“Ato pró-anistia teve efeito contrário e vai sepultar projeto na Câmara”, diz Lidbergh Farias

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Quem diria que, no Brasil de 2025, expressar-se publicamente em defesa de valores constitucionais — como liberdade, anistia e justiça — se tornaria sinônimo de “erro estratégico”. Sim, segundo o líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), a presença de milhares de brasileiros na Avenida Paulista, no último domingo (06), em apoio a Anistia aos presos de 8 de janeiro, foi mais um “tiro no pé” do conservadorismo. Um evento cívico, pacífico, repleto de patriotismo e comovente clamor por liberdade, agora é retratado como um fracasso político — porque ousou enfrentar o sistema.

A matéria publicada pelo UOL, traz a seguinte manchete: “Lindbergh: ato pró-anistia teve efeito contrário e vai sepultar projeto na Câmara”. Sim, você leu corretamente. O simples fato de o povo demonstrar seu inconformismo, de levantar a voz diante da omissão do Congresso Nacional, foi interpretado pela esquerda como um erro político. E, infelizmente, isso diz muito sobre o tipo de democracia que estamos vivendo.

É curioso ver Lindbergh Farias, outrora conhecido por sua militância inflamável nos tempos de UNE e greves estudantis, agora vestindo o terno da institucionalidade para reclamar que o povo está… protestando demais. A ironia é quase cômica — se não fosse trágica. O mesmo homem que exaltava piquetes e ocupações como expressões legítimas da vontade popular agora vê com maus olhos uma manifestação que não queimou pneus, não depredou agências bancárias, nem sequestrou prédios públicos. O crime, ao que parece, foi gritar “liberdade” na rua errada, com a bandeira errada e apoiando o homem errado.

Segundo Lindbergh, os discursos direcionados ao presidente da Câmara, Hugo Motta (União-PB), acabaram inviabilizando a tramitação do projeto de anistia aos réus do 8 de janeiro. A lógica é simples — e perigosamente autoritária: se você pressiona um parlamentar ou cobra uma posição pública de um líder do Congresso, sua pauta morre. Não há mais espaço para o clamor das ruas, apenas para o sussurro dos conchavos de bastidores. E se você é um cidadão que teve amigos presos sem julgamento justo, ou conhece famílias que foram perseguidas judicialmente por participarem de manifestações legítimas, segundo Lindbergh, seu pedido de justiça agora é “impertinente”.

É assim que se consolida uma democracia de gabinete, onde o povo é tratado como um incômodo ruído de fundo.

O que Lindbergh talvez não perceba — ou talvez perceba bem demais — é que esse tipo de arrogância institucional não desmobiliza a base conservadora. Pelo contrário. Ao tentar deslegitimar uma manifestação pública massiva, à luz do dia, com faixas, orações, discursos e clamor popular, ele apenas reforça a sensação de que o sistema está fechado para qualquer voz que não ecoe as palavras de ordem do Partido dos Trabalhadores.

A estratégia da esquerda, como bem sabemos, sempre foi se apropriar da linguagem da democracia enquanto destrói, passo a passo, os mecanismos que a sustentam. Foi assim na Venezuela, na Nicarágua, na Bolívia — e é exatamente isso que está em curso no Brasil. Primeiro, criminaliza-se a oposição. Depois, censuram-se as redes sociais. Em seguida, seleciona-se quais manifestações são “democráticas” e quais são “antidemocráticas”. Finalmente, os parlamentos se tornam trincheiras de autoelogio, onde Lindberghs e Marinas discursam sobre tolerância enquanto apertam os cintos da repressão institucional.

A manifestação do dia 6 de abril teve um peso simbólico gigantesco. Ela não nasceu apenas de um sentimento de injustiça, mas de revolta com o cinismo institucional que paira sobre Brasília. A sugestão de 14 anos de prisão para Michelle Bolsonaro por um suposto crime ligado a doações via Pix — isso mesmo, PIX — escancarou o que muitos já sentiam: que a perseguição contra o bolsonarismo se tornou sistemática, seletiva e insana.

Aliás, é emblemático que o próprio Bolsonaro, mesmo sob investigação da Polícia Federal, tenha tido a coragem de ir à Paulista, de peito aberto, para falar ao povo. Compare isso à postura de Lula, que raramente aparece fora de eventos controlados, com público selecionado e perguntas combinadas. Um ex-presidente ameaçado judicialmente que ainda arrasta multidões para as ruas, enquanto o atual presidente desvia da realidade com viagens inúteis e falas desconexas. Isso, por si só, já é um editorial vivo sobre a saúde da nossa democracia.

