Brasil endividado: Haddad tributa, Lula fantasia e o povo paga a conta

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Claro, o Brasil vai de vento em popa. Pelo menos é o que garante o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aquele mesmo que enxerga progresso onde a realidade aponta desastre. É curioso como alguns líderes conseguem enxergar um país pujante em meio à avalanche de boletos vencidos, empresas quebradas e famílias vendendo o almoço para financiar o jantar. Sim, estamos em plena era do delírio oficial — aquela em que o fracasso econômico é tratado como vitória política e o endividamento recorde, como sinônimo de inclusão social.

Segundo dados da Serasa, divulgados recentemente e ignorados com entusiasmo por Brasília, 76,6 milhões de brasileiros estão inadimplentes. Isso mesmo. Quase metade da população adulta do país deve para todo mundo, menos para o governo, que cobra com eficiência suíça cada centavo dos impostos. E não se trata de dívidas para comprar carro de luxo ou fazer cruzeiro pela Europa — trata-se de dívidas para sobreviver. Dívidas para pagar arroz, feijão, luz e remédio. Mas vá dizer isso ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que provavelmente responderá com alguma analogia confusa envolvendo “neoliberalismo”, “gasto social” e “herança maldita”.

A dívida dos brasileiros já ultrapassa R$ 457,4 bilhões, e não, você não leu errado. Essa é a herança que o cidadão comum está deixando para si mesmo: um buraco do qual não se sai com frase de efeito em palanque ou com campanha publicitária sobre “o Brasil voltou”. Voltou? Para onde? Para o atoleiro dos anos 80, onde a inflação comia salários no café da manhã e o crédito era sinônimo de pesadelo?

Mas vamos fazer justiça: nem todo endividamento é ruim. Quando bem gerido, pode ser instrumento de desenvolvimento. Pode. Poderia. Seria. Mas no Brasil petista, endividar-se virou estilo de vida forçado. Não é alavancagem; é desespero. Não é estratégia; é sobrevivência. O cidadão não parcela o smartphone novo: parcela o botijão de gás.

E aí entra a cereja do bolo: o cartão de crédito, esse amigo traiçoeiro que permite comprar hoje o que você pagará pelos próximos cinco anos — com juros de agiota legalizado. É o vilão oficial da inadimplência, seguido de perto pelo empréstimo pessoal. Mas, claro, a culpa não é da falta de políticas públicas sérias, nem da insanidade fiscal que desvaloriza a moeda e alimenta a inflação. Não. A culpa é do capitalismo, da burguesia opressora e da colonização europeia. Ah, se Dom Pedro tivesse nacionalizado os bancos…

No setor empresarial, o caos é idêntico, só que com CNPJ. Mais de 7,3 milhões de empresas estão negativadas, sendo a maioria absoluta formada por pequenos e médios negócios — aqueles que geram emprego de verdade, pagam imposto como gente grande e recebem atenção do governo como se fossem invisíveis. São R$ 180 bilhões em dívidas empresariais, sendo R$ 146 bilhões nas costas das pequenas empresas. E o que o governo faz? Cria linha de crédito? Reduz burocracia? Corta imposto? Não. Aumenta o IOF e sorri para a câmera.

A lógica do Palácio do Planalto é simples: se o povo não consegue pagar as contas, a culpa é do povo. Não do governo que incha a máquina, explode os gastos e depois joga a bomba no colo do Banco Central, que por sua vez precisa subir a taxa Selic para conter a inflação criada em Brasília. Hoje estamos com 14,75% ao ano de juros — um recorde quase tão honroso quanto o número de brasileiros endividados. Mas Lula diz que a culpa é do mercado, da Faria Lima, do Bolsonaro e, se bobear, do Moro.

E quem paga essa conta? O cidadão comum. Aquele que vai ao supermercado e percebe que o leite virou artigo de luxo. Que tenta reorganizar as finanças e é atropelado por boletos em série. Que compra fiado na farmácia porque precisa escolher entre pagar a fatura do cartão ou comprar insulina para o filho. Mas o presidente, lá de cima, jura que o país está crescendo. Deve estar se referindo ao número de cadastros no SPC.

