
Não é todo dia que a gente lê uma coluna da grande imprensa com tanta pressa em “abrir investigação” contra quem ousa divergir da narrativa oficial. Mas foi exatamente isso que me chamou atenção no texto do jornalista Eduardo Barretto, publicado no Estadão. Ele relata que um servidor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) — veja bem, um servidor — usou a conta oficial da corporação no Instagram para publicar algo “grave demais”: um elogio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e uma crítica, ainda que bem-humorada, ao atual presidente Lula. O resultado? Investigação imediata, perfil retirado do ar, e claro, toda a comoção da mídia tradicional. Um verdadeiro espetáculo inquisitório com cheiro de autoritarismo e censura.
Vamos recapitular os fatos com calma, porque aqui no Conservadores Online, você sabe: a gente não compra narrativa pronta. A conta da PRF no Rio Grande do Norte publicou a seguinte frase: “Bolsonaro doente junta mais gente que Lula são e inaugurando obra”. Sim, havia erros de português. Sim, havia risadas no comentário. E sim, foi feito com a conta oficial da instituição. Mas a pergunta que se impõe é: isso justifica o escândalo que estão tentando criar?
Não, meu caro leitor. O que temos aqui não é um caso de “quebra de decoro institucional”. O que temos é mais um episódio da caça às bruxas ideológica que se instalou no Brasil, principalmente contra qualquer manifestação pública que ouse elogiar Bolsonaro, criticar o atual governo ou — Deus me livre! — fazer piada com o presidente mais blindado da história recente. Você pode ser processado, punido, demitido, julgado e condenado por rir de forma errada no Brasil de 2025. Literalmente.
Mas vamos aos bastidores dessa história. A reação da PRF, segundo o próprio Barretto, foi rápida: abriram procedimento interno, afirmaram que a publicação “não está alinhada às diretrizes da instituição”, removeram o post e — a cereja do bolo — tiraram a conta oficial do ar por tempo indeterminado. Isso mesmo: silenciaram toda uma conta institucional porque um servidor cometeu o pecado capital de fazer uma crítica irônica ao governo Lula. Está vendo o nível de fragilidade emocional da esquerda que está no poder?
O problema aqui não é o servidor. O problema é que ele ousou expressar o que milhões de brasileiros pensam diariamente e compartilham em grupos de WhatsApp, nas filas do supermercado, nas igrejas e nas rodas de conversa: Bolsonaro segue sendo uma liderança viva, influente, e com muito mais apelo popular do que o atual presidente jamais sonhou ter.
E isso é inaceitável para o sistema. Inaceitável para os ministros que se sentem deuses no Supremo. Inaceitável para a imprensa que transformou crítica em crime. Inaceitável para o governo que precisa do controle total da narrativa. Mas, felizmente, ainda é aceitável para mim e para você — que não nos dobramos diante da patrulha do pensamento.
A grande questão é: por que uma simples frase, escrita com erro de português e tom de deboche, causa tanto pavor nos donos do poder? A resposta é simples: porque ela é verdadeira. Sim, Bolsonaro, mesmo doente, arrasta multidões. Lula, mesmo com todo o apoio da máquina estatal, não consegue nem parecer espontâneo nas suas “inaugurações”. O povo sente. O povo sabe. E quando alguém escancara essa verdade de forma despretensiosa, isso dói mais do que qualquer dossiê fabricado.
Ah, e como não rir da parte em que o colunista do Estadão se refere ao uso de “risadas” como algo quase criminoso? Já imaginou viver em um país onde até a risada precisa passar pela aprovação da corregedoria? Pois é, esse é o Brasil da “democracia restaurada”, onde só é livre a opinião que elogia Lula e silencia sobre tudo o que desagrada o governo.
Mas essa história também escancara outra coisa que você precisa perceber, principalmente se acompanha política com o olhar atento dos que já perceberam o jogo: a institucionalização da censura. Não se trata mais de “limitar excessos”. Trata-se de impor uma cartilha ideológica em todas as instâncias do Estado. Até as forças de segurança, que antes eram reduto de valores conservadores, estão sendo cooptadas, vigiadas e punidas quando saem da linha. Hoje é um servidor da PRF, amanhã pode ser você.
Esse episódio também mostra o desprezo que o governo atual tem por qualquer forma de espontaneidade popular. Bolsonaro sempre falou como o povo, cometeu erros de português, usou gírias, memes e até palavrões. E por isso foi amado. Lula, por outro lado, precisa de roteiristas, teleprompter, cabos, assessores e uma claque paga para parecer minimamente popular. E ainda assim, tropeça.
A reação da esquerda é desproporcional porque eles sabem que não têm mais o controle dos corações do povo. O que resta é o controle institucional. E para isso, vale tudo: censura, investigações, demissões, e claro, linchamento público na imprensa. E veja que ironia: a mesma imprensa que gritava “censura nunca mais” agora aplaude quando um servidor é investigado por fazer piada no Instagram.
Mas sabe o que mais me incomoda nessa história? A passividade com que muitos conservadores assistem a esse tipo de coisa sem reagir. Enquanto a esquerda monta tribunais internos por uma simples frase, a direita muitas vezes se cala por medo, por conveniência ou por achar que “não vale a pena brigar”. Vale sim. Cada episódio como esse é uma tentativa de testar os limites da nossa tolerância. E se não colocarmos limites agora, eles vão seguir até onde quiserem.
Hoje investigam um servidor da PRF. Amanhã podem investigar seu pastor por uma pregação considerada “homofóbica”. Depois de amanhã, seu professor por ensinar valores cristãos. E depois… bem, depois pode ser você mesmo, por compartilhar uma frase no X ou no Instagram. Liberdade não se perde de uma vez. Ela escorre pelos dedos, pouco a pouco, entre decisões burocráticas e pareceres institucionais.
Então, meu amigo conservador, não trate esse caso como algo pequeno. É um alerta. É um termômetro. É mais um indício de que estamos vivendo em uma democracia de fachada, onde o Estado tenta controlar até as redes sociais da polícia. E se não reagirmos agora, com coragem e firmeza, talvez em breve nem este site onde você está lendo este texto possa mais existir.
Por isso, termino com um apelo: fale, compartilhe, denuncie, se posicione. Mostre que ainda há gente disposta a rir da piada certa, defender quem merece e incomodar os poderosos. Porque se uma frase simples como “Bolsonaro doente junta mais gente que Lula são” pode causar tanto furor, então está claro que a verdade ainda tem poder. E é por isso que querem calá-la.
Com informações Estadão