Hugo Motta acelera PLs do Judiciário e ignora Anistia aos presos de 8 de Janeiro

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Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Na madrugada desta segunda-feira, o jornal digital Poder360 publicou um texto revelador. Embora embalado pela aparente neutralidade jornalística, o conteúdo expõe muito mais do que apenas uma agenda legislativa da semana na Câmara dos Deputados. Ele retrata, com clareza quase cirúrgica — e com o cinismo característico de quem naturalizou a usurpação institucional —, a fragilidade de um Parlamento refém de chantagens políticas e do ativismo de toga. E o silêncio — ou a resistência estratégica — de nomes como Hugo Motta (Republicanos-PB) diante da pressão popular, nada mais é do que o espelho de uma república que abandonou a coragem para se curvar diante da conveniência.

O artigo informa que a Câmara votará requerimentos de urgência de quatro projetos oriundos do Judiciário — sim, aquele mesmo poder que abandonou sua missão de guardião das leis para assumir o papel de legislador informal e vigilante ideológico. Como se não bastasse, a presidência da Casa resiste em pautar o famigerado PL da Anistia aos patriotas condenados pelos atos de 8 de Janeiro, mesmo após uma multidão de quase 60 mil cidadãos comparecerem à Avenida Paulista no último domingo, em um dos protestos mais organizados e contundentes dos últimos tempos.

E então surge o dilema que a esquerda e seus aliados de centro-esquerda tentam maquiar: o povo clama por liberdade, justiça e perdão, enquanto os engravatados preferem ouvir o cochicho das togas e o tilintar das canetas de ministros do STF. A quem serve esse Parlamento? Aos seus eleitores ou aos senhores da Suprema Corte?

O Poder360 relata que a pressão vem crescendo. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) foi claro ao afirmar que “a anistia será pautada, querendo ou não”. Mas diante da clareza da voz popular, Hugo Motta escolheu o caminho mais conhecido entre os que jogam com as sombras da política: a procrastinação. A velha tática do “deixa pra depois” enquanto a indignação do povo se dilui em manchetes, escândalos novos e novelas midiáticas de conveniência.

Mas o Brasil real não esquece. Bolsonaro, demonizado dia após dia por uma imprensa cúmplice da desconstrução moral, reuniu quase 60 mil almas no coração de São Paulo. Não para pedir cargos, não para defender vantagens pessoais, mas para clamar por justiça aos perseguidos políticos que, muitos deles sequer tiveram julgamento digno. São homens e mulheres, pais e mães de família, que estão sendo punidos por pensarem diferente do establishment esquerdista, por questionarem urnas, ministros, narrativas — por ousarem gritar o óbvio: “isso não é democracia!”

Enquanto isso, como nos alerta o próprio Poder360, a Câmara dos Deputados tem tempo e disposição para votar projetos como a revogação de dispositivos da CLT — já superados, claro, mas cuja prioridade parece surgir do nada — e o aumento de pena para disparo de arma de fogo sem porte. Projetos importantes? Sem dúvida. Mas onde está a urgência da justiça reparadora aos milhares de condenados pelo 8 de Janeiro que foram julgados sob pressão política, sem ampla defesa, sob um tribunal de exceção disfarçado de legalidade?

Mais ainda: a reportagem anuncia que o ministro Ricardo Lewandowski, agora reconvertido em superministro da Justiça de Lula, entregará nesta semana a PEC da Segurança Pública. E o faz com promessas e discursos de cooperação. Mas o objetivo real dessa PEC é claro como o sol do meio-dia: centralizar nas mãos do governo federal o controle das forças policiais estaduais. Uma tentativa de minar a autonomia dos Estados, dissolver resistências regionais e criar uma polícia nacional moldada à imagem e semelhança do petismo.

É nesse ponto que se percebe o verdadeiro plano de poder do atual governo: sufocar a autonomia estadual, cooptar o Legislativo com emendas e verbas, e blindar o Judiciário com silêncio cúmplice. Uma tríade perfeita para o autoritarismo institucional.

Enquanto isso, a imprensa — incluindo o Poder360 — reporta com aquele tom robótico de quem tenta transformar autoritarismo em progresso. Não há crítica contundente à omissão de Hugo Motta, nem ao projeto autoritário do Ministério da Justiça. O que vemos é apenas a descrição dos movimentos como se tudo fizesse parte de uma engrenagem neutra e tecnocrática, quando na verdade estamos diante da maior crise moral e institucional do país desde a redemocratização.

O Brasil está dividido, sim. Mas não como a esquerda adora repetir — entre democratas e golpistas —, e sim entre cidadãos livres e servos de um sistema aparelhado. Os primeiros se mobilizam, protestam, exigem anistia, defendem a Constituição. Os segundos se escondem atrás de interpretações jurídicas flexíveis, de plenários paralisados por conveniência e de redações jornalísticas assépticas que evitam qualquer adjetivo mais contundente, para não serem chamados de “bolsonaristas”.

A grande questão que paira sobre Brasília nesta semana não é se Lewandowski conseguirá entregar a PEC sem ruído, ou se Hugo Motta cederá à pressão de Bolsonaro e da oposição. A grande questão é: até quando o povo brasileiro aceitará ser ignorado? Até quando a pauta conservadora será engavetada em nome da governabilidade e da “estabilidade institucional”?

O Brasil assistiu à soltura de bandidos confessos, à absolvição de ex-presidentes condenados, ao arquivamento de escândalos bilionários envolvendo nomes como Lula, Dirceu, Palocci e companhia. E agora se quer negar anistia a pessoas que foram condenadas por “tentativa de golpe” — um conceito jurídico inventado pela retórica do medo — por estarem próximas da Praça dos Três Poderes com bandeiras nas mãos e orações nos lábios.

É disso que se trata o embate desta semana. Não é sobre urgência regimental, tramitações técnicas ou comissões irritadas com obstruções. É sobre coragem. É sobre verdade. É sobre justiça. O resto é retórica. A história mostrará quem esteve ao lado do povo — e quem preferiu o conforto dos bastidores.

A matéria do Poder360, ainda que informativa, escancara o abismo entre Brasília e o Brasil real. E cabe a nós, conservadores, continuar empunhando a bandeira da liberdade e exigindo o que é justo. Porque enquanto a anistia não for pauta, a democracia continuará sendo só um slogan bonito nas mãos de quem tem medo do povo.

Com informações Poder 360

Leandro Veras

Fundador e Editor do Conservadores Online

Leandro Veras acompanha de perto a política e os bastidores do poder no Brasil, com um olhar atento para os impactos sociais, econômicos e morais das decisões tomadas em Brasília. Atua como uma voz ativa no debate público, abordando temas que vão desde os jogos de influência entre o STF e o Congresso Nacional, passando pelas relações do Brasil com Israel e o Ocidente, até os reflexos das crises globais no cotidiano das famílias brasileiras. Já escreveu sobre tudo: desde a interferência da China no agronegócio brasileiro, passando por imigrantes ilegais nas fronteiras amazônicas, até agricultores brasileiros queimando safra por falta de infraestrutura e apoio governamental. Seu compromisso é com a verdade, a liberdade e os valores cristãos que moldaram nossa civilização.

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