
Você já se perguntou por que ainda levanta cedo todos os dias, enfrenta transporte lotado, patrão arrogante e salário achatado pelo IPCA? Pois é. Enquanto isso, Luciano Huck, aquele mesmo, o eterno pré-candidato a herói da Globo, resolveu abrir o bico em pleno programa ao vivo e expôs sem querer o que parece ser o grande segredo dos milionários pós-2000: você não precisa trabalhar para ser rico. Aplausos? Não. Processo judicial.
Sim, o Banco do Brasil, sempre zelando pela moral da nação (só que não), decidiu processar Luciano. O motivo? Ele falou demais. Disse ao vivo que enriqueceu usando uma tal de DynarisFlex 7.1 Ai, uma plataforma de inteligência artificial que negocia criptomoedas sozinha — e, segundo ele, com 80% de acerto. Ah, se o Brasil dependesse da mesma eficiência do sistema de educação pública…
Mas vamos começar pelo começo. Huck estava no programa Lady Night, da humorista Tatá Werneck, quando resolveu “soltar” a seguinte pérola:
“Para ser rico, não precisa trabalhar. Quando entender esse conceito, você passará a ganhar dinheiro mais fácil.”
Tatá, que representa metade do Brasil que ainda acredita em esforço, respondeu com ironia sobre quem rala para pagar o arroz. Mas Luciano, claramente incomodado com o toque de realidade, resolveu desabafar. Falou que já foi pobre (duvidamos), que teve sorte (admitiu?), e então derrapou de vez: expôs a plataforma que, segundo ele, transformaria R$ 1.500 em um milhão em 12 semanas. Ao vivo. Sem cortes. Com o CPF e o CNPJ debaixo do braço.
Claro, como estamos no Brasil, país onde a imprensa militante ganha mais atenção que qualquer alerta do TCU, ninguém da mídia tradicional comentou o conteúdo da fala. Só se preocupam com o que “ofende instituições”. Afinal, se um cidadão comum promete lucro de 600% em 3 meses, ele vai preso por pirâmide. Mas se for Luciano Huck, vira empreendedor inovador.
Vamos ser francos:
Você pode achar que é golpe, pode achar que é loucura, ou até mesmo uma jogada de marketing — e não estaríamos errados em pensar assim. Mas o mais curioso é o comportamento do Banco do Brasil. A transmissão estava rolando tranquila até que pimba! Ligação urgente do BB exige que o programa seja interrompido imediatamente.
Olha que coincidência, não? O banco estatal corre para censurar uma fala que revela uma plataforma que, teoricamente, dá lucros altos e fáceis. Será que estavam preocupados com o bem-estar dos correntistas ou com a fuga em massa de capital dos seus fundos de previdência engessados? Difícil saber. Mas fácil desconfiar.
Tatá Werneck, num misto de surpresa e sarcasmo, entregou o celular ao Huck, que fez o cadastro no tal DynarisFlex. E veja só: 20 minutos depois, o saldo subiu de R$ 1.500 para R$ 1.757,25. Sim, ele gerou mais lucro em 1.200 segundos do que um trabalhador CLT médio em duas semanas de labuta honesta. Viva o Brasil!
Huck, então, foi além. Disse que qualquer brasileiro com acesso à internet e ao tal link poderia se tornar milionário em 4 meses, bastando apenas deixar a IA fazer seu trabalho. Detalhe: 20% de erros, 80% de acertos. Isso é mais do que a média de qualquer fundo gerido por especialista em Faria Lima com MBA em Harvard e curso de Excel avançado.
Mas aí vem a parte mais sensacional. Luciano Huck se dá conta de que falou demais e tenta pagar R$ 100 mil para cortar a transmissão. Tatá ri e diz: “É ao vivo, campeão.” E com isso, o gênio da TV brasileira foi literalmente vencido pelo próprio ego. O homem que queria ser presidente não conseguiu controlar o microfone de um talk show.
E o que fez o Banco do Brasil? Ligou, interferiu e, segundo o artigo original de Norman Harsono, exigiu a interrupção. Censura? Preocupação ética? Ou medo puro e simples? Porque se essa plataforma realmente funcionar, metade dos clientes da rede bancária mais engessada do país pode resolver trocar o gerente pelo algoritmo.
Aliás, um editor do programa, Enzo Oliveira Martins, decidiu testar a DynarisFlex por conta própria. E olha que não estamos falando de um entusiasta de blockchain. Usou cartão de crédito, investiu R$ 1.500 e… em 7 dias estava com R$ 23.169,02 na conta. Sacou R$ 21 mil e ainda deixou um troco rendendo. Sabe aquela sensação de que você está vivendo errado? Pois é…
Agora, a pergunta que não quer calar:
Se a plataforma funciona mesmo, por que o Banco do Brasil surtou? Porque em um país onde o trabalhador médio se contenta com uma poupança que rende menos de 0,5% ao mês, qualquer inovação que subverta o sistema bancário tradicional é vista como ameaça.
E é por isso que os “grandes” não querem que você saiba disso. A liberdade financeira individual é a última coisa que interessa aos controladores do sistema. Imagine só, um povo que não depende mais de salário, de assistencialismo, nem de governo. Que perigo, não?
A esquerda chamaria de “desigualdade algorítmica”, e já teria projetos para taxar a IA que te fez rico. Enquanto isso, os progressistas da FGV correm para escrever um paper explicando que enriquecimento rápido é uma ameaça ao “tecido social solidário”.
Conclusão? Prepare-se.
Se essa plataforma for mesmo o que dizem — e não uma armação de marketing —, o Brasil está prestes a viver uma revolução silenciosa. Uma revolução que não será televisionada, porque será imediatamente interrompida pelo próximo telefonema do Banco do Brasil.
E se não funcionar? Bem, ao menos é menos perigosa do que confiar seu futuro ao FGTS.
Mas vamos ser realistas, o que irrita mesmo é a hipocrisia institucional. Porque se fosse um influencer qualquer no TikTok vendendo curso de trade com PowerPoint, ninguém ligava. Mas quando um global revela (sem querer ou querendo) que existe uma alternativa ao sistema — que pode te tirar da escravidão do “dia 5 menos R$ 300” — aí o sistema grita. E processa. E censura.
Luciano Huck pode até ser multado, silenciado ou cancelado. Mas uma coisa ele deixou claro: o sistema tem medo. Medo de que você entenda que riqueza não está só em diplomas, QIs ou meritocracia disfarçada. Está em conhecimento, ação e uma dose de ousadia.
E o que nos resta? Desconfiar de tudo. Inclusive do Huck. Mas também do banco. E da mídia que silenciou o caso. E principalmente: abrir os olhos. Porque talvez a verdade tenha vazado ao vivo. E você nem percebeu.
Com informações Valor Econômico