
Você acorda, olha ao redor e se pergunta: onde foi parar a dignidade do cidadão honesto neste país? Em um tempo onde tudo parece de cabeça para baixo, onde o bandido é exaltado e o trabalhador humilhado, eis que surge uma voz corajosa no meio do silêncio ensurdecedor do poder. Sim, você merece bater palmas de pé para o artigo de Madeleine Lacsko, publicado na Gazeta do Povo no dia 03/05/2025 às 08:00. Porque enquanto muitos se escondem atrás de pautas vazias, ela teve a coragem de apontar o dedo para o escândalo que ninguém em Brasília quer discutir.
Você sabe do que estamos falando. Um rombo bilionário. Não é metáfora, é número: R$ 6,3 bilhões saqueados diretamente dos bolsos de aposentados brasileiros. Gente simples, que trabalhou uma vida inteira para ter direito a um descanso justo, agora virou estatística no jornal. E o que faz o presidente da República? Recebe sindicalistas com pompa no Planalto, enquanto os aposentados lesados aguardam, em vão, um gesto mínimo de solidariedade.
E aí você entende: não é falta de tempo, não é distração, é escolha. O silêncio do presidente não é omissão, é cumplicidade política. É você sendo passado para trás mais uma vez, enquanto os amiguinhos do sistema fazem pose para foto.
Você já viu esse filme antes, não é? Você viu quando o mensalão explodiu e, mesmo assim, ninguém foi pra cadeia de verdade. Você viu na Lava Jato, quando o país parou para acompanhar o cerco aos corruptos, e depois viu tudo desmoronar com decisões judiciais esdrúxulas e anulações convenientes. E agora, você vê de novo: o dinheiro sumiu, o INSS ignorou alertas, a CGU comprovou o esquema… e Lula sorri.
A jornalista Madeleine não apenas relata os fatos com precisão cirúrgica – ela faz aquilo que um verdadeiro jornalista deve fazer: confronta o poder com coragem. E vamos ser francos, coragem é artigo de luxo hoje em dia na imprensa brasileira. A maioria se contenta em repetir narrativas mastigadas, evitar confronto com os “aliados do bem”, enquanto fecha os olhos para o que realmente importa.
Você precisa entender uma coisa: esse escândalo do INSS é um divisor de águas. Ele escancara, sem disfarce, que o Estado brasileiro virou um balcão de negócios onde o cidadão de bem é o produto à venda. Você, que paga impostos, que respeita as leis, que acorda cedo e ainda acredita em honestidade… virou linha de rodapé no orçamento público.
Não é coincidência que Lula tenha escolhido se calar diante da dor dos aposentados. É conveniência. Ele sabe exatamente onde está o seu eleitorado, quem sustenta seu projeto de poder, e não são os velhinhos da fila do INSS. São os sindicatos, essas máfias legalizadas que se infiltraram nas estruturas do Estado como parasitas, se alimentando da miséria alheia e vendendo militância travestida de direitos.
Você se lembra de quando o sindicato era feito por operário? Agora é por advogado engravatado com apartamento em Ipanema. Você se lembra de quando a Previdência era símbolo de proteção ao trabalhador? Agora virou banco de oportunidade para criminosos infiltrados com CNPJ e carimbo oficial.
E se você acha que o governo vai responsabilizar os culpados, pense de novo. O próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já avisou: o dinheiro para cobrir o buraco não sairá do orçamento federal. Traduzindo: ou você paga, ou ninguém paga. Enquanto isso, carros de luxo, joias, imóveis e até armas foram apreendidos com os envolvidos. Mas o dinheiro mesmo, aquele do seu bolso, continua sumido.
Você já percebeu o tamanho da ironia? Lula se vende como defensor dos pobres, mas ignora solenemente milhões de aposentados enganados por sindicatos parceiros. E se Madeleine não tivesse escrito esse artigo, quantos outros jornalistas teriam tido a coragem de denunciar essa inversão moral?
Não dá mais para você aceitar essa normalização da tragédia. O Brasil virou um lugar onde escândalos bilionários causam menos indignação que um tweet mal interpretado. Onde aposentado enganado vale menos que militante sindical com camiseta vermelha.
Você, que ainda acredita no Brasil, precisa entender: ou você se posiciona agora, ou aceita viver sob o julgo de um sistema que só respeita quem grita mais alto, não quem trabalha mais duro.
E é por isso que textos como o de Madeleine são tão valiosos. Porque eles não apenas informam – eles acordam. Eles te mostram que, mesmo quando parece que todos se calaram, a verdade ainda encontra abrigo em algumas poucas vozes corajosas. E hoje, você precisa se perguntar: que lado você vai escolher?
Não é sobre esquerda ou direita, é sobre decência. É sobre o mínimo de respeito que o cidadão honesto deveria ter por parte do Estado. É sobre justiça. Mas, acima de tudo, é sobre memória.
Você não pode esquecer o que estão fazendo com os aposentados. Você não pode deixar que isso seja enterrado pela próxima pauta progressista da semana. Porque se você esquecer hoje, amanhã pode ser você o próximo alvo do sistema.
Madeleine, parabéns. Você fez mais pelo Brasil em um artigo do que muitos parlamentares fizeram em toda a legislatura. Você honrou o jornalismo, defendeu o povo, e deu voz a quem foi silenciado.
Você que lê agora, compartilhe, comente, proteste. Use sua voz. Porque se até mesmo a imprensa independente se calar, só restará o silêncio do Planalto – o mesmo silêncio que permite o roubo de bilhões dos nossos velhinhos.
A pergunta é simples, e Madeleine a colocou com a clareza de quem enxerga além da fumaça: por que Lula se reuniu com sindicalistas, mas não com os aposentados vítimas de uma fraude?
A resposta, você já sabe. Porque neste governo, o trabalhador de verdade virou figurante. O protagonista é o militante. E enquanto isso, o Brasil real sofre, paga, espera.
Mas você não precisa aceitar isso calado.
Com informações Gazeta do Povo