
Ah, meu caro amigo conservador, mais uma vez estamos diante daquelas manobras retóricas típicas da turma do governo, que insiste em fingir que tudo está sob controle quando, na realidade, o barco está entrando água por todos os lados. Tanto que o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, veio a público dizer que não existe uma “nova crise” em relação à suspensão das linhas subsidiadas do Plano Safra 2024/2025. Ora, como assim? Não há crise? E a indignação do agronegócio? E o caos financeiro gerado pela irresponsabilidade governamental? Tudo isso é fruto da nossa imaginação?
O ministro até admitiu que há “dificuldades”, mas que uma solução será encontrada. Sempre essa mesma conversa fiada: não há crise, há “desafios”, há “ajustes”, há “momentos de transição”. Mas o resultado prático é sempre o mesmo: setores produtivos pagando o pato pela incompetência estatal.
Agora, me diga: desde quando um governo que interrompe repentinamente o financiamento do setor que mais sustenta a economia brasileira não está em crise? O agronegócio é o motor do Brasil, responsável por segurar a balança comercial, gerar empregos e garantir a segurança alimentar do país e do mundo. Mas, na mentalidade estatista e ideológica dessa turma que ocupa Brasília, o agro é visto como inimigo, como vilão, como um setor que precisa ser controlado, taxado e punido.
Eis a realidade, meu amigo: o governo que se diz “popular” está estrangulando justamente quem produz. A narrativa de que tudo está sob controle cai por terra quando vemos que Lula precisou intervir pessoalmente para tentar remendar o estrago. Ora, se não há crise, por que então essa corrida desesperada para anunciar uma medida provisória e liberar R$ 4 bilhões em crédito extraordinário? É a velha estratégia petista: criam o problema e depois se vendem como os salvadores da pátria.
O que acontece é o seguinte: não havia orçamento aprovado para continuar garantindo o financiamento das linhas subsidiadas do Plano Safra 2024/2025. E isso, meu caro, é pura incompetência. Quem governa o país tem a obrigação de prever essas situações e tomar providências antes que os produtores fiquem de mãos atadas. Mas não. Como de costume, esperaram o problema explodir para depois correr atrás de um “remendo”.
Agora, veja bem: enquanto o governo segura o dinheiro do agro, bilhões continuam fluindo para projetos ideológicos, para emendas parlamentares que garantem apoio político, para perdão de dívidas de ditaduras amigas e para ampliação do Estado inchado e ineficiente. Mas para o setor que realmente sustenta a economia? Aí é um sufoco, um drama, uma “dificuldade formal” a ser resolvida.
E o que é mais revoltante nessa história toda? O cinismo. O deboche com que tratam o setor produtivo. Rui Costa teve a audácia de dizer que “não acha que há crise”. Ele realmente acredita que pode enganar quem está no campo, quem sente na pele as consequências de um governo atrapalhado, ideológico e cada vez mais hostil ao agronegócio. Esse pessoal vive em uma bolha política, cercado de bajuladores e militantes, e acha que pode ditar narrativas à vontade sem que a realidade os desminta.
Mas a realidade está aí, escancarada. Basta ver o que aconteceu na sexta-feira (21): depois da chiadeira vinda do agro, Lula precisou correr para pedir uma solução imediata. Isso significa o quê? Que só o barulho do setor produtivo foi capaz de arrancar uma resposta desse governo, que até então estava simplesmente ignorando o problema.
E mesmo assim, o que oferecem? Uma solução provisória, um “paliativo” de R$ 4 bilhões em crédito extraordinário. Mas e depois? Como fica a segurança dos produtores? Como fica o planejamento do setor agropecuário, que precisa de previsibilidade para funcionar? O ministro Fernando Haddad disse que a solução definitiva depende do orçamento. E aí está a questão: com um governo que não sabe nem organizar suas próprias contas, quem garante que esse dinheiro vai aparecer de verdade?
Se existe um setor que merece respeito e prioridade, é o agro. Mas o que vemos é um governo que desdenha da força produtiva do Brasil, trata os produtores como inimigos e ainda quer que acreditemos em suas narrativas esfarrapadas. Meu amigo, se não há crise, então como explicar o pânico gerado entre os produtores? Como explicar a necessidade de um decreto de emergência financeira? Como explicar a revolta do setor, que já está cansado de ser tratado como moeda de troca em jogos políticos?
E não se engane: essa situação não é um acaso, não é um erro isolado. Isso faz parte de um projeto maior, de uma visão política que enxerga o agro como um adversário a ser domado. O Brasil está diante de um governo que prioriza pautas ideológicas, que tem alergia ao livre mercado e que está mais preocupado em manter seu projeto de poder do que em garantir que o país continue avançando.
Portanto, meu amigo conservador, não se deixe enganar. A crise é real, o descaso é evidente e a retórica do governo é puro teatro para acalmar a opinião pública. O setor produtivo precisa se manter vigilante, cobrar respostas concretas e não aceitar ser tratado como massa de manobra. Se depender dessa turma que está no poder, o agro só vai receber migalhas, enquanto o dinheiro grosso continua indo para os interesses políticos e ideológicos da velha esquerda.
Mas, felizmente, o Brasil não é refém de governos incompetentes. O agro é forte, é resiliente e tem um peso que essa turma não pode ignorar. É hora de continuar pressionando, de deixar claro que sem o agro, não há país, não há desenvolvimento, não há futuro. Que o governo aprenda de uma vez por todas: o Brasil é do agro, e não de burocratas que brincam de governar com o dinheiro dos outros.
Com informações CNN Brasil