Caio Coppolla sai em defensa de Janja após criticas ao interpelar com ditador chinês Xi Jinping

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Se existe algo mais emblemático do que o descompasso da esquerda com a realidade, é o teatro mal ensaiado que os protagonistas petistas insistem em apresentar ao público brasileiro. A última cena desse espetáculo tragicômico teve como palco uma reunião de Estado na China e como estrela principal ninguém menos que a Primeira-Dama do Brasil, Janja da Silva. A pergunta que não quer calar é simples, direta e explosiva: será que Janja errou ao interpelar o ditador chinês Xi Jinping durante um encontro oficial?

Bem, a resposta desta questão segundo o jornalista Caio Coppolla, CNN Brasil depende, essencialmente, de qual versão dos fatos você está disposto a acreditar. De um lado, temos a imprensa tradicional brasileira, representada pelos jornalistas Andréia Sadi e Valdo Cruz, ambos da GloboNews — sim, aquela mesma emissora que costuma ser mais próxima do governo do que a própria militância petista. Eles relataram no portal G1 que Janja pediu a palavra para se queixar sobre o avanço da extrema direita no Brasil, alegando que o algoritmo da plataforma TikTok, de propriedade chinesa, favorece esse espectro ideológico.

Segundo esses relatos, o ditador Xi Jinping teria respondido com surpreendente diplomacia: que o Brasil tem legitimidade para regular — ou até banir — a plataforma, se assim desejar. Curioso, não? Um autocrata sanguinário que censura tudo que ameaça seu poder, agora sendo inspiração para “ações democráticas” de regulação no Brasil.

Essa resposta, aliás, foi ecoada pela postura do ministro Alexandre de Moraes, que já mostrou como é possível calar redes sociais inteiras no Brasil sem pestanejar. A desculpa? Democracia. A ferramenta? Censura disfarçada de combate à desinformação.

Mas, como se sabe, toda moeda tem dois lados. E nesse caso, a outra versão dos acontecimentos vem da boca do próprio Lula e de seus fiéis escudeiros. Segundo o presidente — que ainda se vê como “a alma mais honesta do país” — a fala de Janja não teve nada a ver com política ou algoritmos. Ele garante que sua esposa apenas tomou a palavra para defender “mulheres e crianças”. O discurso humanista ganhou ainda mais verniz com a confirmação emocionada da própria primeira-dama, que declarou com todas as letras: “Não me calarei quando for para proteger a vida das nossas crianças e adolescentes.”

Agora vejamos… quem mente?

Se Janja de fato quebrou o protocolo diplomático para denunciar os abusos cometidos pelas redes sociais contra os mais vulneráveis, seu ato deve ser aplaudido de pé. Sim, aplaudido! Afinal, é raro ver alguém desafiar diretamente o comando de um regime totalitário como o chinês, especialmente em um encontro de Estado, e mais ainda se essa pessoa for uma mulher brasileira em posição de destaque político.

Mas se o conteúdo da fala foi aquele descrito pelos jornalistas da GloboNews, então a história muda completamente de tom. Teríamos, nesse caso, a esposa do presidente do Brasil se queixando da liberdade de expressão e do direito de manifestação política dos brasileiros para o líder de uma das maiores ditaduras da atualidade. Seria como pedir conselhos sobre liberdade religiosa ao aiatolá do Irã.

E é aí que a farsa se desenrola como num roteiro mal dirigido.

É importante lembrar que, ao se apresentar como guardiã dos indefesos, Janja assume uma responsabilidade moral. E, portanto, deve estender essa mesma indignação a outras partes do mundo onde os menores também sofrem horrores reais e tangíveis — e não apenas virtuais ou ideológicos. A começar pela Venezuela de Nicolás Maduro, um tirano apoiado abertamente pelo PT e que é responsável por uma tragédia humanitária silenciosa.

