Interpol acata pedido de Moraes e inclui Carla Zambelli na lista vermelha de foragidos

newsletter Conservadores Online

Os bastidores da política e conteúdos exclusivos

Ao clicar em Assinar, concordo com os  e a do Conservadores Online e entendo que posso cancelar as assinaturas do Conservadores Online a qualquer momento.

Deputada Federal, Carla Zambelli (PL-SP) – Divulgação

É claro, a prioridade da Interpol hoje não é mais caçar terroristas internacionais, traficantes de órgãos ou mafiosos que lavam dinheiro em paraísos fiscais. Não. Agora o foco é mesmo uma deputada eleita pelo povo brasileiro, Carla Zambelli, que ousou, vejam só, contrariar o pensamento único do Supremo Tribunal Federal, mais especificamente de Alexandre de Moraes, o justiceiro-mor do Brasil. Como ela ousa questionar os deuses de toga? Pois bem, agora temos um novo espetáculo em cartaz: “Zambelli na lista vermelha da Interpol”. Ingressos à venda em Brasília, censura inclusa.

Sim, Interpol, aquela instituição que por anos rejeitou incluir bolsonaristas em sua famosa “red notice”, finalmente cedeu aos encantos tropicais do autoritarismo jurídico tupiniquim. Mas é claro, desta vez não teve como negar: o ministro Alexandre de Moraes — que já deve ter mais decisões monocráticas do que artigos na Constituição — decidiu que o mundo precisava ser alertado do perigo iminente representado por Zambelli. E quando Moraes quer, até os mecanismos internacionais se dobram. Imaginem só o risco global que é uma deputada armada com opiniões conservadoras!

Segundo o artigo primoroso — e totalmente imparcial, claro — das jornalistas Constança Rezende, da Folha de S.Paulo, e Laila Nery, do UOL, a inclusão de Zambelli foi aceita após anos de negativas para outros “símbolos do bolsonarismo”, como os vilões cinematográficos Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio. Ah, os malvados que ousaram criar conteúdo fora da cartilha progressista! O horror!

Mas não para por aí. O ministro iluminado não apenas solicitou a prisão preventiva da deputada como também bloqueou seus bens, salário, contas bancárias, pix, veículos, imóveis, embarcações, aeronaves e — pasmem — até os perfis nas redes sociais. Tudo, claro, em nome da “devida aplicação da lei penal”. Porque, no Brasil, a lei penal agora é subjetiva: se for conservador, a pena vem antes da sentença. Se for aliado do sistema, bem… aí a impunidade é um detalhe técnico.

A cereja do bolo? Uma multa diária de R$ 50 mil caso Zambelli se atreva a postar algo em seus perfis — ou em perfis de terceiros. A liberdade de expressão está morta e enterrada no pátio do Supremo, com placa de “propriedade privada do Estado Democrático de Exceção”.

Ah, e antes que alguém pense que Zambelli já foi presa, calma: ainda há recursos. Mas, para o STF, recursos são apenas uma formalidade enfadonha. O importante mesmo é fazer o linchamento público antes do trânsito em julgado, porque é disso que o novo autoritarismo se alimenta — da desgraça midiática de seus opositores. E se for mulher, conservadora, armada e inteligente? Melhor ainda. Que se abra o picadeiro.

Sim, a mesma Folha de S.Paulo que publicou esse artigo exclusivo — só acessível para assinantes ou para os poucos que conseguem um dos sete acessos grátis — nos lembra que a deputada foi condenada por tentar emitir alvarás de soltura falsos com a ajuda de um hacker. Claro. Algo digno de roteiro da Netflix, onde sempre o vilão é um conservador com princípios. E, como todo bom roteiro, a realidade pode até ser diferente, mas o que importa é a narrativa.

Já são tantas as condenações que até quem acompanha política de perto se perde: dez anos por suposta invasão ao CNJ, cinco anos em semiaberto por porte ilegal de arma, cassação do mandato por desinformação eleitoral… E, claro, todas essas decisões partem de tribunais que jamais perseguiriam ideologicamente alguém. Imagina se no Brasil houvesse perseguição política? Jamais! Aqui tudo é técnico, jurídico e imparcial — exceto quando não é.

Enquanto isso, o país vive um verdadeiro assalto institucionalizado, com fraudes no INSS somando mais de R$ 6,3 bilhões, “carecas do INSS” enriquecendo às custas dos aposentados, ministros gastando emendas milionárias para comprar votos no Congresso, e juízes legislando, executando e julgando ao mesmo tempo. Mas o problema é mesmo a Zambelli.

Alessandro Antônio Stefanutto, ex-presidente do INSS – Edilson Rodrigues/Agência Senado

A imprensa, claro, segue firme como porta-voz do novo regime togado. A narrativa é sempre a mesma: “extremista de direita”, “aliada de Bolsonaro”, “ameaça à democracia”. Não importa o conteúdo da acusação, o importante é o rótulo. Porque se Lula pode roubar, voltar e ainda ser tratado como “estadista”, a Zambelli não pode sequer tossir sem ser chamada de terrorista digital. O Brasil não é para amadores.

Aliás, essa mesma imprensa que passa pano para ditaduras reais — como Venezuela e Cuba — agora vem nos explicar didaticamente por que uma deputada brasileira precisa ser caçada internacionalmente. E o povo? Bem, o povo assiste de camarote, enquanto vê seus representantes eleitos serem derrubados por decisões de homens que nunca receberam um único voto. Democracia representativa? Só se for a deles, é claro.

E não pense que acabou. Essa história ainda vai render capítulos dignos de um seriado autoritário: “A Deputada que Ousou Falar”. Em breve, nos tribunais do mundo, veremos se a Interpol continuará disposta a servir como extensão do ativismo judicial brasileiro. Afinal, há um limite para o ridículo — embora o Brasil, liderado por Moraes e sua trupe togada, pareça determinado a superá-lo todos os dias.

Enquanto isso, seguimos aqui, conservadores, cristãos, trabalhadores, assistindo ao desmonte da nossa liberdade. Mas não se preocupe: se você se mantiver em silêncio, talvez o STF te permita respirar sem autorização judicial.

E por falar em silêncio, se você ainda não é assinante da Folha, essa é sua chance de ajudar a financiar o jornalismo que transforma conservadores em fugitivos internacionais. Eles te dão sete acessos por dia para compartilhar esse conteúdo com quem você quiser — desde que não pense diferente demais, claro. Afinal, democracia agora é questão de QR Code: escaneie, leia e aceite calado.

No fim das contas, Zambelli pode até estar fora do país, mas o exílio verdadeiro é o nosso: cidadãos reféns de um sistema que não admite oposição, não tolera crítica e não respeita os limites constitucionais. Bem-vindo à nova ordem democrática: um teatro onde a liberdade é apenas o nome da peça.

Com informações Folha de S.Paulo/UOL

Leandro Veras

Editor do Conservadores Online, é cristão, conservador e analisa os bastidores da política com visão crítica e firmeza.

Você vai gostar em ficar sabendo

⚠️ Comentários que violarem as regras da Política e Privacidade, poderão ser moderados ou removidos sem aviso prévio. Este é um espaço para quem valoriza a verdade, o conservadorismo e a ordem. Se concorda com isso, seja bem-vindo ao debate! 🚀

Destaques

plugins premium WordPress