
É impressionante, mas ao mesmo tempo nada surpreendente. O governo Lula, sempre ávido por repetir os maiores vexames diplomáticos da história recente, resolveu abrir mais um capítulo do seu manual de submissão ideológica. Desta vez, a bola da vez foi a crise entre Israel e Irã, um conflito sério, com implicações globais, mas que para o petismo virou apenas mais uma oportunidade de posar de “campeão dos oprimidos” – claro, desde que os oprimidos sejam aliados de ditaduras teocráticas e regimes que financiam o terrorismo.
O “Estadão”, aquele jornal que ainda finge alguma sobriedade editorial mas que, no fundo, vive anestesiado entre os delírios progressistas e o medo de perder o último assinante remanescente, publicou mais um daqueles artigos protocolados, tentando disfarçar o óbvio: o Itamaraty, sob a batuta de Lula, está cada vez mais alinhado com o que há de mais retrógrado, perigoso e antidemocrático no cenário internacional.
Vamos aos fatos: após Israel realizar uma ofensiva cirúrgica contra alvos militares estratégicos no Irã – alvos esses relacionados ao seu programa nuclear, diga-se de passagem –, o governo brasileiro soltou uma nota oficial que parece ter saído direto da assessoria de imprensa dos Aiatolás. Segundo o Itamaraty, o ataque israelense foi uma “clara violação à soberania iraniana” e uma “ameaça à paz mundial”. Ora, vamos combinar… até a torcida do Corinthians sabe que o Irã, há décadas, financia grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah, além de manter em sigilo projetos nucleares nada pacíficos.
E o que fez a oposição brasileira? Felizmente, reagiu. E com razão. O deputado Eduardo Bolsonaro, sempre com a clareza que falta ao Itamaraty, lembrou que Israel atinge apenas alvos militares, enquanto o Irã tem como prática histórica o ataque a civis. Mas, claro, o governo Lula prefere olhar para o outro lado, afinal, “companheiros” não se criticam, né?
Carlos Viana, senador de Minas Gerais e presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, foi cirúrgico ao afirmar que o Palácio do Planalto escolheu “se alinhar aos que disseminam o terror”. E é justamente isso que mais assusta: o Brasil está virando uma republiqueta que bate palmas para quem ameaça a paz mundial enquanto isola as democracias ocidentais.
E por falar em isolamento… a Embaixada de Israel em Brasília, assim como o Consulado-Geral em São Paulo, foram fechados. Motivo? Medidas de segurança após o próprio Itamaraty inflamar o ambiente com uma nota vergonhosa. E não adianta a imprensa militante tentar colocar panos quentes: quem provocou essa crise diplomática foi o governo Lula com sua língua solta e sua diplomacia de boteco.
A deputada Bia Kicis resumiu o sentimento de muitos brasileiros ao afirmar que o Brasil de Lula virou um “amigo de ditadores e terroristas”. Um tapa na cara da memória de Oswaldo Aranha, aquele brasileiro que teve papel fundamental na criação do Estado de Israel na ONU. Imaginem o vexame que seria explicar para Aranha que, hoje, o Itamaraty prefere defender o Irã…
Coronel Ulysses, outro parlamentar que não teve medo de falar a verdade, ironizou ao dizer que “até a Colômbia é mais neutra que o Brasil”. E ele está certo. Porque o que o governo Lula fez não foi um posicionamento neutro ou diplomático: foi um ataque claro a Israel e um afago político ao regime iraniano.
Já o deputado Messias Donato formalizou uma moção de repúdio. Um gesto necessário, mas que, cá entre nós, deveria ser apenas o começo de uma reação mais ampla no Congresso. Até quando o Brasil vai ser refém de uma política externa que mais parece um manifesto do Foro de São Paulo?
Sérgio Moro, que tem sido uma voz dissonante dentro da política nacional, também não deixou passar. Em tom indignado, ele lembrou que o Brasil está cada vez mais distante das democracias ocidentais. E o diagnóstico é perfeito. O Itamaraty virou uma sucursal da velha diplomacia ideológica que só enxerga “imperialistas” quando o assunto é Estados Unidos ou Israel, mas se cala (ou pior, aplaude) quando os autores das barbaridades são Rússia, China, Irã ou Venezuela.
E, claro, como não poderia faltar, Jair Bolsonaro apareceu na discussão, trazendo à memória o que foi, de fato, uma política externa de respeito e proximidade com Israel durante seu governo. Quem não lembra da recepção de Netanyahu ao então presidente brasileiro em 2019? Só líderes de peso como Trump, Obama, Narendra Modi e, claro, Bolsonaro, receberam tamanha deferência em solo israelense.
Enquanto Bolsonaro mandava uma mensagem clara ao mundo de que o Brasil caminhava ao lado das democracias, Lula prefere posar ao lado dos amigos da Teocracia Iraniana, daqueles que prendem mulheres por não usarem véu e que ameaçam apagar Israel do mapa.
A cereja do bolo? A tal nota oficial do Itamaraty, recheada de expressões típicas de um dicionário da diplomacia esquerdista, pedindo “contenção” e falando em “risco à paz mundial” como se o problema fosse o Israel se defender, e não o Irã continuar suas provocações nucleares e terroristas.
É o velho jogo do relativismo moral, típico do petismo: quando se trata de ditaduras amigas, passa pano. Quando se trata de uma democracia que se defende, condena com pompa e circunstância.
Para o leitor do Conservadores Online, fica o alerta: o Brasil de hoje é um país que escolheu estar ao lado dos inimigos da liberdade. É um país que, em vez de condenar quem ameaça a paz mundial, prefere posar de defensor dos direitos humanos… desde que esses “direitos humanos” sejam defendidos em Teerã, Caracas, Havana ou Gaza.
Enquanto isso, a imagem internacional do Brasil vai para o ralo. Diplomatas sérios assistem envergonhados ao espetáculo de amadorismo ideológico que tomou conta do Itamaraty. Nossos aliados históricos, como os Estados Unidos, Israel e Europa Ocidental, olham perplexos. E os verdadeiros brasileiros, aqueles que respeitam a democracia, a liberdade religiosa e o direito de autodefesa de uma nação soberana como Israel, só conseguem fazer uma coisa: se envergonhar.
Deus abençoe Israel. Deus salve o Brasil.
Com informações Estadão