General Frei Gomes, diz aos ministros da 1ª Turma do STF, que Bolsonaro não deu ordens “golpistas”

newsletter Conservadores Online

Os bastidores da política e conteúdos exclusivos

Ao clicar em Assinar, concordo com os  e a do Conservadores Online e entendo que posso cancelar as assinaturas do Conservadores Online a qualquer momento.

Você já percebeu que no Brasil a verdade anda com tornozeleira eletrônica, mas a narrativa desfila de toga? Pois bem. Nesta segunda-feira, dia 19 de maio de 2025, enquanto a imprensa militante tentava manter viva a fogueira do chamado “golpe de Estado” supostamente arquitetado por Jair Bolsonaro, o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, simplesmente apagou o fósforo da acusação com uma baldada de realidade. Seu depoimento ao STF não apenas contradisse a narrativa oficial como também expôs, de forma cristalina, que o ex-presidente jamais deu ordens golpistas, nem pressionou os comandantes militares. Mas adivinhe: isso não foi manchete.

Segundo a Gazeta do Povo, uma das poucas vozes ainda comprometidas com os fatos neste país onde a verdade virou dissidência, o general foi claro: Bolsonaro concordou com o alerta de que as Forças Armadas não participariam de qualquer interferência no resultado das eleições. Ponto final. Mas como colocar ponto final em uma novela que foi roteirizada para ter vários capítulos, todos com um mesmo vilão escolhido previamente?

Freire Gomes, num depoimento que deveria encerrar essa palhaçada jurídica, afirmou que Bolsonaro apenas apresentou uma minuta de decreto, baseada em “considerandos” jurídicos. Ou seja, nada além do que qualquer líder político faz quando consulta conselheiros sobre um cenário em disputa. Não houve imposição. Não houve ordem. Não houve conspiração. Houve, sim, legalidade, cautela e institucionalidade.

Mas se você esperava que o STF acolhesse o testemunho com a serenidade que o cargo exige, prepare-se para se decepcionar. O ministro Alexandre de Moraes, o xerife do “meu tribunal”, protagonizou mais um espetáculo de autoritarismo digno de república bananeira. Durante o depoimento, repreendeu com agressividade o advogado Eumar Novacki, defensor de Anderson Torres, por fazer uma pergunta “indutora”. A resposta? Um grito autorreferente: “Não vou permitir que faça circo no meu tribunal”.

Meu tribunal. Uma frase que resume a tragédia institucional que estamos vivendo. Porque quando a Justiça passa a ter dono, o Estado de Direito dá lugar ao estado de exceção.

Enquanto isso, segue o julgamento da chamada “tentativa de golpe”. O núcleo 3, composto por generais, coronéis e até um policial federal, virou alvo de acusações gravíssimas como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada. A cada novo grupo acusado, a sensação é de que o objetivo é não encerrar nunca essa perseguição judicial. Afinal, quem precisa de provas quando se tem narrativa?

A situação beira o absurdo. A defesa de Filipe Martins, por exemplo, acusa a PGR de distorcer depoimentos, especialmente os do general Freire Gomes. Um trecho em que o militar disse que “possivelmente estava presente” foi transmutado em certeza no relatório da Procuradoria. Isso é grave. Isso é manipulação. Isso, em qualquer Estado sério, invalidaria a acusação. Mas aqui… bem, aqui se ignora o contraditório, se atropela o devido processo legal e se pisa no direito de defesa em nome da “salvação da democracia”.

A defesa de Martins ainda alegou que ele foi preso por uma viagem que não realizou, e agora figura como réu por uma denúncia que, nas palavras da própria defesa, “jamais existiu”. Mas se o réu é ligado a Bolsonaro, a lógica é simples: culpado até que se prove o contrário.

Você pode não gostar de Bolsonaro. Pode até discordar de suas políticas, de sua retórica ou de suas alianças. Mas não é por isso que o Estado pode tratá-lo como culpado sem provas, apenas para agradar uma elite progressista sedenta por vingança e controle. Essa inversão de valores, onde as garantias constitucionais são derretidas sob a toga do “novo normal democrático”, é o verdadeiro risco à democracia.

E como se não bastasse a distorção dos depoimentos, agora temos também censura explícita às audiências. O STF proibiu gravações de áudio e vídeo nos depoimentos envolvendo Bolsonaro, permitindo apenas a presença de jornalistas “previamente credenciados” e limitando o acesso à informação. O Partido Novo, corretamente, entrou com mandado de segurança alegando censura à imprensa.

