
Ah, que maravilha! Mais um “grande plano” do governo para “impulsionar” a economia nacional, e, claro, ninguém menos que Geraldo Alckmin para nos presentear com sua genialidade econômica. A segunda fase do programa Depreciação Acelerada está aí, trazendo a “fantástica” quantia de R$ 3 bilhões em créditos financeiros, espalhados entre 2025 e 2026, como se isso fosse a solução mágica para os problemas estruturais da indústria brasileira. Mas vamos dar o devido crédito: ao menos é um dos poucos projetos que não são pura esmola, e sim um incentivo à aquisição de maquinário. Agora, a questão real é: até que ponto essa “mãozinha” do Estado é realmente benéfica?
Seguindo a mesma linha de sempre, o governo insiste em jogar dinheiro sem atacar o cerne da questão: a burocracia, os impostos abusivos, a insegurança jurídica e a falta de previsibilidade econômica. Mas não se preocupe! Segundo nosso ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, isso vai gerar um “círculo virtuoso” de investimentos. Ora, que beleza! Como se uma dose homeopática de crédito fosse suficiente para fazer a indústria decolar, num país onde abrir um negócio é um desafio hercúleo e manter uma empresa de pé é um verdadeiro ato de heroísmo.
E a lógica do governo segue seu habitual raciocínio simplista: “vamos dar um incentivo para a compra de máquinas e equipamentos novos, e, voilà, problema resolvido!” Como se o empresariado estivesse apenas esperando um empurrãozinho para modernizar seu parque fabril, e não patinando no meio de um lamaçal fiscal e regulatório que asfixia qualquer tentativa de crescimento. Mas, claro, o governo é sempre “o salvador da pátria”.
A cereja do bolo vem na explicação do secretário de Desenvolvimento Industrial, que nos brinda com um esclarecimento digno de um gênio da obviedade: “A depreciação só é feita quando se apresenta a nota fiscal da compra da máquina e equipamento”. Incrível, não? Imaginem um país onde você pode abater um bem no imposto sem sequer comprová-lo. Seria um sonho para a contabilidade criativa. Mas aqui, o governo tem que deixar tudo bem claro, não vá que alguém ache que esse crédito vai ser usado para outra coisa, como, sei lá, pagar os impostos escorchantes que inviabilizam a modernização real das indústrias.
Mas não para por aí! O governo quer que você acredite que essa migalha de incentivo vai “aumentar a capacidade produtiva” e “gerar empregos”. Agora vamos ao que interessa: cadê a redução dos encargos trabalhistas? Cadê a desburocratização de fato, e não esse teatro de “ajuda”? Não adianta nada comprar uma máquina nova se o empresário não pode contratar livremente, não consegue obter crédito sem vender a alma ao sistema financeiro e continua pagando tributos que sugam até o último centavo de qualquer lucro.
E não podemos esquecer os estudos do IPEA e dos “bancos privados” que juram que essa medida vai alavancar investimentos de R$ 20 bilhões e impulsionar o PIB. Ah, claro! Porque não existe uma história de previsões falhas e métodos questionáveis nessas instituições, não é mesmo? Se fosse tão fácil assim prever crescimento econômico, todo economista de gabinete já estaria trilionário.
No fim das contas, o que temos é mais do mesmo: um Estado intervencionista que finge ajudar, enquanto continua sendo o maior empecilho ao desenvolvimento real. Se o governo realmente quisesse ver a indústria crescer, cortaria impostos, desburocratizaria processos e reduziria o peso do Estado na vida do empresário. Mas não, a solução é sempre “vamos dar um incentivozinho aqui, uma linha de crédito acolá, e quem sabe a economia não decola?”.
Enquanto isso, os países que realmente crescem investem na liberdade econômica, na desregulamentação e no respeito ao empresário. Aqui, seguimos acreditando na mesma velha fórmula fracassada: o Estado “ajudando” enquanto suga cada centavo da produtividade do país. Boa sorte para quem ainda acredita que isso vai dar certo.
Com informações Agência Gov