Hugo Motta: – “Judiciário está se metendo em tudo, isso não é bom”

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Crítica de Motta ocorre após STF informar que Câmara não pode suspender a íntegra da ação contra Ramagem por suposta tentativa de golpe. (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

Você já percebeu como certas figuras públicas, quando não querem se comprometer de verdade com a defesa da liberdade, apelam para discursos vagos, envernizados por uma falsa indignação? Pois é exatamente isso que você vê na fala de Hugo Motta, aquele que se intitula presidente da Câmara dos Deputados, mas que, no fundo, vem se comportando mais como um síndico omisso de um prédio em chamas. Ele declarou — com a pompa de quem acredita que está dizendo algo inédito — que o Judiciário está se metendo em tudo. Mas a pergunta que não quer calar é: e você, Hugo? Vai fazer o quê com isso? Vai continuar só reclamando, ou vai cumprir o seu papel como chefe de um dos Poderes da República?

A matéria assinada pela jornalista Camila Abrão, no dia 29 de maio de 2025, trouxe essa “bomba”: Hugo Motta disse que o Judiciário está interferindo demais. Ora, Hugo, bem-vindo ao Brasil real! Você chegou agora? Nós, conservadores, estamos cansados de denunciar a invasão judicial há anos — desde quando ministros resolveram legislar, prender, acusar, censurar e até decidir eleições. E você só agora notou que algo está errado?

Enquanto o STF, com Cristiano Zanin à frente, determina o que a Câmara pode ou não fazer em relação a Alexandre Ramagem, você aparece em um evento com empresários e resolve “desabafar”. Que conveniente, não? Quando é para posar de defensor da institucionalidade, você veste o terno e vai ao Esfera Brasil soltar meia dúzia de frases de efeito. Mas quando a pauta exige coragem de verdade — como é o caso da anistia aos presos políticos do 8 de janeiro — você se esconde atrás de “negociações com o Supremo” e engaveta o projeto, agradando à elite do andar de cima.

Vamos ser francos: o Judiciário brasileiro ultrapassou há muito tempo a linha do razoável. O que era para ser o guardião da Constituição se tornou um usurpador da soberania popular. Eles decidem quem pode se candidatar, quem pode falar, quem deve ser preso, quem pode ser solto — tudo com ares de legalidade, claro, porque sabem muito bem como manipular os ritos para parecer que há algum respeito pelas leis. Só que você, caro leitor, não é tolo. Você enxerga o jogo.

E Hugo Motta também enxerga. Só que, ao invés de se colocar como um líder institucional firme, ele opta por se comportar como um comentarista político do horário nobre. Ele diz que “não é bom” o Judiciário se meter em tudo. Sério, deputado? “Não é bom”? Isso é o melhor que você consegue dizer quando o Supremo ignora o artigo 53 da Constituição — aquele que garante a inviolabilidade dos parlamentares por suas opiniões, palavras e votos?

Você sabe tão bem quanto eu que a Câmara tem prerrogativa para sustar processos contra deputados — é o que diz a própria Carta Magna. Mas o Supremo decidiu, por sua própria interpretação criativa, que essa regra só vale parcialmente. E o que faz a Câmara? Nada. Ou melhor: faz Hugo Motta, que finge indignação em público e, nos bastidores, negocia com o mesmo Supremo que acaba de pisotear as prerrogativas da Casa que ele preside.

Não se engane. O que está em jogo aqui não é só a figura do deputado Alexandre Ramagem — que, aliás, é apenas mais um alvo no projeto de destruição da oposição conservadora. O que está em jogo é o próprio equilíbrio entre os Poderes. Quando o STF se permite limitar a atuação da Câmara dos Deputados, ele não está apenas extrapolando funções — ele está substituindo o Legislativo como órgão deliberativo da democracia. E isso, Hugo Motta, não se resolve com frases mansas em eventos empresariais.