Entidades como a Abraji e parlamentares como o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) apontaram o óbvio: trata-se de uma tentativa deliberada de controlar a narrativa. Quando a Justiça escolhe esconder o que deveria ser público, ela já não serve à transparência, mas à opressão.

A alegação do STF? O Código de Processo Penal, claro. Sempre há um artigo jurídico para justificar o injustificável. Mas quando se fala em “incomunicabilidade entre testemunhas” e, ao mesmo tempo, se permite distorcer depoimentos sem qualquer tipo de registro audiovisual, o que está em jogo não é mais a segurança do processo, mas a construção de uma versão única dos fatos.

E não pense que a censura termina aí. Quando se tenta esconder do povo aquilo que envolve figuras públicas, ex-presidentes e altos comandantes militares, o que se deseja não é preservar a justiça, mas encobrir interesses políticos.

Enquanto isso, a Justiça Federal deu 20 dias para que o governo Lula e a primeira-dama Janja expliquem os gastos com viagens internacionais. Uma ação movida por um vereador do Novo e um advogado está tentando entender por que a esposa do presidente está turbinando passagens de luxo com dinheiro público, muitas vezes viajando separadamente da comitiva oficial, como nas viagens à Rússia e ao Japão.

Imagine se fosse Michelle Bolsonaro. A manchete já estaria nos portais: “Primeira-dama usa dinheiro público para luxos internacionais enquanto o povo passa fome”. Mas como é Janja, a “musa da resistência democrática”, o silêncio é ensurdecedor. Silêncio, aliás, que vem sendo comprado com a mesma moeda usada para calar críticos: censura, processos e perseguição.

A verdadeira ameaça à democracia não está nas reuniões institucionais entre Bolsonaro e generais. Está na criminalização de opiniões, no uso político do Judiciário, na censura à imprensa e no desmonte sistemático do contraditório. O que está acontecendo no Brasil é uma reedição moderna do tribunal de exceção, onde inimigos políticos são julgados por seus pensamentos, não por seus atos.

E o mais grave: essa escalada autoritária está sendo normalizada com a cumplicidade de setores da imprensa e do próprio Congresso. Cada silêncio diante de um atropelo é um tijolo a mais no muro da opressão. Cada justificativa esfarrapada do STF é um passo rumo ao fim da liberdade.

Não é por acaso que depoimentos como o de Freire Gomes causam tanto desconforto. Eles jogam luz onde querem manter as sombras. Eles revelam que, por trás do verniz jurídico, há uma clara tentativa de construir uma narrativa, prender adversários, reescrever os fatos e calar os que ousam pensar diferente.

Se até os generais que testemunham em favor da legalidade passam a ser tratados como cúmplices de um “golpe” que nunca aconteceu, o que sobra para o cidadão comum? Se ministros da mais alta corte do país tratam advogados como alunos indisciplinados, interrompem depoimentos, proíbem gravações e exigem reverência pessoal com frases como “meu tribunal”, o que resta da Justiça?

E se um ex-presidente eleito com milhões de votos é investigado por supostamente cogitar decretos que jamais foram assinados, enquanto a atual primeira-dama circula pelo mundo às custas do erário sem qualquer explicação plausível, o que aconteceu com a equidade, com o equilíbrio entre os poderes, com a responsabilidade constitucional?

O depoimento do general Freire Gomes, apesar de ignorado por muitos, foi um marco. Ele desmontou, com fatos e serenidade, a tese do golpe. E, talvez por isso, precise ser enterrado sob uma avalanche de manchetes enviesadas, decisões arbitrárias e censura disfarçada de proteção institucional. Mas para quem ainda consegue ler nas entrelinhas, o recado está claro: a verdade existe, só está sendo silenciada.

Com informações Gazeta do Povo

Leandro Veras

Editor do Conservadores Online, é cristão, conservador e analisa os bastidores da política com visão crítica e firmeza.

Você vai gostar em ficar sabendo

⚠️ Comentários que violarem as regras da Política e Privacidade, poderão ser moderados ou removidos sem aviso prévio. Este é um espaço para quem valoriza a verdade, o conservadorismo e a ordem. Se concorda com isso, seja bem-vindo ao debate! 🚀

Destaques

plugins premium WordPress