
Ah, o Brasil. Terra onde a hipocrisia ganha crachá, gabinete com ar-condicionado e até perfil verificado no X (aquele antigo Twitter que agora virou palco de vaidade para gente que deveria estar explicando coisa séria na Justiça, mas prefere dar lição de moral). Sim, estamos falando dele, do inigualável, do impagável, do eterno ex-Leninista de grêmio estudantil: Lindbergh Farias — também conhecido nas planilhas da ex-Odebrecht como o carinhoso “Lindinho”. Porque até a corrupção nesse país tem apelido fofo.
Eis que o glorioso deputado federal — sim, aquele que não deveria nem estar ali por ser “Ficha Suja”, mas, como a Justiça no Brasil é uma comédia pastelão, continua desfilando pelos corredores do poder — resolveu subir no caixote virtual e bradar ao povo palavras fortes contra os “golpistas”. Você não entendeu errado, leitor: o sujeito que figurava nos escândalos mais vexatórios da era petista, que mamou nos esquemas da ex-Odebrecht e que foi condenado por improbidade administrativa, agora finge ser o novo arauto da moralidade institucional.
Com a empáfia que só um petista com telhado de vidro polido consegue exibir sem um pingo de vergonha, Lindbergh digitou o seguinte no X:
“Começam nesta segunda-feira, 9 de junho, os interrogatórios das lideranças acusadas de compor o ‘núcleo 1’ da trama golpista. […] Trata-se de uma etapa central no processo penal que apura a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito […] SEM ANISTIA. BOLSONARO PRESO JÁ.”
Sim, meu caro leitor. O “Lindinho da Odebrecht” quer prender Bolsonaro em nome da “democracia”. É como se o Maníaco do Parque resolvesse virar consultor do Disque Denúncia em horário nobre. A piada se escreve sozinha.
Não que seja novidade. O PT — esse partido de alma soviética com discurso de oprimido e patrimônio de burguês suíço — é mestre em virar a lógica do avesso. Eles roubam, saqueiam os cofres, enchem a cueca de propina, destroem estatais, se lambuzam em esquemas, e depois aparecem como se fossem vítimas da elite branca opressora e do agro que “não respeita a natureza”. Claro, tudo isso com cachê pago por emendas bilionárias e publicidade estatal.
Mas voltemos ao nosso herói do dia.
Lindbergh Farias, para quem já se esqueceu (e é bom refrescar a memória), foi condenado em 2017 por improbidade administrativa, por causar prejuízos ao erário quando era prefeito de Nova Iguaçu. Foi também alvo de delações da ex-Odebrecht, onde ganhou o apelido de “Lindinho”, numa lista de agraciados com doações suspeitas, caixa dois e todos os mimos que a elite da corrupção brasileira sabe oferecer.
E mesmo assim, a Justiça brasileira — esse ente etéreo que parece viver de olhos vendados com superbonder — deixou o sujeito disputar e se eleger, mesmo tendo a ficha mais suja que o jaleco de um açougueiro em dia de abate.
Começam nesta segunda-feira, 9 de junho, os interrogatórios das lideranças acusadas de compor o “núcleo 1” da trama golpista. Entre os réus estão Jair Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Ramagem, Paulo Sérgio Nogueira, Almir Garnier e Mauro Cid, que serão…
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) June 9, 2025
É essa a figura que agora nos fala de “golpe”. Ele, que jamais aceitou o impeachment de Dilma Rousseff, que até hoje chama de “golpe” o processo constitucional de 2016, usado corretamente para tirar uma presidente incompetente, agora vocifera contra “ruptura institucional”. A coerência passou longe. E se passou, foi escoltada pela Polícia Federal com mandado de busca e apreensão.
A fala de Lindbergh parece tirada de um roteiro de teatro escolar escrito por um militante de DCE com overdose de Marx. Ele fala em “organização criminosa armada”, como se estivesse descrevendo o PCC, mas está se referindo a generais das Forças Armadas, ex-ministros da Defesa, assessores da Presidência, todos agora tratados como terroristas por ousarem pensar diferente. Porque no Brasil de hoje, ser conservador virou crime — desde que você não esteja com a estrela vermelha no peito.
E claro, não podia faltar o slogan de sempre: “Sem anistia. Bolsonaro preso já.” Porque o julgamento já está pronto, a sentença já foi escrita no Twitter, e a prisão já está decretada no palanque do PSOL. Para quê processo, para quê contraditório, para quê lei?
A hipocrisia disso tudo só não espanta mais porque já virou rotina. A esquerda brasileira é um caso de estudo: passa a vida lambendo ditadores (de Maduro a Kim Jong-un), bajulando genocidas históricos (Stalin, Che Guevara, Mao Tsé-Tung) e agora se diz guardiã da “democracia” e do “Estado de Direito”. Tudo isso liderado por um governo que compra votos com emendas, sufoca CPIs com cargos, aparece em lista da Abin paralela, e usa a máquina do Estado para perseguir adversários.
Mas calma, se você protestar contra tudo isso, você é “golpista”.
Se você usar verde e amarelo, você é extremista.
Se você defende liberdade de expressão, você é fascista.
Se você acha que ministro do STF não deveria dar entrevista no Jornal Nacional se comportando como líder de partido, você está “atacando a democracia”.
Enquanto isso, Lindbergh Farias posa de justiceiro na internet. Uma espécie de Robin Hood ao contrário: rouba dos cofres públicos e entrega para os amiguinhos da ideologia.
Ah, Brasil. Aqui o poste não só mija no cachorro, como ainda processa o cachorro por “crime ambiental”.
E os jornalistas? Ah, os jornalistas…
A velha mídia, essa sim faz sua parte com maestria. Basta alguém da direita espirrar que lá vem a manchete: “Bolsonarista ameaça a estabilidade democrática com secreção nasal.” Mas quando Lindbergh, com seu passado mais sujo que verba de ONG amiga do MST, sai gritando “prende o Bolsonaro”, a imprensa sorri, publica, endossa, aplaude. É a nova liturgia da obediência ideológica. Quem não ajoelha, é cancelado.
Aos que ainda têm memória, consciência e um pingo de vergonha alheia, resta resistir. Sim, resistir. Porque resistir hoje é ter coragem de rir dessa tragédia burlesca em que transformaram o Brasil. É ter força para chamar “Lindinho” de ficha suja, mesmo que os algoritmos do X tentem esconder sua podridão. É ter voz para dizer que a “democracia” que eles defendem é seletiva, autoritária e cheira a mofo soviético.
Então, sim, Lindbergh. Continue postando suas bravatas no X, continue fingindo que você é o fiscal da República. Mas saiba: o povo não esquece. A história cobra. E nós, conservadores, estamos aqui para lembrar — com sarcasmo, com ironia e, acima de tudo, com a verdade.
Porque se o Brasil tiver que escolher entre os generais da liberdade e os “lindinhos” da corrupção, pode ter certeza: não será o “Lindinho” da Odebrecht que vai nos salvar.