
Você já percebeu como, no Brasil, a palavra “justiça” virou um conceito elástico? Talvez, ao longo dos últimos anos, você tenha tentado acreditar que as instituições funcionam. Tentou se convencer de que, apesar dos erros, tudo estava dentro da normalidade democrática. Mas aí vem uma matéria como essa, da jornalista Mirelle Pinheiro, publicada no site Metrópoles, e te joga de volta para a realidade: a de que a Justiça Eleitoral pode, sim, estar sendo usada para fabricar narrativas, perseguir desafetos ideológicos e sustentar uma versão dos fatos que interessa apenas a um lado da história.
E o nome que aparece no olho do furacão desta vez é Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ele é acusado de ter usado a estrutura da instituição para dificultar o transporte de eleitores no segundo turno das eleições de 2022, no Rio Grande do Norte. Você lembra dessa história? Pois é. Ela voltou à tona com força total, e agora a defesa de Vasques está contra-atacando – com dados, documentos e, principalmente, coragem. Coisa rara hoje em dia.
A acusação que paira sobre Vasques é grave: dizem que ele ordenou “barreiras em série” nas estradas para impedir que eleitores votassem. Mas vamos deixar algo claro: isso nunca foi provado. O que foi levantado até agora são percepções. Isso mesmo, percepções. Sentimentos. Relatos vagos. Uma espécie de “achismo institucional” travestido de prova técnica.
A jornalista Mirelle Pinheiro não esconde os detalhes. Ela relata que a defesa de Vasques acusou diretamente dois nomes do Tribunal Regional Eleitoral do RN – a juíza Érika Souza Corrêa Oliveira e o técnico judiciário Bruno Teixeira da Silva – de terem produzido um relatório fraudulento. E não se trata de uma alegação leviana. A defesa contratou uma agência técnica independente que analisou os dados eleitorais da 31ª Zona Eleitoral do estado e encontrou falhas grotescas, começando pela metodologia risível do relatório que embasa a acusação contra Vasques.
Você, como brasileiro atento aos movimentos políticos, deveria se perguntar: como é possível um relatório oficial do TRE-RN se basear em mensagens de WhatsApp trocadas por mesários? Isso mesmo. Dados colhidos por grupos de mensagens instantâneas, sem qualquer tipo de automação, sem auditoria, sem padrão técnico, sem rigor científico. Era como se alguém tivesse perguntado em grupo: “E aí, como tá a votação aí?”, e outro respondido: “Ah, parece que tá fraco”. E isso virou prova judicial.
Sim, você leu certo. Esse é o nível técnico que sustenta a tentativa de criminalizar um ex-diretor da PRF. Mas não é sobre Vasques apenas. É sobre você. É sobre o seu voto. É sobre a sua liberdade de escolher um candidato conservador sem ser tratado como cúmplice de um “golpe”.
E a grande ironia? Mesmo com toda essa “operação de obstrução” que dizem ter ocorrido, os dados mostram que, no segundo turno, houve mais votos do que no primeiro. Segundo o laudo técnico da defesa de Vasques, até as 12h46 do dia da votação, 73% das seções já tinham mais de 50% de comparecimento. Isso representa 3.236 eleitores. Já o relatório do TRE-RN contabilizava apenas 2.232. Uma diferença de mais de mil votos. Dá pra acreditar?
O que fica evidente – mas você não verá sendo discutido na grande mídia – é que a narrativa de interferência no processo eleitoral está, ela mesma, recheada de inconsistências. As chamadas “barreiras” da PRF, mesmo se tivessem existido com o objetivo de atrapalhar o transporte de eleitores (algo que não foi provado), não causaram impacto negativo no número de votantes. Ao contrário: houve um acréscimo de mais de 700 eleitores no período da manhã. Em qualquer análise minimamente honesta, isso desmontaria qualquer acusação. Mas aqui estamos. Você entende?
Porque o que está em jogo aqui não é apenas Silvinei Vasques. É o que ele representa. Um servidor público que, mesmo sob pressão, se manteve leal à sua missão institucional e ao seu país. Um diretor da PRF que, em vez de se curvar às vontades políticas, optou por agir dentro da legalidade. Mas como sabemos, hoje em dia, agir dentro da legalidade pode ser um risco enorme – dependendo de quem se sente “ofendido” por isso.
E aí, o que fazem com esse homem? Tentam transformá-lo em réu. Tentam empurrá-lo para o mesmo pacote em que colocaram caminhoneiros, pastores, donas de casa e empresários patriotas. Tentam enquadrá-lo como “golpista”, porque, no Brasil de hoje, qualquer um que não bajule o regime progressista é automaticamente culpado. Não importa o histórico, não importam os dados, não importa a lógica.
E você sabe o que é pior? O silêncio. O silêncio do TRE-RN, que não respondeu às acusações graves feitas pela defesa. O silêncio das instituições que deveriam zelar pela lisura do processo eleitoral. O silêncio da grande mídia, que só publica notas secas, sem aprofundamento, sem questionamento, sem o mínimo de investigação jornalística. A imprensa, que deveria estar do lado da verdade, tornou-se um instrumento de manutenção do status quo.
É por isso que você precisa estar atento. É por isso que esse caso é importante. Porque ele mostra como as engrenagens do poder estão dispostas a destruir qualquer um que não se ajoelhe diante do projeto progressista. Hoje é Silvinei. Ontem foi um padre. Amanhã pode ser você.
A jornalista Mirelle Pinheiro, com a sobriedade que lhe é habitual, relatou os fatos. Mas os fatos, por si só, não bastam mais. Você precisa interpretar os sinais, precisa enxergar o contexto, precisa ligar os pontos. E, mais do que isso, precisa denunciar.
Sim, denunciar. Denunciar o aparelhamento da Justiça Eleitoral. Denunciar a fabricação de “provas” baseadas em achismos. Denunciar o silêncio conivente das instituições. Denunciar a tentativa de transformar você, cidadão conservador, em um inimigo do Estado.
Você acha mesmo que isso tudo é só coincidência? Que é apenas uma sequência de mal-entendidos? Que o sistema não está sendo deliberadamente usado para perseguir aqueles que ousam pensar diferente? Não se engane. O Brasil está vivendo uma guerra silenciosa, uma guerra de versões, uma guerra de bastidores. E quem está vencendo, por enquanto, são aqueles que dominam a narrativa.
Mas você ainda pode reagir. Ainda pode se informar. Ainda pode se posicionar. Porque, quando a verdade se cala, a mentira vira lei. E se deixarmos que calem homens como Silvinei Vasques, amanhã não haverá mais ninguém para se levantar por você.
Lembre-se disso quando ouvirem por aí que “a democracia venceu”. Porque uma democracia que persegue opositores, silencia críticos e forja relatórios para punir quem discorda, não é uma democracia. É apenas um teatro. E você não nasceu para a plateia. Você nasceu para ser protagonista.
Com informações Metrópoles