Governo Lula prevê superávit de R$ 38,2 bi para 2026

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministro da Fazenda, Fernando Haddad – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Você já percebeu como o governo brasileiro adora brincar de ilusionista com o seu dinheiro? Pois é. Enquanto você está aí ralando para fechar o mês com dignidade, o pessoal em Brasília continua desfilando manchetes que mais parecem saídas de um roteiro de comédia orçamentária. E agora, para variar, vem mais um capítulo dessa novela sem fim: a proposta de Orçamento para 2026, que supostamente prevê um superávit primário de R$ 38,2 bilhões. Isso mesmo que você leu: trinta e oito bilhões de reais a mais do que o que se gasta com juros da dívida.

A fonte? O sempre atento Wellton Máximo, da Agência Brasil, que entregou a matéria com aquela formalidade técnica impecável — mas sem esconder o absurdo por trás dos números. Porque, convenhamos, quando o governo fala em superávit, você já sabe: ou estão te enrolando, ou estão te preparando para mais um aumento de impostos. E dessa vez, parece que é um pouco dos dois.

Segundo o texto oficial, a meta do superávit primário está fixada em R$ 34,3 bilhões, equivalente a 0,25% do PIB. Mas calma, isso é só a meta. Porque, na prática, o tal “arcabouço fiscal” — aquele novo monstrinho tecnocrático que substituiu o velho e eficiente teto de gastos — permite uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, traduzindo do economês para o português claro: o governo pode zerar o resultado e ainda assim dizer que “cumpriu a meta”. Isso te parece sério?

Vamos combinar: se você dissesse pro seu chefe que a meta era bater R$ 1 milhão em vendas, mas que “qualquer coisa entre zero e um milhão” já estaria valendo, você seria promovido? Ou mandado embora na hora? Pois é. Só no setor público uma bizarrice dessas é recebida com aplausos da imprensa progressista e de certos “especialistas” que, no fundo, são apenas militantes com diploma.

Mas o circo não para por aí. Segundo a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o superávit vai “ficar acima da meta”. Veja bem: R$ 38,2 bilhões, ou seja, R$ 3,9 bilhões a mais que o exigido. Claro, isso se todas as mágicas derem certo. Porque esse valor é apenas uma projeção — e projeção, no Brasil, é sinônimo de devaneio. Especialmente quando se trata de um governo que, até hoje, não conseguiu fechar um único mês com equilíbrio fiscal sem enfiar a mão no seu bolso, aumentando impostos ou inflando a arrecadação com manobras questionáveis.

Você quer outro exemplo da farsa? Vamos falar dos tais gastos federais, que agora têm um “limite de crescimento real”. Parece ótimo, né? Austeridade, responsabilidade, blá-blá-blá. Só que não. O que o governo Lula chamou de arcabouço fiscal, na prática, é um teto de gastos com anestesia. Antes, o governo tinha que cortar na carne. Agora, basta crescer um pouquinho a arrecadação para poder gastar mais. E como eles fazem isso? Aumentando impostos, criando taxas, multando até pensamento divergente se deixar.

De acordo com os números do próprio PLDO, os gastos federais vão passar de R$ 2,431 trilhões em 2026 para R$ 2,863 trilhões em 2029. Você vê alguma intenção de reduzir o tamanho do Estado? Claro que não. O Leviatã continua faminto, e quem vai alimentar a fera é você, com seu trabalho, seu suor e sua paciência.

Ah, e não podemos esquecer dos cortes. Sim, porque todo bom ilusionista precisa de um truque de distração. O PLDO prevê economia no INSS, no BPC e no Proagro. Em outras palavras: vai faltar para quem precisa de verdade. O governo quer cortar R$ 50,8 bilhões nesses programas até 2029. Mas não se iluda: não se trata de uma revisão inteligente, com foco na eficiência. É um corte cego, muitas vezes afetando idosos, agricultores e deficientes que, ironicamente, sustentam com seu voto o mesmo governo que agora os sacrifica em nome de um superávit fictício.

Quer mais? Olha o tamanho do cheque que o governo pretende passar até 2029: R$ 263,38 bilhões de superávit, se tudo der certo. Só que tem um detalhe: essas metas são “revisadas todos os anos”. Ou seja, é promessa com validade de iogurte. Daqui a dois meses, já pode estar vencida.

E o que dizer dos Poderes? A farra continua: Legislativo, Judiciário, MP e Defensoria terão aumento nos gastos anuais garantido. Sim, mesmo com toda a choradeira por superávit, o Judiciário segue nadando em lagostas e vinhos premiados. Em 2026, esses órgãos terão à disposição R$ 94,3 bilhões. Em 2029? R$ 111,1 bilhões. Quem segura esse rojão? Isso mesmo: você.

E tudo isso com a bênção do “arcabouço fiscal”, essa jabuticaba criada para fingir responsabilidade e enganar os trouxas — ou seja, o cidadão de bem, o pequeno empresário, o trabalhador honesto. Eles querem que você acredite que estão cortando gastos, enquanto garantem aumentos e benefícios à elite da burocracia estatal. E mais: querem que você acredite que tudo está indo bem, mesmo com uma inflação alta, juros estratosféricos e um desemprego estrutural crescente.

Sabe o que isso tudo revela? Um governo que não tem nenhum compromisso com o futuro. Nenhum. Essa história de “superávit” é só o teatro fiscal que encobre o verdadeiro projeto de poder: manter a máquina pública funcionando como cabide de empregos e moeda de troca política. E enquanto isso, o Brasil real — o seu Brasil — vai sendo deixado de lado, engolido pela burocracia, pelo inchaço estatal e pela ideologia disfarçada de planejamento técnico.

O mais engraçado (ou trágico) é que essa proposta chega ao Congresso Nacional como se fosse um documento sério, digno de confiança. Mas você, que já viu esse filme antes, sabe bem como termina. Termina com mais um rombo, mais uma pedalada, mais um ajuste que nunca chega. Porque no fundo, o que falta não é dinheiro. O que falta é vergonha na cara, compromisso com a verdade, e principalmente respeito por você, que carrega esse país nas costas enquanto uma elite política brinca de governar.

E o mais irônico de tudo? Eles ainda querem que você agradeça.

Então da próxima vez que você ouvir um ministro sorridente dizendo que “o Brasil vai ter superávit em 2026”, respire fundo, olhe para sua conta bancária, e pergunte a si mesmo: será que é mesmo o país que está com saldo positivo, ou só o discurso político que segue no azul enquanto tudo o resto afunda?

Com informações Agência Brasil

Leandro Veras

Fundador e Editor do Conservadores Online

Leandro Veras acompanha de perto a política e os bastidores do poder no Brasil, com um olhar atento para os impactos sociais, econômicos e morais das decisões tomadas em Brasília. Atua como uma voz ativa no debate público, abordando temas que vão desde os jogos de influência entre o STF e o Congresso Nacional, passando pelas relações do Brasil com Israel e o Ocidente, até os reflexos das crises globais no cotidiano das famílias brasileiras. Já escreveu sobre tudo: desde a interferência da China no agronegócio brasileiro, passando por imigrantes ilegais nas fronteiras amazônicas, até agricultores brasileiros queimando safra por falta de infraestrutura e apoio governamental. Seu compromisso é com a verdade, a liberdade e os valores cristãos que moldaram nossa civilização.

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