Lula pede ajuda à China para regular redes sociais no Brasil

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Em pleno século XXI, a liberdade de expressão virou artigo de luxo. No país onde se canta o hino da “democracia mais vibrante do mundo”, o presidente Lula resolveu inovar. Durante sua visita à China, terra do partido único, dos campos de reeducação e da internet monitorada 24 horas por dia, ele pediu ajuda ao presidente Xi Jinping para… regular as redes sociais no Brasil. Sim, isso mesmo. Lula quer importar censura digital com selo de qualidade comunista. E, para isso, convidou ninguém menos que um “especialista chinês” para vir ao Brasil e ensinar como se faz. Acredite: isso não é um roteiro de sátira, é a realidade brasileira em 2025.

Segundo Lula, a ideia veio de uma autoridade no assunto: sua esposa Janja, que segundo ele, entende mais de redes sociais do que ele. Nada contra a primeira-dama, mas vamos combinar: entender de selfie e stories não é exatamente o mesmo que entender de liberdade de expressão e regulação digital em ambientes democráticos. O que chama atenção não é só o conteúdo do pedido – absolutamente escandaloso para qualquer nação minimamente livre – mas a naturalidade com que ele foi feito. Como se chamar um censor estrangeiro para “regular” uma rede social no Brasil fosse tão normal quanto pedir um chef francês para melhorar o cardápio do Palácio da Alvorada.

Mas vamos por partes. Segundo a narrativa apresentada, o grande vilão da vez é o TikTok. De acordo com Janja, a plataforma tem sido usada por grupos políticos de direita (leia-se: qualquer um que discorde de Lula) e, ainda por cima, é nociva às crianças. Ora, que conveniente. Um aplicativo usado para espalhar piadas, danças e – claro – críticas ao governo, agora virou a ameaça número um à estabilidade nacional.

É claro que proteger crianças de conteúdos impróprios é necessário. Mas é essa realmente a motivação? Quando o discurso se concentra em “preocupações com os pequenos” e, ao mesmo tempo, exclui qualquer menção a conteúdos criminosos reais e a liberdade dos usuários, o que se vê é um pretexto disfarçado de zelo. Um projeto de poder que vem sendo embalado com fitas coloridas e vendido como cuidado paternalista. Mas basta rasgar o papel para ver o que há dentro: censura bruta e autoritarismo puro.

A ironia é dolorosa. O país que Lula busca como referência é a China, onde liberdade de imprensa é uma ilusão, redes sociais são vigiadas por milhares de censores estatais e qualquer opinião fora da cartilha do partido é apagada em segundos. Sim, a China sabe como “controlar” redes sociais. Sabe tanto que jornalistas desaparecem, influenciadores são presos e jovens são forçados a aprender a versão oficial da história. É esse modelo que o presidente do Brasil quer importar para cá?

Em vez de buscar especialistas democráticos para debater o equilíbrio entre liberdade e segurança digital, Lula dá uma guinada ao totalitarismo. E, mais uma vez, sob a desculpa de proteger a sociedade do “mal”. Se fosse uma questão técnica, haveria debate público, diálogo com o Legislativo, consulta com universidades, juristas e tecnólogos. Mas não. A decisão já foi tomada. Agora cabe ao povo apenas aplaudir ou ser silenciado.

Aliás, sobre o Legislativo, a vergonha continua. Enquanto o Congresso Nacional ainda engatinha para discutir um projeto de lei que regulamente redes sociais com equilíbrio e respeito à liberdade de expressão, o Supremo Tribunal Federal (STF) já se prepara para tomar decisões unilaterais. E agora, como cereja do bolo, um “técnico” vindo diretamente de Pequim vai ajudar a moldar nossa internet. Porque nada diz “soberania nacional” como aceitar a tutela digital de uma ditadura estrangeira.

O mais irônico é ver quem aplaude isso tudo. A velha imprensa, que há pouco tempo denunciava “ataques à democracia”, agora cala diante da censura estatal com bandeira vermelha. Os mesmos que gritavam contra fake news e defendiam a pluralidade de vozes agora vibram com a ideia de filtrar o que pode ou não ser dito. Basta que o filtro esteja nas mãos certas. Ou melhor, nas mãos “progressistas”.

O povo brasileiro, porém, não é ingênuo. Por trás da retórica salvadora está um plano de controle ideológico, de manutenção de poder, de neutralização da oposição. E o caminho mais eficaz para isso em 2025 é o controle da informação digital. Em um país onde a maioria da juventude se informa por plataformas como TikTok, Instagram e YouTube, calar a direita nessas redes é mais eficiente que censurar jornais ou revistas.

O problema, claro, é que isso não é dito de forma direta. Fala-se em “regular”, “proteger”, “moderar”, mas o que se busca mesmo é silenciar. E como fazer isso sem parecer autoritário? Importa-se um especialista da China, um país que nem sequer tem rede social aberta como conhecemos. Que piada. Ou melhor, que tragédia.

Não é coincidência que a proposta surja num momento em que a direita cresce nas redes. Cansados da manipulação midiática tradicional, brasileiros passaram a buscar informação alternativa, análises críticas e opiniões livres. E onde elas estão? Nas redes. Justamente onde o governo quer agir. O que se anuncia com eufemismo é, na prática, a tentativa de restaurar o monopólio do discurso – agora com ajuda externa.

Mas, afinal, que especialista é esse que virá ao Brasil? Qual seu histórico? Quais suas credenciais? Ninguém sabe. Talvez nem o próprio Lula saiba. O importante é o simbolismo: Pequim vai ensinar Brasília como se lida com redes sociais. Um presente, segundo o presidente, feito em parceria com a primeira-dama. Que romântico.

E o mais assustador? Isso acontece sem resistência institucional significativa. O STF não se opõe. O Congresso assiste. A imprensa se cala. Apenas o povo comum, o cidadão que vê seu canal favorito ameaçado, sua liberdade encolhendo, ainda tenta reagir. Mas até quando?

É preciso entender: regular redes sociais não é, por si só, algo ruim. Nenhuma democracia saudável tolera o uso dessas plataformas para crimes reais, como pornografia infantil, incitação ao terrorismo ou golpes financeiros. Mas essa não é a intenção aqui. O que se quer calar são opiniões, visões de mundo, narrativas alternativas. E tudo isso sob a benção do Partido Comunista Chinês.

O Brasil de 2025 está prestes a dar um salto – para trás. Em vez de liderar uma discussão global sobre liberdade digital com responsabilidade, opta por copiar o pior exemplo possível. Em vez de dialogar com sua sociedade, prefere importar a receita de quem aprendeu a controlar vozes com mão de ferro.

E o povo? Bem, o povo ainda é livre para falar. Mas por quanto tempo? Hoje, é o TikTok. Amanhã, o YouTube. Depois, o WhatsApp. E logo, a sua voz. É assim que começa. Aos poucos. Em nome do bem. Com sorrisos. Mas termina em silêncio.

Conclusão objetiva e clara: Se o Brasil aceitar com naturalidade que um regime autoritário nos ensine como controlar redes sociais, estamos assinando nossa rendição digital. Não se trata de proteger crianças. Trata-se de calar adultos. Não se trata de combater crimes. Trata-se de combater a liberdade. E tudo isso com o aval de quem jurou defender a democracia. É hora de acordar. Porque quando o silêncio se torna regra, já é tarde demais para reagir.

Leandro Veras

Editor do Conservadores Online, é cristão, conservador e analisa os bastidores da política com visão crítica e firmeza.

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