Lula ironiza jantar de Alcolumbre escancarando o deboche do poder em Brasília

newsletter Conservadores Online

Os bastidores da política e conteúdos exclusivos

Ao clicar em Assinar, concordo com os  e a do Conservadores Online e entendo que posso cancelar as assinaturas do Conservadores Online a qualquer momento.

Presidente Lula e Davi Alcolumbre (Senado) — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Na política, nem sempre o que se serve à mesa é comida. Às vezes, é conchavo, vaidade e um pouco de deboche embrulhado em guardanapo de seda.

Enquanto milhões de brasileiros enfrentam filas no SUS, inflação sorrateira nos mercados e desemprego disfarçado de “informalidade”, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ocupa seu precioso tempo não com soluções urgentes para o país, mas com… o cardápio de um jantar. Sim, caro leitor, você não leu errado.

Na semana passada, em mais um dos muitos encontros com as excelências do Legislativo, Lula foi homenageado por Davi Alcolumbre na residência oficial do senador. Após o jantar — cujo conteúdo gastronômico não satisfez os padrões do exigente paladar presidencial — Lula achou por bem brincar com o cardápio e prometeu um jantar ainda mais requintado no Palácio da Alvorada, com “coisa melhor” para os senadores.

Você, cidadão comum, que compra músculo moído em promoção, deve estar se perguntando: “Mas é isso mesmo? O presidente da República está reclamando da comida servida em um jantar político?” Sim. E mais: faz piada disso, como se estivesse em um stand-up show, enquanto o país mergulha em crises morais, econômicas e institucionais.

A denúncia sutil de Lauro Jardim, colunista respeitado de O Globo, nos serve de aperitivo para algo muito mais profundo: o estado de degradação da política brasileira, onde a liturgia do cargo cede lugar a trivialidades, e as questões fundamentais da República são trocadas por anedotas de mesa.

E convenhamos: Davi Alcolumbre, esse mesmo que outrora presidiu o Senado com ares de bastidorista e hoje se mantém como peça-chave no xadrez do toma-lá-dá-cá, é o anfitrião ideal para essa tragicomédia. Se Lula é o maestro do fisiologismo disfarçado de “governabilidade”, Alcolumbre é o garçom que serve, sorri e cobra depois.

O problema não é o jantar em si, nem o cardápio. O problema é o simbolismo. É o que está por trás da gastronomia palaciana: o Brasil real está sendo trocado por pratos refinados e acordos ainda mais indigestos.

Essa cena — aparentemente inofensiva e até risível — escancara a essência de um governo que se sustenta em favores, cargos e acordos, e não em princípios. Lula não foi jantar com senadores em nome da democracia; foi ali para garantir lealdades, reforçar alianças, prometer mais emendas e, talvez, selar pactos que não passam pelos olhos do povo.

E o povo? Ah, o povo come calado. Porque quem reclama da comida somos nós, os conservadores, os trabalhadores, os pequenos empresários, os pais de família que veem a esperança escorrer pelo ralo de Brasília.

Enquanto Lula promete um cardápio “melhor” aos senadores — com direito a vinhos finos, carnes importadas e sobremesas requintadas — o prato do brasileiro segue sendo arroz, feijão e insegurança. A promessa de um Brasil mais justo é desmentida por esse tipo de evento, onde a elite política se abraça ao luxo e ao deboche.

Não se trata apenas de um presidente debochado; trata-se de um governo alheio à realidade do povo, que vive em um país fictício, onde tudo está ótimo, onde o desemprego é “narrativa da oposição”, e onde Lula — pasmem — se considera um “símbolo da luta contra a fome”.

Que ironia cruel. O mesmo presidente que se orgulha de suas origens humildes agora reclama de um jantar servido por um dos seus aliados mais estratégicos. Isso não é humildade. É arrogância. E, talvez, seja o reflexo de um poder que já se acostumou ao luxo, à bajulação e à ausência de contrapesos institucionais reais.

Mas voltemos a Alcolumbre. O senador do Amapá, hoje presidente da poderosa Comissão de Constituição e Justiça, é um dos mais influentes no Senado. Sua casa virou ponto de encontro para pactos palacianos, e seu nome está em praticamente todas as negociações que envolvem interesses do Planalto. O jantar foi menos sobre comida, e mais sobre poder.

Essa relação entre Lula e Alcolumbre simboliza muito do que a esquerda brasileira se tornou nos últimos anos: uma aliança entre elites políticas que usam a pauta social apenas como fachada, enquanto nos bastidores selam acordos para proteger seus próprios interesses.

