
No último domingo, 6 de abril de 2025, a Avenida Paulista foi palco de uma manifestação significativa em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Entidades acadêmicas, como o Monitor do Debate Político no Meio Digital, do Cebrap, e a ONG More in Common, supervisionada pela USP, estimaram a presença de aproximadamente 44,9 mil pessoas, com uma margem de erro de 5,4 mil. Esses números coincidem com os do Datafolha, que apontou 55 mil participantes. No entanto, é notório que tais estimativas frequentemente subdimensionam a real magnitude dessas manifestações conservadoras.
A Polícia Militar de São Paulo optou por não divulgar estimativas de público, uma decisão que levanta questionamentos sobre a transparência e a imparcialidade das instituições públicas em relação a eventos de cunho conservador. A ausência de dados oficiais abre espaço para narrativas que podem minimizar a força do movimento.
Durante o evento, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro destacou a situação de Débora dos Santos, cabeleireira que ficou conhecida por escrever, com batom vermelho, a frase “perdeu, mané” na Estátua da Justiça, em Brasília, durante as manifestações de 8 de janeiro. Débora foi presa em 17 de março de 2023, no âmbito da Operação Lesa Pátria, e atualmente cumpre prisão domiciliar. Michelle Bolsonaro afirmou que Débora se tornou um símbolo da luta pela justiça no Brasil, ressaltando a necessidade de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
A presença de figuras políticas de destaque, como governadores e parlamentares alinhados ao conservadorismo, reforça a relevância do movimento e a coesão em torno dos ideais defendidos. A manifestação ocorreu de forma pacífica, com participantes vestidos de verde e amarelo, cores que simbolizam o patriotismo e o orgulho nacional.
É fundamental questionar a imparcialidade das instituições acadêmicas e de pesquisa que fornecem dados sobre eventos políticos. Historicamente, observa-se uma tendência dessas entidades em subestimar a força e a representatividade dos movimentos conservadores, possivelmente refletindo vieses ideológicos que permeiam o ambiente acadêmico brasileiro.
A mídia tradicional, por sua vez, frequentemente ecoa essas estimativas sem o devido questionamento, contribuindo para a construção de uma narrativa que desvaloriza a mobilização popular em torno de pautas conservadoras. Essa prática não apenas distorce a percepção pública, mas também influencia o debate político de maneira desleal.
A postura da Polícia Militar de não divulgar estimativas de público em eventos dessa natureza é preocupante. A transparência e a prestação de contas são pilares fundamentais das instituições públicas, e a omissão de informações relevantes compromete a confiança da população nas forças de segurança. Além disso, essa lacuna informacional permite que narrativas enviesadas ganhem espaço, prejudicando a compreensão real dos fatos.
A figura de Débora dos Santos emerge como um símbolo da resistência contra arbitrariedades e da luta por justiça. Sua prisão e posterior conversão para prisão domiciliar evidenciam a seletividade com que o sistema judiciário tem atuado em relação aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Enquanto alguns são tratados com rigor exacerbado, outros, alinhados a ideologias distintas, recebem tratamento mais brando.
Michelle Bolsonaro, ao destacar o caso de Débora, evidencia a necessidade de revisão crítica das ações judiciais e políticas que têm sido adotadas. A anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro não é apenas uma questão de clemência, mas de reconhecimento das inconsistências e possíveis excessos cometidos pelo Estado.
A mobilização popular em torno dessas pautas demonstra a insatisfação crescente com a condução atual do país e a busca por uma representação política que verdadeiramente reflita os valores conservadores. A presença massiva de cidadãos nas ruas, mesmo diante de tentativas de deslegitimação, é um indicativo claro de que o movimento conservador mantém sua força e relevância no cenário nacional.
É imperativo que os veículos de comunicação e as instituições acadêmicas adotem uma postura mais equilibrada e isenta na cobertura e análise de eventos políticos. A pluralidade de ideias e a diversidade de perspectivas são essenciais para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática. A manipulação ou omissão de informações, seja por viés ideológico ou por interesses escusos, compromete a integridade do debate público e enfraquece as bases do Estado de Direito.
A manifestação na Avenida Paulista serve como um lembrete contundente de que a voz do povo não pode ser silenciada ou ignorada. Os cidadãos conservadores, cientes de seus direitos e deveres, continuarão a se mobilizar em defesa de seus valores e em busca de um Brasil que respeite as liberdades individuais, a justiça e a verdade.
A luta por anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro é, em última análise, uma luta pela preservação dos princípios democráticos e pela garantia de que todos os cidadãos sejam tratados com equidade perante a lei. A seletividade e o uso político das instituições judiciais são ameaças reais à democracia e devem ser enfrentados com firmeza e determinação.
A participação ativa de lideranças políticas e da sociedade civil é crucial nesse processo. A união em torno de causas justas e legítimas fortalece o movimento conservador e amplia sua capacidade de influenciar positivamente os rumos do país.
É necessário, portanto, que os cidadãos permaneçam vigilantes e engajados, questionando narrativas tendenciosas e exigindo transparência e imparcialidade das instituições. Somente assim será possível construir um Brasil mais justo, livre e alinhado aos valores que norteiam a maioria de sua população.
A manifestação de 6 de abril é um marco na trajetória do movimento conservador brasileiro, evidenciando sua resiliência e capacidade de mobilização. Apesar das tentativas de minimizar sua importância,
Com informações Revista Oeste