Deputado deseja morte de Lula e AGU reage com pedido de investigação à PF

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 Agência Câmara

É curioso como as engrenagens do Estado brasileiro giram velozmente apenas quando a intenção é silenciar um opositor de direita. Gilvan da Federal, deputado federal pelo PL-ES, é o mais novo alvo do que se convencionou chamar de “justiça seletiva”. Em matéria publicada pela Agência Brasil, vimos uma narrativa construída em cima de uma indignação “institucional” diante das declarações proferidas pelo parlamentar na Comissão de Segurança Pública, onde expressou sua revolta contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Antes que qualquer progressista com acesso ao Twitter venha ranger os dentes, é preciso colocar os pingos nos “is”. O que está em jogo aqui não é o tom da fala — que, sim, foi duro e direto —, mas sim a liberdade de expressão de um parlamentar eleito democraticamente para representar vozes que há muito tempo são ignoradas e silenciadas dentro do Congresso Nacional.

Vamos recapitular os fatos com base na matéria da própria Agência Brasil: durante a sessão, Gilvan da Federal comentou o absurdo de acusações infundadas sobre planos de assassinato contra Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. Indignado, o deputado disparou palavras duras, dizendo que desejava que Lula “fosse para o quinto dos infernos”. A Advocacia-Geral da União (AGU), sempre solícita quando se trata de proteger a elite do poder, imediatamente pediu investigação à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), alegando suposta incitação ao crime e ameaça.

A hipocrisia escancara-se: enquanto isso, nenhum processo é aberto contra os “artistas” que desejaram a morte de Jair Bolsonaro, contra jornalistas que o acusaram de genocídio sem prova alguma, ou contra “intelectuais” que diariamente pregam a destruição de tudo o que é conservador e cristão neste país. Não há, nesses casos, notícia de “notícia de fato”, investigação urgente ou mobilização da AGU. É sempre o mesmo script: se o alvo for de esquerda, silencia-se; se for de direita, crucifica-se em praça pública.

A pergunta que não quer calar: onde estava a AGU quando Lula chamou Bolsonaro de genocida? Ou quando artistas desejaram que o ex-presidente fosse assassinado ou preso com base em narrativas ridículas e infundadas? A resposta é simples: estavam todos calados, alinhados ao sistema, com os braços cruzados diante da destruição da honra alheia — desde que o ofendido fosse de direita, claro.

O que assistimos neste episódio é muito mais do que uma indignação seletiva: é uma tentativa grotesca de criminalizar o pensamento conservador.

Desde que Jair Bolsonaro deixou o cargo, a esquerda institucionalizada tenta a todo custo transformar qualquer discurso que desagrade o status quo em crime. E agora, usam o peso do Estado — PF, PGR, AGU, STF, e a mídia estatal — como braços inquisitoriais para intimidar quem ouse desafiar a ordem progressista. A liberdade de expressão, esse direito tão caro às democracias maduras, está sendo cada vez mais condicionada à aprovação ideológica do regime.

A fala de Gilvan da Federal foi, sim, inflamada. Mas foi também uma expressão de desespero e repúdio de um brasileiro que vê seu país sendo desmontado por um governo que abraça narcotraficantes da América Latina, empurra o país para os braços de regimes autoritários e relativiza a moral e a família tradicional a cada canetada. E mais: não há qualquer evidência de que o deputado tenha incitado qualquer ação violenta ou tenha ameaçado Lula pessoalmente. Ele não mandou ninguém agir, não orquestrou nada, não arquitetou crime. Apenas falou — e num ambiente de representação popular. Se nem isso mais um parlamentar pode fazer, então é hora de acender o alerta vermelho.

O artigo 53 da Constituição é cristalino: “os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. Mas a esquerda resolveu reescrever essa cláusula, interpretando a imunidade parlamentar como um luxo que só serve quando o parlamentar for “progressista”. O mesmo STF que hoje quer investigar Gilvan da Federal, blindou Jean Wyllys e Glauber Braga diversas vezes após ofensas públicas e reiteradas a ministros e chefes de Estado. Dois pesos, duas medidas.

