“Bolsonaro será condenado à prisão pelo STF, até setembro”, diz advogado Kakai

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Você talvez ainda não tenha percebido, mas já estão te dizendo, com todas as letras, que seu voto em 2026 pode ser tratado como um crime. Sim, você não leu errado. Em pleno 2025, já estão preparando o terreno para tratar a vitória de um candidato conservador como um atentado à democracia. Não estamos mais no campo da retórica inflamada de palanque. Estamos diante de declarações públicas, articuladas com naturalidade, por figuras que circulam livremente nos corredores do poder.

Kakai, o advogado conhecido não apenas por sua verborragia midiática, mas também por se apresentar com bermudas em tribunais onde a toga é símbolo de seriedade, soltou — sem nenhum pudor — a bomba: Bolsonaro será condenado até setembro. Trinta anos de pena. Trinta. Você já viu esse tipo de certeza em algum sistema judiciário sério? Essa não é uma previsão, é uma profecia jurídica embasada não em provas públicas, mas em algo que apenas ele parece saber. Ou seja, informação privilegiada, no mínimo. E, sendo mais direto: o nome disso é conluio.

Kakai parece jogar com cartas marcadas, enquanto o povo assiste a um espetáculo de arbitrariedades travestido de justiça. O que causa mais espanto não é apenas a antecipação de um veredito, mas a naturalidade com que ele revela etapas e prazos processuais, como se tudo já estivesse escrito, ensaiado e encaminhado nos bastidores. E não estamos falando de qualquer julgamento — estamos falando de um ex-presidente da República e generais das Forças Armadas.

E Kakai vai além. Eduardo Bolsonaro, deputado federal, filho do ex-presidente e um dos parlamentares mais combativos do Congresso, é descrito como alvo certo de uma denúncia “grave”. Sua “culpa”? Denunciar ilegalidades do Estado brasileiro em organismos internacionais. Algo que é não apenas legítimo, mas previsto no artigo 5º, inciso 34 da Constituição Federal, como bem explicou o advogado criminalista Jeffre Chiquini. É o direito de petição. Uma cláusula pétrea. Imutável. Inquestionável.

Mas para os arquitetos do autoritarismo, a Constituição é maleável — serve apenas quando convém. Quando os agentes políticos de direita recorrem a seus dispositivos, são imediatamente tachados de golpistas, extremistas ou antidemocráticos. E Kakai, com seu ar de superioridade jurídica, chancela essa inversão com sorrisos irônicos diante das câmeras, enquanto o papagaio de pirata ao seu lado se diverte com a distorção da realidade.

O que está em jogo aqui é muito mais do que um processo judicial contra Bolsonaro ou Eduardo Bolsonaro. Está em jogo a própria legitimidade da oposição no Brasil. A lógica que vem sendo construída nas entrelinhas — mas agora já escancarada — é a seguinte: se a direita vencer, é golpe. Isso mesmo. Se os conservadores ganharem uma eleição limpa, auditável, com voto popular e soberano, o sistema vai chamar isso de golpe. Isso é democracia? Não, isso é chantagem institucionalizada.

É preciso ser muito cego — ou muito cúmplice — para não enxergar a engrenagem autoritária funcionando diante dos nossos olhos. A criminalização da direita não é apenas um projeto ideológico: é uma estratégia de permanência no poder. E, como todo projeto autoritário, ele precisa de atores com acesso aos corredores do Judiciário, que consigam adiantar sentenças, sugerir penas e, principalmente, desmoralizar qualquer possibilidade de resistência legal por parte da oposição.

Esse é o novo normal brasileiro: o advogado da esquerda já sabe quem será condenado, quanto tempo de prisão vai cumprir, e quando o julgamento ocorrerá. Como ele sabe? Porque o jogo está sendo jogado de maneira marcada. E você — que ainda acredita em instituições imparciais — precisa acordar para o fato de que a balança da Justiça não está apenas pendendo para um lado. Ela foi arrancada das mãos de Têmis e jogada ao mar.

Se Eduardo Bolsonaro denuncia violações de tratados internacionais, está apenas cumprindo seu papel constitucional. O que deveria ser motivo de honra e defesa, virou arma para perseguição. A lógica está completamente invertida. Denunciar um abuso de poder é agora, segundo os novos inquisidores, um abuso em si. Se você acredita que isso é apenas um detalhe técnico ou um embate político comum, prepare-se: amanhã pode ser você. O mesmo sistema que hoje engole seus representantes, amanhã virá atrás dos seus valores, da sua liberdade e da sua fé.

Mas talvez o que mais escandaliza não seja o conteúdo dessas declarações, e sim o silêncio conivente da grande imprensa. Nenhum editorial, nenhuma manchete, nenhuma indignação com a previsão esdrúxula de pena e julgamento feita por um advogado militante. Onde está o “Estado de Direito”? Onde estão os juristas garantistas que outrora gritavam contra abusos judiciais? Sumiram. Calaram. Porque o alvo agora é o inimigo político deles. E isso, para muitos, justifica qualquer desvio de legalidade.

Enquanto isso, seguem as manobras para deslegitimar, marginalizar e criminalizar todo um espectro político que representa milhões de brasileiros. A elite jurídica e midiática, tão preocupada com “ameaças à democracia” no passado, agora flerta abertamente com um estado de exceção disfarçado de normalidade institucional. Eles não querem vencer nas urnas — querem inviabilizar a própria existência do adversário.

É exatamente isso que está acontecendo. Não é exagero, não é teoria da conspiração. As falas de Kakai não são interpretações isoladas. São confissões públicas de uma engrenagem que já está girando. Quando ele diz que o julgamento será em agosto ou setembro e que a pena será de 30 anos, ele não está fazendo uma previsão. Ele está anunciando o cumprimento de um roteiro previamente escrito. E se ele pode falar isso com tanta tranquilidade, é porque sabe que ninguém o confrontará.

Mas e se fosse o contrário? E se fosse um advogado conservador afirmando que um ministro do STF será condenado em determinado mês, com pena exata definida? A histeria midiática seria instantânea. As manchetes gritariam sobre “ataques ao Judiciário”, “ameaça institucional”, “golpe em curso”. Mas como é contra Bolsonaro, vale tudo.

Estamos, portanto, diante de um cenário que exige reação imediata da sociedade civil, da classe jurídica honesta e de todo cidadão que ainda acredita em justiça verdadeira. Não se trata mais de defender apenas um ex-presidente ou um deputado federal. Trata-se de preservar o mínimo de integridade institucional que ainda existe no Brasil. Porque se isso for perdido, não restará pedra sobre pedra.

Quando um cidadão é tratado como criminoso por denunciar abusos, e quando advogados vaticinam condenações futuras como se lessem uma bula de remédio, não estamos mais em um Estado de Direito. Estamos em um teatro farsesco, onde os papéis já estão distribuídos, as falas ensaiadas, e a plateia — o povo brasileiro — é tratada como figurante.

A sua liberdade, o seu voto e o seu futuro estão sendo negociados por trás das cortinas. E figuras como Kakai, com seu ar debochado e suas declarações proféticas, não são apenas personagens — são instrumentos de um projeto de poder que não aceita alternância, discordância nem oposição.

Não se iluda: se hoje eles chamam de golpe uma eventual vitória eleitoral da direita, amanhã chamarão de crime a sua própria opinião.

E aí, você vai continuar calado?

Leandro Veras

Editor do Conservadores Online, é cristão, conservador e analisa os bastidores da política com visão crítica e firmeza.

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