O mais revoltante é que o mesmo Motta, que se diz preocupado com segurança jurídica e investimento, é o que está travando a tramitação do PL da Anistia — justamente o projeto que poderia restaurar um pouco de justiça nesse cenário distópico em que vivemos. E faz isso com o apoio dos “líderes partidários”. Que líderes são esses, Hugo? Os mesmos que se calam enquanto milhares de brasileiros permanecem presos preventivamente por atos políticos? Os mesmos que têm medo de desagradar ministros supremos? Os mesmos que fazem reuniões “secretas” para arquitetar um projeto de “anistia light”, costurado com o próprio STF?

Você, leitor, está vendo o que está acontecendo. Eles estão querendo apagar o incêndio com gasolina. O projeto da anistia, ao invés de avançar com força, como deveria, está sendo sabotado por dentro. E, para disfarçar, surgem alternativas covardes, como essa tentativa de “diminuir penas” dos réus do 8 de janeiro — uma ideia que partiu de Davi Alcolumbre e que conta com o aval de quem? Do Supremo, claro. Mais uma vez, o Legislativo se curva diante da toga. E Hugo Motta aplaude nos bastidores.

É preciso ser muito claro: não há mais espaço para meias palavras. Ou você está ao lado da liberdade, da democracia real, da Constituição — ou você está com os usurpadores. Não adianta reclamar da interferência do Judiciário enquanto entrega a chave da Câmara nas mãos dos ministros. Não adianta falar em “segurança jurídica” enquanto mantém engavetado um projeto que poderia restabelecer a confiança do povo brasileiro nas instituições.

E o que dizer da hipocrisia institucional? Motta fala em “enxugar a máquina pública”, como se isso fosse prioridade. Ora, Hugo, o país está sendo dilacerado por uma perseguição política sem precedentes, e você vem falar de redução de gastos? Isso é desvio de foco ou covardia disfarçada de responsabilidade fiscal? A sua função, neste momento, é defender o Estado Democrático de Direito, não fazer cosplay de ministro da Fazenda.

Você que lê este artigo sabe: o povo conservador não suporta mais covardes com mandato. Não estamos pedindo milagres. Não queremos discursos bonitos. Queremos ações concretas. Queremos ver o artigo 53 da Constituição sendo respeitado. Queremos ver deputados se levantando, batendo de frente com o autoritarismo judicial e defendendo aqueles que, no dia 8 de janeiro, foram jogados em celas por exercerem o direito de protestar. Queremos ver uma liderança de verdade, não um porta-voz do conformismo.

A matéria da jornalista Camila Abrão é uma peça curiosa. Ao reportar a fala de Motta, ela joga luz sobre algo que a velha imprensa tenta esconder: o Judiciário brasileiro se tornou um poder hegemônico. E isso só é possível porque figuras como Hugo Motta aceitam caladas as imposições. O mais curioso é que ele parece irritado com a decisão da Corte — mas só parece. Porque, quando chega a hora de agir, de pautar o projeto, de colocar a votação no plenário, ele se esconde.

É nesse ponto que você, cidadão comum, precisa despertar. O Brasil não vai mudar enquanto os conservadores não cobrarem com firmeza de seus representantes. Chega de acenos vazios. Chega de retórica pasteurizada. Hugo Motta teve todas as chances de se colocar como defensor da liberdade — e até agora só entregou discursos reciclados. Está na hora de você exigir mais.

Não se trata de atacar o Judiciário por atacá-lo. Trata-se de exigir que cada Poder respeite seus limites constitucionais. E o STF, infelizmente, há muito deixou de ser árbitro para se tornar jogador, técnico e dono da bola. E enquanto o presidente da Câmara continuar tratando esse problema com palavras mornas, o Brasil seguirá em rota de colisão institucional.

A democracia não sobrevive sem coragem. E se Hugo Motta não tem coragem para defender a Câmara, então talvez devesse deixar o cargo para quem tenha. Porque o povo brasileiro está cansado de falsos defensores da liberdade que, na hora decisiva, se aliam aos censores.

Sim, você está vendo tudo. E não será com panos quentes que esse país vai reencontrar a estabilidade. Será com verdade, com enfrentamento, com respeito à Constituição e com líderes que tenham mais medo da covardia do que das ameaças do Supremo Tribunal Federal.

Com informações Gazeta do Povo

Leandro Veras

Editor do Conservadores Online, é cristão, conservador e analisa os bastidores da política com visão crítica e firmeza.

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