Segundo o New York Times, o número de crianças mortas por fome na Venezuela atingiu níveis históricos. Escolas abandonadas, famílias em ruínas, meninos e meninas sem qualquer perspectiva de futuro. Então, por que Janja não usa sua voz para denunciar isso? Por que não levanta a palavra contra a opressão cubana? Por que o silêncio ensurdecedor diante do assassinato de crianças israelenses por terroristas islâmicos? Por que não denunciar os escândalos de corrupção infantil em Hollywood, tão caros aos progressistas do ocidente?

Será que a defesa das crianças e adolescentes vale apenas quando não compromete alianças políticas e ideológicas?

Se Janja quer ser a voz dos inocentes, então que seja de todos — e não apenas daqueles que podem ser instrumentalizados pela narrativa progressista. Que fale contra todas as formas de violência, opressão, abuso e censura — mesmo que isso desagrade o politburo chinês ou os irmãos Maduro e Díaz-Canel.

Aliás, é bom lembrar de uma cena que até hoje incomoda os petistas mais sensíveis: na campanha de 2022, a cúpula do PT, formada majoritariamente por homens, impediu que Janja desse entrevistas na televisão. Sua primeira aparição solo foi no programa Fantástico, já depois das eleições. Só então a primeira-dama ganhou voz. Um sexismo explícito dentro de um partido que vive dizendo defender as mulheres.

Mas agora a maré virou — e Janja decidiu falar. E fala com coragem, com empáfia, com certeza ideológica. A dúvida é: fala a verdade?

Porque todo esse debate, toda essa celeuma, toda essa encenação internacional só tem relevância se partirmos do princípio de que ela não está mentindo. Se a fala da primeira-dama foi realmente em defesa das crianças brasileiras, então ela merece o respeito de todos os brasileiros. Mas se a fala foi, como disseram os jornalistas, um ataque à “extrema-direita” com base em achismos ideológicos e algoritmos enviesados, então temos um problema — e dos grandes.

Nesse caso, o governo brasileiro estaria usando encontros diplomáticos oficiais para fazer campanha política disfarçada, promovendo censura digital com o respaldo de ditadores comunistas. Um escândalo em proporções internacionais, uma vergonha nacional, um tapa na cara da democracia.

E que ninguém se atreva a dizer que criticar uma mulher em cargo público é misoginia. Afinal, as duas versões conflitantes sobre o episódio partiram de duas mulheres — Janja e a jornalista Andréia Sadi. Ou seja, aqui não se trata de gênero, mas de caráter. De verdade versus manipulação. De transparência contra teatro político.

E é aqui que mora o ponto central deste artigo: quem está mentindo? A imprensa que sempre serviu de palanque para o PT ou o próprio governo petista, mestre em narrativas convenientes?

Se for a imprensa, então está mais do que na hora de jornalistas como Andréia Sadi e Valdo Cruz pedirem desculpas públicas por espalharem fake news sobre uma reunião de Estado. Mas se for o governo, então temos uma primeira-dama que mentiu para a Nação, e um presidente que endossou a farsa — o que é ainda mais grave.

Aos leitores do Conservadores Online, fica o alerta: o Brasil vive hoje um momento delicado, onde a verdade é moldada por conveniências ideológicas, e onde os bastidores do poder são mais teatrais do que transparentes. Precisamos de vigilância, de denúncia, de coragem.

Se Janja realmente quer ser a defensora dos vulneráveis, então que comece a falar de forma coerente e universal — sem filtros ideológicos. Que denuncie os abusos de todos os lados, sem exceção. Que seja voz contra o silêncio conveniente que reina nos corredores progressistas quando os algozes não são da “extrema direita”.

E que nunca mais use uma reunião de Estado com uma potência autoritária para fazer militância ideológica barata, vestida de proteção às crianças. Porque quando isso acontece, quem perde são os verdadeiramente indefesos: os brasileiros comuns, que assistem a esse circo político com vergonha e revolta.

Leandro Veras

Editor do Conservadores Online, é cristão, conservador e analisa os bastidores da política com visão crítica e firmeza.

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