“Direita na Paulista: ameaça, conspiração e militares incitados contra civis”, diz Reinaldo Azevedo, UOL

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Mega manifestação na Av. Paulista, São Paulo pela anistia dos presos de 8 de janeiro

Se Reinaldo Azevedo, outrora voz respeitada da crítica conservadora, hoje se vê reduzido a ecoar os mantras da extrema-esquerda, talvez seja hora de escrevermos não apenas sobre a manifestação na Avenida Paulista, mas sobre o ocaso de uma geração de analistas políticos que perderam a bússola no meio do caminho. O texto de Reinaldo publicado no UOL, plataforma que vive do cliques da esquerda e da farsa do “jornalismo independente”, é mais do que um artigo de opinião — é um epitáfio. Um lamento embebido de rancor, onde as palavras soam como gritos de um náufrago em um mar onde ele mesmo jogou sua credibilidade ao fundo.

Reinaldo tenta, desesperadamente, convencer o leitor de que os manifestantes na Paulista são uma ameaça ao “Estado Democrático de Direito”. Um detalhe curioso: o mesmo “Estado de Direito” que persegue um ex-presidente com base em inquéritos sigilosos, mantém presos sem julgamento figuras ligadas à direita, e criminaliza discursos religiosos quando estes não seguem o catecismo woke. Mas, como bem sabemos, para Reinaldo, a democracia é democrática desde que ele concorde com ela.

No centro do seu texto, está Jair Bolsonaro, que ele já sentencia: “será condenado e preso”. Não há julgamento ainda. Não há provas públicas. Mas há certeza, uma fé quase religiosa, do tipo que move torcedores de time e militantes do PT. A convicção de Reinaldo beira a premonição, dessas que nem tarotista de feira arriscaria. E o tom de seu texto é exatamente esse: não é análise, é praga política.

Ele lamenta que os “milhões” de manifestantes prometidos não compareceram. Reinaldo, sempre tão cioso com as palavras, parece não perceber que não se mede a legitimidade de um protesto por dados do Datafolha, instituto que, convenhamos, se tornaria mais confiável se fosse vendido para o Ibope dos anos 90. A análise quantitativa da manifestação é uma distração conveniente — como se o real incômodo da elite progressista fosse o número de pessoas, e não o que elas representavam: uma massa crítica, orgânica, que resiste à hegemonia da narrativa dominante.

Em meio ao texto, Reinaldo ataca os governadores que ousaram subir no mesmo palanque de Bolsonaro: Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ratinho Jr., Ronaldo Caiado, entre outros. Todos, segundo ele, “coonestaram o golpismo”. A acusação é grave. Mas, novamente, sem provas. Tudo é deduzido por insinuação, tom dramático e uma leitura enviesada de falas públicas. Reinaldo pinta o quadro com pincéis molhados em tinta vermelha: não analisa, acusa.

Silas Malafaia, outro alvo preferencial do colunista, é citado com destaque. Sua fala, carregada de apelos religiosos e simbologias, foi interpretada como “ameaça” ao STF. Malafaia diz: “O povo é o supremo poder”. Em qualquer democracia madura, essa frase soaria como um lembrete básico da soberania popular. No Brasil de Reinaldo, soa como insurreição. É curioso como o discurso da esquerda só se torna perigoso quando sai da boca de um evangélico conservador.

Reinaldo — como tantos outros “isentões” que sucumbiram ao gosto do aplauso fácil da esquerda — adota a tese de que Bolsonaro não reconheceu a eleição de 2022 e por isso deve ser execrado. Ora, e o que dizer de Lula, que por décadas afirmou que o sistema eleitoral era manipulado pelas elites, que a classe média era fascista, que o STF era covarde nos tempos de Mensalão? Ah, mas Lula era “contextualizado”. Já Bolsonaro, segundo Reinaldo, é um herege da democracia e precisa ser punido com o exílio ou a prisão.

No fundo, o que incomoda mesmo Reinaldo — e sua trupe de articulistas e colunistas — é que a direita deixou de ser tutelada por intelectuais de gravata e passou a ser protagonizada pelo povo comum, aquele que vai à igreja, que valoriza a família, que quer segurança, escola sem doutrinação e liberdade de expressão. Esse povo não lê Karl Marx. Lê a Bíblia. E isso, para Reinaldo, é motivo de escárnio e temor.

