FAB vira táxi VIP do STF: Lula põe sigilo de 5 anos em lista de passageiros

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Aeronave da FAB, durante a pandemia da Covid-19, em 2020 – Reprodução @fab_oficial no X

A notícia é simples, direta e — para quem ainda carrega um pingo de lucidez patriótica — revoltante: o governo Lula emprestou aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para transportar ministros em viagens cujos passageiros estão com a identidade em sigilo por cinco anos. E, para justificar tamanha obscuridade, o Estado invoca — pasmem — a “segurança nacional”.

Sim, você leu corretamente. O mesmo Estado que exige de você CPF até para comprar um fio dental na farmácia é o mesmo que se nega a dizer quem está voando com o seu dinheiro nos jatinhos da Força Aérea. Isso não é só um tapa na cara da democracia: é o sinal de que o Brasil foi sequestrado por uma elite togada blindada por sigilos e privilégios.

Os jornalistas Mateus Vargas e Géssica Brandino, da Folha de S.Paulo, fizeram o que poucos hoje em dia ainda se arriscam a fazer: jornalismo de verdade. E encontraram o que já se suspeitava nos bastidores da política nacional — uma farra aérea patrocinada por você, contribuinte, mas que nem pode perguntar quem são os convidados da festa.

Aliás, chamar isso de “farra” é até um eufemismo. É um esquema institucionalizado de blindagem e ostentação, travestido de segurança institucional. Em qualquer país sério, esse tipo de informação seria pública e transparente — afinal, não estamos falando de operações secretas de inteligência ou contraespionagem internacional. Estamos falando de ministros do Supremo dando carona uns para os outros e, às vezes, para suas respectivas esposas, usando aviões pagos com dinheiro do povo.

Sim, também temos isso: segundo a reportagem, esposas de ministros como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes embarcaram em voos da FAB. Alguém se lembra de alguma ameaça explícita a essas senhoras? Algum plano terrorista que envolvesse um sequestro aéreo de figuras do círculo íntimo do STF? Claro que não. Mas a desculpa da “segurança” é tão útil quanto elástica. Serve para tudo. Inclusive para esconder abusos.

É claro que o pano de fundo disso tudo não está nos aviões, mas no modelo de poder que se instalou no Brasil desde 2019 — e que foi definitivamente selado em 2023, com o retorno de Lula ao Planalto e a blindagem irrestrita do STF. A mesma corte que persegue adversários políticos com medidas excepcionais, rasga princípios constitucionais sob a bandeira do combate às “fake news”, agora também desfruta do luxo de voar por aí, com proteção de sigilo de cinco anos, e sem prestar contas a ninguém.

Em outras palavras, a nova aristocracia brasileira não se reúne em castelos, mas nos gabinetes refrigerados do STF e nas poltronas de couro da Força Aérea Brasileira.

O mais estarrecedor é que tudo isso é feito com respaldo jurídico. A desculpa da “brecha legal” se tornou regra. Antes, apenas o presidente do STF tinha direito a um avião oficial. Hoje, basta estar no “rol da confiança” do Executivo — ou simplesmente se beneficiar da boa vontade do Ministério da Justiça ou da Defesa — para requisitar uma aeronave.

Com o aval do Tribunal de Contas da União (TCU), tudo passou a ser envolto em sigilo. O mesmo TCU que finge ser guardião do erário público, mas que na prática atua como selo de legalidade para os desmandos dos amigos do poder. Não, não é teoria da conspiração. É só a realidade nua e crua da política brasileira.

Você se lembra quando o ministro Alexandre de Moraes usou a aeronave da FAB na véspera da final do Campeonato Paulista, onde o Corinthians sagrou-se campeão? Coincidência? Coincidência é o que resta ao povo acreditar quando toda a estrutura de poder trabalha para ocultar a verdade.

Ah, mas tudo isso é “para segurança dos ministros”, dizem eles. Desde os eventos de 8 de janeiro de 2023, o argumento da segurança virou um cheque em branco para abusos. O medo é real? Sim. Mas se o Estado não é capaz de garantir a segurança de seus principais magistrados dentro das estruturas normais da segurança pública, então já estamos vivendo um colapso institucional.