E por falar em STF, é impossível ignorar o papel central de Alexandre de Moraes, o “superministro” que, junto ao atual governo, parece ter assumido a missão pessoal de censurar, prender e calar qualquer figura conservadora com voz. O mesmo Moraes que agora “surfa” na imprensa internacional — como na recente entrevista à The New Yorker, onde decretou o “fim político” de Bolsonaro — age como se fosse o imperador absoluto da moral brasileira. E ainda ousa desafiar Elon Musk e até Donald Trump, numa espécie de surto autoritário megalomaníaco.

Mas voltemos ao ponto: a tal “ameaça” proferida por Gilvan da Federal precisa ser contextualizada. Trata-se de um parlamentar revoltado, diante de um país em frangalhos, com um governo que censura, persegue opositores, abraça ditaduras, debocha da fé cristã, legaliza drogas e quer destruir o direito à legítima defesa. Ele usou uma linguagem popular, dura, sim, mas em consonância com a indignação que ecoa nas ruas do Brasil. Não é o deputado que está fora da linha — é o sistema que perdeu o senso de proporcionalidade.

Agora, querem acusá-lo de crime? Estão dizendo que suas palavras ultrapassam os limites da imunidade parlamentar? Que incitou a violência? Ora, então o que diremos das falas de Lula, que já desejou que seus adversários fossem “eliminados”, ou dos inúmeros petistas que, em redes sociais, se referem aos conservadores como “ratos”, “vermes” ou “câncer social”? Quantos desses foram investigados? Quantos foram denunciados à PGR? Nenhum.

Estamos vivendo uma ditadura institucionalizada e judicializada, onde o crime não é o que está na lei, mas aquilo que fere a sensibilidade da esquerda. E o crime de Gilvan da Federal, ao que parece, foi ousar vocalizar o que milhões de brasileiros pensam todos os dias: que Lula não os representa, e que o país está em colapso moral e institucional.

Na mesma sessão em que o deputado soltou seu desabafo, foi aprovado o PL 4012/23, que propõe desarmar os seguranças do presidente e de ministros. Um gesto simbólico, provocador, mas também coerente com a lógica disfarçada do desarmamento civil. Se querem tirar o direito à autodefesa dos cidadãos, então que provem do próprio veneno. Mas a mídia, como sempre, preferiu ignorar o mérito da discussão e focar apenas na fala de Gilvan, tratando-o como criminoso, monstro, delinquente — tudo aquilo que a esquerda jamais chamou os reais bandidos que saquearam este país por décadas.

Neste momento em que a liberdade está em xeque, precisamos decidir se vamos aceitar viver num país onde pensar diferente virou crime, ou se vamos resistir à opressão travestida de legalidade. O caso de Gilvan da Federal é apenas mais um episódio da escalada autoritária que se impôs no Brasil pós-Bolsonaro.

Não se trata de concordar com o estilo do deputado. Trata-se de defender o direito de um representante do povo expressar sua opinião, por mais dura que ela seja, sem ser perseguido pelo próprio Estado que ele ajuda a sustentar. O que está em jogo aqui é a essência da democracia: o direito de divergir, de protestar, de criticar, de gritar se preciso for.

Se a AGU acha que a fala de Gilvan ameaça a “integridade das instituições”, então essas instituições são frágeis demais para governar um país como o Brasil. O que ameaça a República, na verdade, é esse aparato estatal que protege uns e persegue outros com base em afinidade política. O que ameaça a democracia é a imposição de uma hegemonia ideológica disfarçada de defesa institucional.

Hoje, foi Gilvan. Ontem, foi Nikolas Ferreira. Amanhã pode ser você. E quando todos estiverem calados, quem falará por nós?

Com informações Agência Brasil

Leandro Veras

Editor do Conservadores Online, é cristão, conservador e analisa os bastidores da política com visão crítica e firmeza.

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