Sua análise tenta vender a tese de que os conservadores estão reféns de Bolsonaro, como se o ex-presidente fosse um “feitiço” que paralisou mentes e corações. Mas a verdade é mais simples — e mais incômoda para a velha guarda liberal: Bolsonaro ocupa um vácuo deixado pelos que deveriam ter defendido o Brasil quando ele mais precisou. Onde estavam os “moderados” quando STF passou a legislar, perseguir e decidir eleições? Onde estavam os “republicanos” quando empresários foram presos por conversas privadas? Onde estava Reinaldo?

Ah, ele estava escrevendo no UOL, denunciando o “golpismo” de quem ousava criticar Alexandre de Moraes — o oráculo da nova democracia tupiniquim.

Reinaldo escreve: “Quem coonesta a ameaça e a incitação da sublevação militar contra o Judiciário está investindo na desordem.” Interessante. Mas e quando o Judiciário rasga a Constituição, persegue adversários e cala veículos de imprensa? Isso é o quê? Ordem? Justiça? Civilidade? Ou seria a mais perigosa forma de autoritarismo: o autoritarismo de toga?

Ao longo de seu texto, Reinaldo tenta reescrever a história recente do Brasil: Bolsonaro é o vilão central, os governadores são covardes, o STF é vítima e Lula é o guardião da democracia. Nem em roteiro da Netflix seria tão previsível.

O que vemos, na verdade, é uma tentativa desesperada de manter a narrativa viva, ainda que a realidade a desminta todos os dias. Não foi Bolsonaro quem ameaçou fechar o STF com um cabo e um soldado — foi um humorista. Não foi Bolsonaro quem soltou um ex-presidiário para ganhar a eleição. Não foi Bolsonaro quem usou a máquina pública para perseguir opositores. Mas para Reinaldo, os fatos não importam. Importa manter-se relevante num ambiente onde a isenção é moeda em extinção.

Reinaldo diz que os conservadores estão “miseráveis”. Eu diria que os intelectuais de direita que preferiram os aplausos da esquerda à coerência moral é que vivem hoje em um deserto ético. Perderam o público, a credibilidade e, no caso de Reinaldo, até o estilo — transformado em uma colagem raivosa de frases de efeito e opiniões infundadas.

A verdade é que o Brasil de 2025 é um país sob censura, com ministros intocáveis, imprensa autocensurada e políticos amordaçados. E ainda assim, há quem vá às ruas — pacificamente — pedir justiça, equilíbrio e liberdade. Esses não são golpistas. São patriotas.

Se Reinaldo Azevedo chama isso de ameaça, então talvez seja hora de lembrar que a maior ameaça à democracia é o silêncio dos que se dizem democratas quando a liberdade é sufocada.

O palanque da Paulista não foi um ato golpista. Foi um grito de resistência popular contra o avanço do autoritarismo judicial, contra o monopólio da virtude progressista, contra o desdém da classe política pelas angústias reais da população.

Reinaldo pode continuar escrevendo suas colunas no UOL, elogiando o “bom senso” de quem aplaude Lula e demoniza Bolsonaro. Mas não se engane: a história não será escrita pelos colunistas de redação, e sim pelo povo nas ruas.

E esse povo, ao contrário do que ele pensa, não está rendido. Está acordado. E não vai se calar.

Com informações UOL

Leandro Veras

Fundador e Editor do Conservadores Online

Leandro Veras acompanha de perto a política e os bastidores do poder no Brasil, com um olhar atento para os impactos sociais, econômicos e morais das decisões tomadas em Brasília. Atua como uma voz ativa no debate público, abordando temas que vão desde os jogos de influência entre o STF e o Congresso Nacional, passando pelas relações do Brasil com Israel e o Ocidente, até os reflexos das crises globais no cotidiano das famílias brasileiras. Já escreveu sobre tudo: desde a interferência da China no agronegócio brasileiro, passando por imigrantes ilegais nas fronteiras amazônicas, até agricultores brasileiros queimando safra por falta de infraestrutura e apoio governamental. Seu compromisso é com a verdade, a liberdade e os valores cristãos que moldaram nossa civilização.

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