Lula penaliza o agro e a produção de alimentos com juros nas alturas e rombo fiscal

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Ricardo Stuckert/PR/16.10.2024

​A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 14,25% ao ano, sob a gestão de Gabriel Galípolo, reacende preocupações profundas sobre os rumos da economia brasileira. Essa medida, embora justificada pelo governo como necessária para conter a inflação impulsionada pelos preços dos alimentos e da energia, parece desconsiderar os impactos devastadores que juros tão elevados têm sobre os setores produtivos, especialmente o agronegócio.​

Historicamente, o Brasil já enfrentou cenários semelhantes. Entre julho de 2015 e outubro de 2016, durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, a Selic também alcançou 14,25% ao ano. Naquela época, a economia brasileira mergulhou em uma recessão profunda, com o setor produtivo sendo asfixiado por custos de financiamento proibitivos. Agora, sob a liderança de Galípolo, parece que estamos revivendo esse passado sombrio.​

O agronegócio, pilar da economia nacional e responsável por manter a balança comercial positiva, é um dos mais afetados por essa política monetária restritiva. Pequenos e médios produtores, que já lidam com custos elevados e um câmbio volátil, veem o crédito se tornar inacessível. Financiar uma safra, que deveria ser uma estratégia de crescimento, transforma-se em um desafio quase intransponível. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma safra recorde de 328,3 milhões de toneladas de grãos, mas de que adianta tal produção se os custos para plantar e colher tornam-se inviáveis?​

Além disso, o dólar, que recentemente ultrapassou os R$6, agora está em R$5,64, registrando sua sétima queda consecutiva e atingindo o menor valor desde outubro. Embora isso alivie ligeiramente os custos dos insumos importados, como fertilizantes e defensivos agrícolas, também reduz a competitividade das exportações, pressionando ainda mais a margem de lucro do produtor.​

O cenário fiscal também é desanimador. Projeções da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados indicam que o Brasil pode fechar 2025 com um déficit primário de R$63 bilhões, equivalente a 0,5% do PIB. O governo, ao gastar mais do que arrecada, transfere a conta para o mercado pagar e tenta tapar o buraco aumentando juros, dificultando ainda mais o investimento produtivo.​

A falta de disciplina fiscal assusta investidores, gera desconfiança e leva à velha receita de sempre: juros altos para tentar conter uma inflação que não é causada pelo setor produtivo, mas sim pelo descontrole das contas públicas. O agronegócio, mais uma vez, paga a conta de uma política econômica míope e de curto prazo.​

Se o governo realmente quiser conter a inflação sem destruir a capacidade produtiva do país, precisa urgentemente rever suas estratégias. O setor agropecuário não pode ser refém de um sistema financeiro que encarece o crédito e penaliza a produção. O Brasil necessita de medidas concretas, como linhas de financiamento com juros acessíveis, incentivos para modernização do setor e, principalmente, disciplina fiscal, para evitar que a incompetência administrativa continue sufocando quem produz e mantém o país de pé.​

Em suma, a elevação da Selic para 14,25% ao ano é um retrocesso que coloca em risco a sustentabilidade econômica do Brasil. É imperativo que o governo adote políticas que promovam o crescimento e fortaleçam os setores produtivos, em vez de medidas que apenas agravam os problemas existentes.

Com informações Revista Oeste

Leandro Veras

Fundador e Editor do Conservadores Online

Leandro Veras acompanha de perto a política e os bastidores do poder no Brasil, com um olhar atento para os impactos sociais, econômicos e morais das decisões tomadas em Brasília. Atua como uma voz ativa no debate público, abordando temas que vão desde os jogos de influência entre o STF e o Congresso Nacional, passando pelas relações do Brasil com Israel e o Ocidente, até os reflexos das crises globais no cotidiano das famílias brasileiras. Já escreveu sobre tudo: desde a interferência da China no agronegócio brasileiro, passando por imigrantes ilegais nas fronteiras amazônicas, até agricultores brasileiros queimando safra por falta de infraestrutura e apoio governamental. Seu compromisso é com a verdade, a liberdade e os valores cristãos que moldaram nossa civilização.

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