutenção das prisões dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Curioso como essas pesquisas ganham destaque quando corroboram determinadas posições, mas são rapidamente desacreditadas ou ignoradas quando apontam em outra direção. O colunista parece esquecer que a opinião pública é volátil e frequentemente moldada por narrativas midiáticas que, não raro, carecem de isenção.
Ao longo de sua análise, Azevedo utiliza termos como “golpistas” para se referir aos manifestantes, uma generalização perigosa que ignora a complexidade dos eventos e das motivações individuais. Tal postura não apenas desrespeita os princípios do jornalismo imparcial, mas também inflama ainda mais as divisões já existentes na sociedade. Seria mais prudente e responsável buscar compreender as razões que levam milhares às ruas, em vez de simplesmente rotulá-los de forma pejorativa.
Em suma, a análise de Reinaldo Azevedo reflete uma visão parcial e tendenciosa dos acontecimentos, desconsiderando aspectos fundamentais da democracia e do direito à livre manifestação. Ao invés de promover um debate saudável e construtivo, opta-se por uma retórica que apenas aprofunda as divisões e dificulta o entendimento mútuo. Cabe a nós, defensores dos valores conservadores e da verdadeira liberdade, questionar tais narrativas e buscar a verdade além das lentes embaçadas do viés ideológico.
Com informações UOL