Mas voltemos à análise da matéria do UOL. O texto sugere que o ato “desagradou o Centrão”, especialmente o presidente da Câmara. Ora, desagradou por quê? Porque houve cobranças públicas? Porque o povo pediu que os deputados assumissem alguma posição além do silêncio cúmplice? Desde quando o papel do povo é não incomodar o poder? Será que o Congresso virou um templo intocável, onde apenas os ungidos pela máquina partidária podem falar?

Se a anistia morreu — como prevê Lindbergh — não foi por causa da manifestação, mas porque nunca houve vontade política genuína de encará-la de frente. O Centrão temeroso, o PT vingativo, o STF ativista e os meios de comunicação coniventes criaram juntos um campo minado onde qualquer passo dado pelo bolsonarismo é transformado em crime. E qualquer tentativa de conciliação que venha da direita é tratada como rendição moral.

A verdade é que essa rejeição hipócrita ao clamor popular revela, no fundo, o medo que esses políticos têm da força simbólica de Bolsonaro. Apesar de todo o cerco, das investigações, das inquéritos e das manchetes sensacionalistas, ele ainda mobiliza milhões. Nenhum outro político no Brasil, incluindo Lula, tem esse alcance orgânico. Nenhum. Nem mesmo Ciro Gomes com seu carisma universitário, nem Marina Silva com sua retórica ecológica, nem muito menos o sumido Geraldo Alckmin, que hoje é vice decorativo de um governo sem rumo.

E é justamente por isso que a anistia não avança. Porque perdoar os “réus do 8 de janeiro” seria reconhecer que houve excessos institucionais, abusos jurídicos e prisões preventivas sem provas, e isso desmontaria toda a narrativa do “golpismo bolsonarista”. Seria admitir que, talvez, o autoritarismo não estivesse nas ruas — mas sim nos gabinetes. E isso, meus amigos, o sistema não perdoa.

Mas o povo perdoa. O povo entende. O povo resiste.

Ao contrário do que pensa Lindbergh, a manifestação do dia 6 não foi um erro. Foi um grito necessário. E se Hugo Motta se sentiu pressionado, ótimo. Que bom que alguém em Brasília ainda tem sensibilidade para perceber que há uma Nação lá fora exigindo respeito. E se o PT acha que pode usar a opinião de Lindbergh como termômetro político, talvez esteja subestimando o que está por vir.

O bolsonarismo não depende de cargos ou de gabinete. Ele se sustenta numa rede viva, popular, orgânica, que cresceu em resposta ao colapso moral do establishment político. E enquanto houver cristãos perseguidos, empresários censurados, cidadãos presos por crime de opinião ou famílias ameaçadas por falar em “Deus, Pátria, Família e Liberdade”, essa rede continuará pulsando. Mais forte. Mais determinada. Mais consciente.

O que o UOL e Lindbergh chamam de “sepultamento” da anistia, talvez seja apenas o prenúncio do renascimento da consciência nacional.

E se a Câmara dos Deputados pretende ignorar esse chamado, ela mesma estará se cavando uma cova — mas não será para o projeto de anistia. Será para a própria credibilidade institucional de um Parlamento que prefere agradar editorialistas e ministros do Supremo do que ouvir as ruas que o elegeram.

O Brasil real está acordado. E não vai mais dormir.

Com informações UOL

Leandro Veras

Fundador e Editor do Conservadores Online

Leandro Veras acompanha de perto a política e os bastidores do poder no Brasil, com um olhar atento para os impactos sociais, econômicos e morais das decisões tomadas em Brasília. Atua como uma voz ativa no debate público, abordando temas que vão desde os jogos de influência entre o STF e o Congresso Nacional, passando pelas relações do Brasil com Israel e o Ocidente, até os reflexos das crises globais no cotidiano das famílias brasileiras. Já escreveu sobre tudo: desde a interferência da China no agronegócio brasileiro, passando por imigrantes ilegais nas fronteiras amazônicas, até agricultores brasileiros queimando safra por falta de infraestrutura e apoio governamental. Seu compromisso é com a verdade, a liberdade e os valores cristãos que moldaram nossa civilização.

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