Mas calma, sempre pode piorar.

Na tentativa de manter viva a farsa do “governo que cuida dos mais pobres”, o Planalto prefere sangrar o contribuinte em vez de cortar gastos. A austeridade é tratada como crime e o equilíbrio fiscal, como vilão da vez. A solução do senhor Haddad? Mais impostos. Mais IOF, mais carga tributária, mais tentáculos estatais no bolso do trabalhador. Enquanto isso, os gastos públicos seguem crescendo como se a inflação fosse uma lenda urbana. Porque, afinal, prometer é mais barato que reformar.

E não pense que esse é um cenário transitório. As previsões são generosas: nada deve mudar até o fim de 2025. Até lá, famílias continuarão afundadas, empresas seguirão fechando as portas e o crédito será artigo de luxo reservado a poucos. O empreendedor brasileiro, aquele herói anônimo, é tratado como inimigo do Estado. Quanto mais tenta prosperar, mais é punido. Num país sério, ele seria incentivado. Aqui, é sabotado em nome de um projeto de poder que alimenta a miséria para justificar a permanência no poder.

A Gazeta do Povo, em seu editorial irretocável, expôs com clareza esse cenário grotesco: o Brasil está sendo sufocado por uma política que mistura populismo fiscal, improvisação econômica e desonestidade intelectual. A culpa da crise não é da realidade, é da comunicação — dizem os gênios de Brasília. Mas não há marketing que embeleze o caos. A economia não é um palanque. E o boleto chega todo mês.

Os números não mentem. As estatísticas da inadimplência não são fruto de teorias conspiratórias da direita radical. São dados oficiais, públicos, escancarados. A tragédia é real, cotidiana e mensurável. E o mais assustador é a indiferença do governo federal diante disso. Em vez de reavaliar os rumos, insiste nos erros, dobra as apostas e continua a girar a máquina de moer esperanças.

Mas há quem aplauda. Sempre há. Há quem veja nisso tudo uma “reconstrução do Brasil”. São os mesmos que defendem a volta do imposto sindical, a taxação dos aplicativos, o fim da autonomia do Banco Central e a estatização do pensamento. Gente que acredita que crescimento econômico é sinônimo de mais ministérios e que o mercado deve ser punido por ousar existir.

E enquanto isso, a vida real grita. O brasileiro de verdade, aquele que acorda cedo, pega ônibus lotado e volta para casa com medo de ser assaltado no ponto, sente no bolso e no prato a incompetência governamental. O que mais dói é saber que a crise é evitável. Bastaria um governo sério, comprometido com reformas estruturais, com responsabilidade fiscal e com a verdade. Mas, no lugar disso, temos um governo que combate a inflação com narrativas e promove a falência coletiva como se fosse avanço civilizatório.

No fim das contas, estamos diante de uma escolha ideológica disfarçada de política econômica. Para este governo, controlar gastos é coisa de neoliberal. Responsabilidade fiscal é “opressão burguesa”. E cobrar resultados é ofensa pessoal. A consequência? Um país sufocado por dívidas, entravado por juros e ameaçado por uma recessão camuflada em estatísticas criativas.

A Gazeta do Povo acerta ao chamar o Brasil de hoje de “um país de endividados”. Mais do que isso: é um país de iludidos. Porque quem governa jura que está tudo bem, enquanto a população vê o poço se aprofundar. É a síndrome do espelho quebrado: só o governo se vê bonito, enquanto o povo encara o reflexo da decadência.

Se nada mudar, prepare-se. O futuro será ainda mais doloroso. E o mais irônico — ou trágico — é que isso tudo está sendo feito em nome dos “mais pobres”. Como se sufocar o pequeno empreendedor, encarecer o crédito e sugar o contribuinte fossem gestos de amor social. Se isso é cuidado, imagina o descaso.

Mas fique tranquilo: sempre haverá uma nova propaganda institucional dizendo que “o Brasil voltou”. Voltou, sim — voltou a dever até a alma.

Com informações Gazeta do Povo

Leandro Veras

Editor do Conservadores Online, é cristão, conservador e analisa os bastidores da política com visão crítica e firmeza.

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