E o mais grave: a imprensa, que deveria agir como contraponto, prefere tratar o episódio com tom de fofoca ou curiosidade gastronômica, como se fosse um detalhe irrelevante. Não é. É simbólico. É um reflexo de como se governa hoje no Brasil: com memes, piadas internas e pratos caros.

Lauro Jardim, em sua coluna, talvez tenha lançado mais do que uma simples anedota. Ele ofereceu uma senha para que jornalistas sérios, conservadores, atentos ao que se passa nos bastidores da República, levantem a verdadeira questão: o que se negocia nesses jantares? Que promessas são feitas entre um prato e outro? Quem paga essa conta?

A resposta é simples: quem paga somos nós. Pagamos em impostos, em inflação, em gasolina cara, em escolas sem estrutura, em hospitais sem médicos.

E enquanto isso, o cardápio do Planalto vai ficando mais sofisticado, mais distante da realidade do povo, mais recheado de manobras, cargos e chantagens veladas.

Esse episódio, que deveria envergonhar qualquer governo minimamente conectado com o povo, é tratado como piada por Lula. Como se governar o Brasil fosse uma extensão da mesa do Alvorada.

O Palácio, que deveria ser símbolo da responsabilidade de liderar uma nação de 210 milhões de pessoas, virou palco de encontros gourmet com o Senado — o mesmo Senado que lava as mãos em reformas fundamentais, aprova medidas a toque de caixa e se cala diante dos abusos do Executivo.

E o que dizer dos senadores que aceitam esse convite? Ora, são parte do mesmo conluio. Sentam-se à mesa não como representantes do povo, mas como sócios de um projeto de poder que se perpetua à base de filés e favores. São parlamentares que trocam sua dignidade institucional por uma taça de vinho e uma promessa de emenda.

Essa é a política que se pratica hoje em Brasília. Uma política que cospe no prato que o povo serve todos os dias: o prato da dignidade, do suor, do trabalho honesto. Uma política que zomba da esperança e transforma a República em um banquete onde poucos comem, e muitos passam fome — de justiça, de moralidade e de representatividade.

Mas há saída.

Enquanto houver brasileiros que não aceitam ser tratados como figurantes nesse teatro de absurdos, enquanto houver conservadores que denunciam esses jantares indecentes, enquanto houver veículos como o Conservadores Online, que se recusam a relativizar o inaceitável, haverá resistência.

Nossa missão é expor o que está por trás dos risos, das piadas e das promessas de “cardápios melhores”. Nossa missão é mostrar que o verdadeiro banquete da democracia não acontece nos palácios, mas nas urnas, nas ruas, na consciência de um povo que acorda e percebe: quem governa com escárnio não merece o nosso silêncio.

A história cobrará. E que não se esqueçam: quem hoje serve pratos de arrogância poderá um dia ser servido com o frio sabor do juízo moral — ou até judicial.

E quando esse dia chegar, o povo brasileiro não vai querer sobremesa. Vai querer justiça.

Lauro Jardim nos deu o prato de entrada. Agora, nós servimos o prato principal: uma análise conservadora sobre um governo que já não disfarça o banquete da vergonha.

Com informações O Globo

Leandro Veras

Fundador e Editor do Conservadores Online

Leandro Veras acompanha de perto a política e os bastidores do poder no Brasil, com um olhar atento para os impactos sociais, econômicos e morais das decisões tomadas em Brasília. Atua como uma voz ativa no debate público, abordando temas que vão desde os jogos de influência entre o STF e o Congresso Nacional, passando pelas relações do Brasil com Israel e o Ocidente, até os reflexos das crises globais no cotidiano das famílias brasileiras. Já escreveu sobre tudo: desde a interferência da China no agronegócio brasileiro, passando por imigrantes ilegais nas fronteiras amazônicas, até agricultores brasileiros queimando safra por falta de infraestrutura e apoio governamental. Seu compromisso é com a verdade, a liberdade e os valores cristãos que moldaram nossa civilização.

Você vai gostar em ficar sabendo

⚠️ Comentários que violarem as regras da Política e Privacidade, poderão ser moderados ou removidos sem aviso prévio. Este é um espaço para quem valoriza a verdade, o conservadorismo e a ordem. Se concorda com isso, seja bem-vindo ao debate! 🚀

Destaques

plugins premium WordPress