
Você já percebeu que, no Brasil de hoje, a toga virou palanque? Não é força de expressão. É a realidade escancarada diante dos seus olhos. E se você sente que há algo profundamente errado com isso, então você ainda tem senso de justiça. Ainda possui aquele sentimento natural de indignação quando a balança da lei pende para o lado da conveniência política. E eu, assim como você, não aceito calado esse circo montado sob o nome da República. O que deveria ser um dos pilares da democracia — o Judiciário — está se tornando uma verdadeira trincheira ideológica. E quando até isso é corrompido, o que sobra para o cidadão de bem?
Pois bem. Foi com essa sensação de incredulidade que recebi a notícia publicada diretamente pelo deputado federal do PL de Minas Gerais, Nikolas Ferreira, em sua página no X (o antigo Twitter), com aquele tom direto, certeiro e descontraído que o caracteriza:
“Em uma aula magna realizada no Maranhão sobre ‘STF e harmonia entre os poderes’, Flávio Dino sugeriu os nomes dos candidatos para a chapa de Governador e Vice do Estado. Para não dizer que estou ‘criando caso’, o atual Governador do Estado publicou uma nota dizendo que ‘Esse não é momento de disputa política’. Ou seja, Dino está interferindo diretamente na disputa política do Maranhão enquanto Ministro do STF, cometendo assim, crime de responsabilidade. Diante disso, entrarei imediatamente com um pedido de impeachment no Senado e no Conselho Nacional de Justiça. O Judiciário deve ser imparcial, não um comitê eleitoral.”
Em uma aula magna realizada no Maranhão sobre “STF e harmonia entre os poderes”, Flávio Dino sugeriu os nomes dos candidatos para a chapa de Governador e Vice do Estado. Para não dizer que estou “criando caso”, o atual Governador do Estado publicou uma nota dizendo que “Esse não…
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) May 12, 2025
Você leu bem. Um ministro do Supremo Tribunal Federal, que deveria se manter imparcial, acima dos interesses partidários e fora dos holofotes das eleições, simplesmente resolveu brincar de cacique político. E mais: fez isso com a naturalidade de quem acredita estar acima da lei, imune a qualquer tipo de questionamento. É esse tipo de comportamento que deveria alarmar até o mais apático dos brasileiros. Mas infelizmente, a grande mídia finge que nada aconteceu. E você já sabe o motivo: eles são cúmplices de um projeto de poder disfarçado de legalidade.
Não se trata mais de ideologia. Esqueça por um instante se você votou em Bolsonaro ou não. Esqueça se você é direita raiz ou apenas cansado da esquerda. Isso aqui é sobre a integridade das instituições. Porque se um juiz da mais alta corte do país pode, à luz do dia, com a imprensa presente e testemunhas de sobra, sugerir candidatos políticos em um evento público — e sair ileso — então o Brasil já ultrapassou a linha vermelha da democracia.
E não pense que isso foi um “descuido” ou “excesso de empolgação”. Nada disso. Foi proposital. Foi planejado. Foi simbólico. O evento onde Dino proferiu tais palavras tinha como tema a “harmonia entre os Poderes”. Ora, que harmonia é essa onde o Judiciário passa a comandar o tabuleiro político de um Estado federativo? Que harmonia é essa onde o STF atua como um braço do Executivo, calando adversários e blindando aliados?
Você percebe que estamos diante de um paradoxo perigosíssimo? Enquanto tentam empurrar goela abaixo a ideia de que “democracia é respeitar as instituições”, as próprias instituições são transformadas em ferramentas de opressão política. E quando alguém como Nikolas Ferreira tem a coragem de expor isso — e mais, de agir juridicamente contra esse absurdo — é tratado como “radical”, “bolsonarista inflamado” ou “antidemocrático”. Veja a inversão: quem denuncia a quebra da lei é o vilão. Quem a comete, o herói.
É exatamente por isso que textos como este, aqui no Conservadores Online, são mais necessários do que nunca. Porque se você não ouvir a verdade aqui, não ouvirá em lugar algum. A grande imprensa vai relativizar, colocar panos quentes, dizer que foi apenas “uma fala informal”. O mesmo discurso que usaram para justificar as visitas suspeitas de ministros a palácios presidenciais. Ou os jantares com lideranças partidárias em Brasília. Ou os encontros “republicanos” entre chefes de Poder em ocasiões de alinhamento político. O Judiciário brasileiro está se tornando uma caricatura do que deveria ser. E você, cidadão comum, está pagando a conta.

