Na França, Lula diz que “está tudo acertado” sobre alta do IOF, mas não dá detalhes

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É impressionante. Toda vez que Luiz Inácio Lula da Silva abre a boca fora do país, os brasileiros aqui dentro tremem. Não por saudade, claro, mas por medo mesmo. Medo de que, entre um croissant e outro, ele decida resolver o Brasil com frases tão profundas quanto poéticas, do tipo “está tudo acertado”. Isso mesmo, segundo matéria de Isadora Duarte e Altamiro Silva Junior (Broadcast/Estadão), publicada em 07 de junho de 2025, direto da romântica Paris — porque decidir o destino do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) precisa mesmo de uma moldura internacional.

Disse o presidente, com aquele ar de pai do povo e padrasto do bom senso:

“Você pode estar certo de que vai acontecer exatamente o que nós acertamos, sem brigas, sem conflito, apenas fazendo aquilo o que tem que ser feito, conversar, encontrar uma solução e resolver.”

Ah, a simplicidade dos sábios! Resolver o aumento de imposto com uma conversa em Paris e um cafezinho na mão. Sem conflito, sem briga, sem transparência também — porque, sejamos francos, quem precisa de detalhes quando se tem fé cega, não é mesmo?

— Detalhes? Isso é para administradores. Lula governa com “sensações”.

Tudo acertado, mas ninguém sabe exatamente o quê. Um arranjo perfeito no teatro da política nacional, onde a plateia paga (com IOF) e os atores riem (com cargo comissionado). Afinal, estamos falando do mesmo Lula que prometeu “voltar melhor” e conseguiu cumprir: está melhor… para ele, para o Estado e para o bolso da máquina pública.

Durante a tal reunião em sua casa — sim, a residência presidencial virou sala de guerra tributária — Lula juntou o time do abraço coletivo ao contribuinte: Fernando Haddad (o gênio da matemática criativa), Hugo Motta, Davi Alcolumbre, Gabriel Galípolo e Rui Costa. Uma confraria de iluminados que, claro, chegaram à conclusão mais brasileira de todas: aumentar impostos.

— A alternativa seria cortar gastos, mas isso seria neoliberal demais. E neoliberalismo, na atual conjuntura petista, é palavrão de cinco letras.

Na prática, o que temos é um presidente que fala como se estivesse distribuindo boas notícias, quando na verdade está parafusando mais uma torneira no bolso do cidadão comum. O IOF, que já é um dos mais irritantes impostos brasileiros — cobrando por absolutamente qualquer coisa que envolva movimentação financeira — agora será ainda mais generoso com o Leviatã estatal.

E se você, pobre mortal conservador, acreditava que esse aumento sofreria resistência no Congresso, parabéns pela ingenuidade. Lula já deixou claro:

“Foi uma belíssima reunião. Está tudo acertado.”

E quem somos nós para questionar o homem que transforma cada aumento tributário em uma epifania fiscal?

— A beleza está nos olhos de quem arrecada, não de quem paga.

O tom da matéria do Estadão, aliás, é de quem narra o retorno de um messias econômico. Não há questionamento profundo, nem cobrança de explicações detalhadas. Apenas o eco respeitoso de mais uma daquelas frases vagas e perigosas, típicas da retórica populista: tudo será resolvido, tudo está no caminho certo, confiem no pai. Em outras palavras, o Estado sabe o que faz — e você, contribuinte, cale-se e pague.

E para fechar com chave de ouro, o Broadcast/Estadão informa que haverá uma nova reunião no domingo, como se já não bastasse a de Paris. Ou seja, nem bem secou a tinta da ata informal na capital francesa, e o alto escalão do “projeto de nação” já está voltando ao batente — para discutir alternativas ao aumento que, segundo Lula, já está acertado. Entendeu? Nem eles.

— No Brasil de 2025, tudo está acertado. Só não se sabe com quem, para quem e a que custo.

Agora, vamos combinar uma coisa: quando o chefe do Executivo diz que está tudo resolvido sem dizer o que foi resolvido, isso se chama, tecnicamente, de cortina de fumaça. Mas no mundo mágico do petismo, isso é apenas “governabilidade”. Um palavrão sofisticado que significa “aceitem sem entender”.

E onde fica a imprensa? Bem… acompanhando, registrando, cumprindo a pauta, como no caso dessa matéria do Estadão, que nos traz mais um episódio de Lula no mundo encantado do IOF. Uma cobertura “neutra”, como sempre, isenta de perguntas incômodas. Afinal, não se deve perturbar o presidente enquanto ele aumenta impostos em nome da estabilidade social, certo?

Afinal, já vimos esse filme antes: começa com um “ajuste técnico”, depois vira “necessidade fiscal”, logo se transforma em “justiça social”, e termina com o brasileiro pagando 18% de juros no cartão de crédito e agradecendo. Isso sim é engenharia tributária de esquerda: fazer o povo pagar sorrindo.

— Um brinde ao IOF, o imposto que não sabe o que é, mas sabe onde está: no seu extrato bancário, todo mês, sem faltar um centavo.

Enquanto isso, o cidadão conservador-liberal, defensor da liberdade econômica, do estado mínimo, da responsabilidade fiscal e do direito de saber para onde vai seu dinheiro, observa tudo isso com uma única certeza: ninguém aperta mais o bolso do povo do que um socialista quando descobre o botão da arrecadação.

E que fique registrado: tudo isso acontece enquanto a inflação segue firme, os juros altos se eternizam e o desemprego resiste. Mas o que importa é a foto em Paris, o sorriso para as câmeras e a frase emblemática que ecoará pelos séculos nos compêndios da administração tributária moderna:

“Está tudo acertado.”

— E você achando que o problema do Brasil era o Pix no domingo…

Portanto, caro leitor do Conservadores Online, não se iluda com a pompa dos palácios e as viagens internacionais. O Brasil continua sendo governado da forma mais rudimentar possível: com discursos vazios, impostos cada vez mais cheios, e cidadãos obrigados a fingir que acreditam em soluções mágicas.

Alta do IOF? Vai acontecer. Protestos? Nenhum. Transparência? Zero.
Mas Lula garantiu, lá de Paris, olhando nos olhos dos jornalistas:

“Está tudo acertado.”

É. O problema é com quem.

Com informações Estadão

Leandro Veras

Editor do Conservadores Online, é cristão, conservador e analisa os bastidores da política com visão crítica e firmeza.

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