Você já percebeu como é fácil identificar um verdadeiro patriota quando a coisa aperta? É só observar quem está ao seu lado quando tudo está em jogo — e quem simplesmente vira as costas. E não, não estou falando de militantes de esquerda, de ministros togados ou de jornalistas progressistas. Estou falando de quem se elegeu surfando na onda conservadora, prometendo defender seus valores, sua fé, sua liberdade… e agora se esconde quando mais precisa ser firme. É disso que se trata o escândalo das “traíras” denunciadas por Silas Malafaia.
Na boa? Você já deve ter visto o vídeo. Foi postado no Instagram do pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Nada de meias palavras, nada de panos quentes. Malafaia escancarou a lista de deputados que não assinaram o pedido de urgência para votar o PL da Anistia, aquele que poderia dar um mínimo de dignidade a brasileiros perseguidos, humilhados e presos após os episódios de 8 de janeiro.
Agora, veja bem. Não se trata de passar pano para excessos. Se alguém cometeu crime de verdade, que responda. Mas o que está acontecendo é outra coisa. É perseguição seletiva. É Estado policialesco. É um STF que virou parte ativa do jogo político, com decisões que mais parecem vingança do que justiça. E você, como bom conservador, sabe que isso não é democracia. Isso é autoritarismo togado — travestido de legalidade.
Pois então: o PL da Anistia seria uma resposta política legítima para conter esse abuso. E o que fazem alguns deputados do próprio Partido Liberal, o partido do Bolsonaro? Negam apoio. Ficam em cima do muro. Se escondem atrás de conveniências e, pior, de alianças com quem ataca a direita todos os dias. Aí você entende por que Malafaia chamou dois deles de “traíras” — e com razão.
Vamos falar de nomes, porque nomes importam. Antonio Carlos Rodrigues, de São Paulo. Sim, esse mesmo. Deputado do PL, mas — como bem denunciado pelo pastor — “amissíssimo” de Alexandre de Moraes, o mesmo ministro do STF que tem sido protagonista da repressão contra manifestantes, políticos conservadores, jornalistas independentes, empresários e até padres. Você acha que é exagero? Pergunte a qualquer um que teve celular confiscado por fazer um post crítico. Pergunte a quem está com os bens bloqueados por ter ido a Brasília de verde e amarelo.
E o outro nome? Robinson Faria, do Rio Grande do Norte. Ex-PL, hoje no Republicanos. Mas a ficha ainda estava lá. E, pelo visto, a omissão também. Só correu pra assinar o requerimento depois que a bomba estourou. Só apareceu quando viu que a base conservadora estava de olho. Típico comportamento de quem quer surfar no conservadorismo, mas sem o custo da coragem. Como bem sabemos, coragem tem preço. E muitos não querem pagar.
O mais interessante — e, ao mesmo tempo, revoltante — é que esses deputados foram eleitos com o seu voto, com o meu, com o de milhões que confiaram em um projeto político com valores sólidos: família, liberdade, pátria, fé. E agora, num momento decisivo, escolhem agradar ao sistema. Sim, aquele mesmo sistema que juraram enfrentar.
Você lembra da Lava Jato? Daquela sensação de que o Brasil finalmente iria virar a página da impunidade? Pois é. Hoje, os que perseguiram corruptos estão sendo perseguidos. E os que foram desmascarados estão dando palestras, voltando ao poder, opinando como se nada tivesse acontecido. E você, mais uma vez, assiste tudo calado, como se sua indignação fosse “antidemocrática”.
Agora pare e pense: se nem mesmo dentro do partido de Jair Bolsonaro — aquele que representa a esperança de milhões de brasileiros por uma política diferente — você pode confiar em todos os parlamentares, quem está realmente do seu lado? Quem você quer que esteja com você na trincheira, no momento em que o Estado decide criminalizar suas convicções?
Ah, e antes que algum “isentão” venha dizer que isso é exagero, que a democracia está firme, que a Constituição está sendo respeitada… vai lá no artigo publicado no O Globo, seção “Blogs / Sonar – A Escuta das Redes”. Eles relatam o caso com aquele ar de jornalismo neutro, mas fazem questão de jogar na cara que Malafaia é “pastor evangélico” — como se isso desqualificasse o que ele tem a dizer. É uma forma sutil de descredibilizar. Uma estratégia velha, mas ainda muito usada: ridicularizar o conservador por sua fé, como se a fé anulasse o senso crítico. É assim que eles operam.
E olha o que mais o O Globo fez questão de lembrar: que Antonio Carlos Rodrigues já foi ministro de Dilma Rousseff. Sim, a mesma Dilma do estelionato eleitoral, do “não vai ter meta”, do petrolão. E agora esse ex-ministro petista está no PL, partido conservador. Acha normal? Acha coerente? Ou você começa a entender que, para muitos, partido é apenas uma sigla de aluguel?
Sabe o que dói? É ver que a base do governo Lula conseguiu mobilizar 146 assinaturas para apoiar a urgência do projeto da Anistia. Já o PL, partido que deveria liderar a reação conservadora, conseguiu apenas 88. E duas dessas foram anuladas por erro técnico, inclusive a do líder do partido. Como assim? Como é que, no jogo mais importante do momento, a gente entra em campo com o time desorganizado e os jogadores batendo cabeça?
Você pode até pensar: “Mas pelo menos conseguiram 262 assinaturas, mais que o mínimo necessário.” Sim, é verdade. Mas não se iluda. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já avisou que não tem pressa em pautar o projeto. Disse que não quer gerar “crises institucionais”. Ou seja, o medo de desagradar ao STF é maior do que o compromisso com os eleitores. Você, que colocou esses caras lá, é a última prioridade.
E aqui vai um recado direto pra você, que acompanha a política de verdade, que lê o Conservadores Online, que investe, que sabe fazer conta, que não aceita ser manipulado por manchetes da velha mídia: não dá mais pra votar em político frouxo. Não dá mais pra eleger traíra. Precisamos cobrar, pressionar, expor — como fez Malafaia. Doa a quem doer. Isso não é ataque pessoal. Isso é responsabilidade cívica.
Você confiaria sua liberdade a uma traíra? Porque, no fim das contas, é disso que se trata. Cada votação ignorada, cada projeto engavetado, cada acordo feito com o sistema representa um passo a menos na sua liberdade, na sua segurança, na sua autonomia. Um Estado cada vez mais presente, e você cada vez mais silenciado.
E não pense que esse texto é só desabafo. É um chamado. Você precisa se informar, se posicionar, se organizar. Comece identificando quem são os parlamentares que realmente te representam. Veja quem assinou o requerimento do PL da Anistia. Veja quem se calou. E, principalmente, lembre disso em 2026. Porque eleição não é guerra vencida, é batalha permanente. E o inimigo sabe disso. Por isso, ele nunca descansa.
Nós, conservadores, precisamos parar de apenas reagir e começar a agir. A esquerda planeja, infiltra, articula, controla narrativas. Enquanto isso, muitos da direita só fazem barulho nas redes, mas esquecem da política real, onde as decisões de verdade acontecem. E, como você viu nesse episódio, até dentro do PL tem quem já esteja falando a língua do adversário.
Agora me diga: você vai continuar sendo enganado por político que só aparece em época de campanha com camisa da seleção e discurso de “sou contra o sistema”? Ou vai exigir coerência, ação, coragem e lealdade? Porque é disso que precisamos agora.
Silas Malafaia teve a coragem de expor os traidores. Agora cabe a você ter a coragem de não esquecer.
Com informações O Globo