Mas não se engane. Não é apenas sobre Dino. Ele é só mais um sintoma de uma doença institucional muito mais grave. Um sistema que se retroalimenta, onde os que deveriam ser fiscalizados são os mesmos que ditam as regras do jogo. Um sistema onde um ministro pode abrir inquéritos de ofício, determinar prisões sem denúncia formal, censurar veículos de comunicação e agora, vejam só, lançar pré-candidatos ao governo de Estado como se estivesse em um comício. Isso não é mais ativismo judicial. Isso é militância escancarada sob o manto da toga.
Você, que trabalha, paga seus impostos, tenta criar seus filhos com valores e acredita no mérito, precisa entender que esse tipo de conduta afeta diretamente a sua vida. Porque um Judiciário contaminado por interesses partidários significa insegurança jurídica. E insegurança jurídica afasta investimentos, mina a economia, destrói empregos e solapa a confiança na Justiça. Ninguém quer investir em um país onde as decisões judiciais parecem responder mais a vontades ideológicas do que à Constituição.
E antes que venham com o velho discurso de “respeito às instituições”, eu pergunto: respeito a que tipo de instituição? Àquela que rasga a Constituição em nome de narrativas? Que persegue adversários políticos enquanto fecha os olhos para os crimes dos aliados? Não, meu caro leitor. Respeito verdadeiro se dá a instituições que merecem respeito. Que honram seu papel. Que se mantêm dentro dos limites estabelecidos pelo Estado de Direito.
A atitude de Nikolas Ferreira, ao anunciar o pedido de impeachment no Senado e no Conselho Nacional de Justiça, é mais do que um ato jurídico. É um gesto de coragem. De resistência. De esperança. Porque enquanto houver alguém disposto a enfrentar o Leviatã togado que se ergueu em Brasília, ainda haverá chance para o Brasil. E é por isso que você deve se posicionar. Compartilhar, comentar, discutir. Não podemos deixar que o silêncio nos torne cúmplices dessa degradação institucional.
Você talvez esteja cansado. E com razão. Afinal, já vimos esse filme antes. Juízes que se comportam como legisladores. Ministros que viram comentaristas políticos. Promotores que se dobram às pressões midiáticas. Mas o cansaço não pode te paralisar. Porque é exatamente isso que eles querem: que você desista. Que aceite. Que ache normal. Que veja com naturalidade que um ministro do Supremo faça campanha disfarçada em outro Estado enquanto posa de defensor da democracia.
Mas não, não é normal. Nunca será. E enquanto houver espaço para voz conservadora, lúcida e patriota, como a que você encontra aqui no Conservadores Online, essa normalização não terá passagem livre.
A nossa luta não é contra pessoas. É contra um sistema deformado que se apropriou das estruturas de poder para se perpetuar. E quando alguém do próprio sistema começa a se comportar como dono do jogo, o mínimo que se espera é uma reação à altura. Não podemos mais fingir que vivemos em uma democracia plena enquanto juízes decidem quem pode ou não se candidatar, quem pode ou não se manifestar, quem pode ou não existir no debate público.
O Brasil está num momento crítico. E você, mesmo sem ter escolhido isso, está no centro da batalha. Se você se calar, eles vencem. Se você recuar, eles avançam. Mas se você falar, se manifestar, resistir — ainda que com palavras — eles recuam. A verdade tem esse poder. Ela incomoda, mas também liberta. E hoje, mais do que nunca, precisamos de gente como você, que não se intimida, que não se curva, que não aceita que juízes virem cabos eleitorais com toga.
E se ainda havia alguma dúvida sobre a urgência desse embate, Flávio Dino nos deu mais uma prova. Ele poderia ter escolhido o silêncio, a discrição, a prudência. Mas escolheu o palanque. E ao fazer isso, expôs não apenas a si, mas todo o STF. E agora, a pergunta que ecoa nos corredores do Congresso, do CNJ e da própria consciência nacional é: até quando vamos permitir?
O impeachment é um caminho legítimo. Difícil, sim. Mas legítimo. E o simples fato de ter sido protocolado por Nikolas Ferreira já representa uma ruptura importante com o medo que paralisa Brasília. Que sirva de exemplo. Que outros parlamentares tenham a mesma coragem. Que outros brasileiros, como você, encontrem a força para dizer: basta.
Porque no fim, não se trata apenas de Flávio Dino. Trata-se do que o Brasil está se tornando. E você tem o poder — e o dever — de impedir que o país caia de vez no abismo institucional. Seja com um comentário, um compartilhamento, uma conversa ou um voto. A sua participação é a última barreira entre a liberdade e o arbítrio.
E aqui, no Conservadores Online, nós não vamos recuar. Estamos ao seu lado. Vamos até o fim. Porque o Brasil vale a pena. Porque a verdade ainda importa. E porque você merece um país onde a Justiça não usa palanque.