Ah, mas que maravilha! O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, resolveu expor o obvívio como se fosse uma revelação divina. Como se ninguém soubesse que uma economia descontrolada leva ao caos. Mas vamos analisar essa grande “análise” com um pouco mais de profundidade e, claro, com aquela pitada de sarcasmo que a esquerda tanto adora chamar de “desrespeito”.
Aparentemente, a preocupação com a responsabilidade fiscal só surge depois que tudo o que o governo quis foi aprovado no Conselho Fiscal. Ora, vejam só! O governo manda, os deputados batem continência, aprovam sem questionar, e depois vem a reflexão tardia sobre os gastos. É quase como um viciado reclamando da ressaca depois de ter esvaziado um bar. Mas não sejamos tão duros, afinal, eles estão preocupados com o país, não estão?
E, claro, não poderia faltar a tão batida retórica de que “nao dá mais para afastar as decisões do governo da responsabilidade sobre os gastos públicos”. Ah, mas sério? Que descoberta fenomenal! Depois de anos de descontrole, aprovação de pautas populistas e aumento desenfreado da dívida, alguém finalmente resolveu dizer que o governo deve ser responsável. Palmas para eles!
Agora, vejamos a outra joia da declaração: “Não será possível promover uma política de evolução social com inflação descontrolada, taxa de juros subindo, dólar batendo níveis elevados e um cenário internacional desafiador.” Nossa, que belo resumo do desastre econômico que qualquer pessoa com o mínimo de noção econômica já previa desde o início do governo. O mesmo governo que eles ajudaram a sustentar com suas aprovações sem critério agora vem dar lição de moral sobre responsabilidade fiscal? Isso seria hilário, se não fosse trágico.
E como a cereja no bolo, aparece a promessa utópica de que “a máquina pública precisa ser mais eficiente e com um custo menor”. Opa! Isso não é exatamente o oposto do que o governo tem feito desde o primeiro dia? Com mais ministérios do que um feudo medieval e uma inflação galopante causada justamente pelo inchaço estatal?
Hoje pela manhã estive no Brasil Summit Brasília, realizado pelo Lide e o @correio. Reforcei que tudo que o governo mandou, a agenda do Ministro Haddad foi aprovada no CF.
— Hugo Motta (@HugoMottaPB) March 12, 2025
Agora, não dá mais para afastar decisões do governo da responsabilidade em relação aos gastos públicos.…
E a melhor parte, claro, fica para o final: “O poder público deve olhar para frente e olhar o que é essencial para que a iniciativa privada possa explorar todas as potencialidades e gerar riqueza e prosperidade.” Ah, então quer dizer que a solução é deixar o setor privado trabalhar? Querem realmente nos fazer acreditar que um governo que intervé na economia com mão de ferro, que taxa tudo que respira e que impede a livre iniciativa de prosperar agora se preocupa com a “eficiência” da iniciativa privada? Essa é para rir até chorar.
A verdade, caro leitor, é que essa fala de Hugo Motta é apenas um jogo de palavras bonito para tentar distanciar a classe política do desastre que eles mesmos ajudaram a construir. Agora que o barco está afundando, eles correm para os botes salva-vidas da “responsabilidade fiscal”. Mas não se enganem: são os mesmos que estavam remando na direção do iceberg enquanto aplaudiam o capitão.
O problema nunca foi a falta de conhecimento sobre economia. O problema é que o discurso é um e as ações são completamente opostas. Enquanto a narrativa for moldada para tapear o eleitor e manter a classe política no topo, o Brasil continuará afundando na incompetência, no populismo e na hipocrisia.