E não é só isso: o que está em jogo aqui não é apenas uma questão de transporte oficial. É a normalização do privilégio, a institucionalização da opacidade, e a descarada inversão dos papéis entre o povo e o Estado. O cidadão tem que se mostrar cada vez mais transparente ao governo, enquanto o governo se esconde cada vez mais do cidadão.

O caso também revela o grau de promiscuidade entre o Executivo e o Judiciário. Lula, ao disponibilizar a frota da FAB para os ministros do Supremo, não está apenas sendo “cordial”. Está selando uma aliança perversa, onde o poder de julgar e o poder de executar se entrelaçam, se protegem, se financiam — e se blindam mutuamente da fiscalização pública.

É o velho jogo de “eu finjo que te fiscalizo, você finge que me julga”. E quem perde com isso? A democracia. O povo. A transparência. A república.

E onde está a indignação da imprensa? Bem, graças ao trabalho da dupla da Folha de S.Paulo, esse caso veio à tona. Mas, sejamos sinceros, quantos editoriais foram escritos denunciando o uso indevido da FAB? Quantos telejornais abriram seus noticiários com essa bomba institucional?

Enquanto os jornais se ocupam em fiscalizar ex-milicianos fictícios e conspiradores golpistas, a real elite do privilégio estatal segue intocável, voando em céu de brigadeiro, com combustível pago por você, e sob o manto protetor do sigilo institucional.

Agora imagine a cena: você está apertando o cinto no supermercado, revezando carne moída com salsicha e fazendo conta para pagar a conta de luz. Enquanto isso, ministros do Supremo estão voando com suas esposas, sem você sequer ter o direito de saber que eles estavam a bordo. Isso é segurança? Não. Isso é deboche.

O mais grave de tudo isso é a naturalização da violação da Lei de Acesso à Informação (LAI). Essa lei foi criada justamente para garantir que o poder público prestasse contas ao cidadão. Mas no Brasil atual, a exceção virou regra, e a transparência se tornou inimiga da estabilidade institucional.

A Transparência Brasil e outras entidades já se manifestaram: o sigilo de cinco anos não se sustenta. Se a viagem já foi realizada, a justificativa da “segurança” cai por terra. É como querer esconder uma viagem de férias feita há dois anos com medo de que algum paparazzi vá te encontrar na praia… depois do verão.

A verdade é que, no fundo, o STF e o governo Lula sabem exatamente o que estão fazendo. Eles sabem que você, eleitor, está exausto, desmobilizado e — em muitos casos — desiludido. A estratégia é clara: esticar a corda até onde der. E como até agora ninguém cortou a corda, eles seguem voando alto.

Este artigo não é apenas um comentário indignado. É um apelo, um alerta, uma convocação. O Brasil não pode mais aceitar passivamente a institucionalização dos privilégios. O Supremo não é uma corte divina. Seus ministros não são intocáveis. Eles devem satisfações ao povo, sim. E isso inclui dizer quem está usando nossos aviões, para onde vão e por quê.

A democracia morre primeiro no silêncio das instituições — depois nos bastidores dos gabinetes, e por fim, nas asas do luxo impune.

Enquanto o povo vive no chão duro da realidade, a toga voa. E voa alto.

Com informações Folha de S.Paulo

Leandro Veras

Fundador e Editor do Conservadores Online

Leandro Veras acompanha de perto a política e os bastidores do poder no Brasil, com um olhar atento para os impactos sociais, econômicos e morais das decisões tomadas em Brasília. Atua como uma voz ativa no debate público, abordando temas que vão desde os jogos de influência entre o STF e o Congresso Nacional, passando pelas relações do Brasil com Israel e o Ocidente, até os reflexos das crises globais no cotidiano das famílias brasileiras. Já escreveu sobre tudo: desde a interferência da China no agronegócio brasileiro, passando por imigrantes ilegais nas fronteiras amazônicas, até agricultores brasileiros queimando safra por falta de infraestrutura e apoio governamental. Seu compromisso é com a verdade, a liberdade e os valores cristãos que moldaram nossa civilização.

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