STF lacra celulares de advogados e jornalistas em julgamento político

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Plenário da Primeira Turma do STF, colegiado que julga a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista de 2022 – Pedro Ladeira – 24.mar.25/Folhapress

Você acorda de manhã, pega seu café, liga a televisão ou abre o celular. Mais uma notícia envolvendo o STF, claro. Afinal, parece que os ministros descobriram uma nova função para a toga: ela agora serve como capa de super-herói em defesa da “democracia”. Mas que democracia é essa em que advogados e jornalistas têm seus celulares lacrados, como se fossem criminosos flagrados em delito?

É, você não leu errado. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, presidida pelo nada imparcial Cristiano Zanin – sim, ele mesmo, o advogado que advogava para Lula antes de virar ministro – decidiu que, por algum motivo mágico, advogados e jornalistas que acompanham o julgamento do chamado “núcleo 2 da trama golpista” deveriam ter seus celulares lacrados.

Segundo a Folha de S.Paulo – que, cá entre nós, só resolveu noticiar porque provavelmente achou que a medida foi “dura, porém justa” –, o motivo seria o “descumprimento de normas do tribunal”, já que algumas pessoas ousaram filmar a entrada do ex-presidente Jair Bolsonaro no plenário. Filmar uma figura pública entrando num espaço público, diga-se de passagem. Mas, claro, estamos num Brasil onde o que antes era jornalismo agora virou “atentado institucional”.

Você, cidadão comum, que ainda acredita que existe algum tipo de separação entre os poderes ou que a Constituição ainda vale alguma coisa, precisa entender o seguinte: isso aqui virou um teatro mal ensaiado, onde os autores principais – ministros togados – declamam suas falas com a convicção de que o povo vai aplaudir no final.

E você, vai aplaudir?

Enquanto isso, a OAB, que deveria estar em combustão espontânea diante da afronta à liberdade profissional dos advogados, mandou um mero “observador” para assistir ao circo. Um observador, veja só. Como se estivéssemos em uma simulação de julgamento na Coreia do Norte e precisássemos apenas tomar nota, sem nos intrometer no “andar natural das coisas”.

Você se dá conta da gravidade disso?

Celulares de advogados e jornalistas sendo lacrados. Sob a batuta de um tribunal que deveria defender justamente a liberdade e a legalidade. Como confiar em um julgamento, qualquer julgamento, se as garantias fundamentais estão sendo desintegradas em nome de uma suposta “ordem” do plenário?

E não pense que isso é um evento isolado. É parte de uma estratégia maior, uma campanha sistemática de cerceamento da oposição e de quem ousa questionar a narrativa vigente. Os alvos? Sempre os mesmos: Bolsonaro, seus aliados, e qualquer um que não se curve ao progressismo judicializado que se instaurou no Brasil.

O julgamento em questão é sobre o tal “núcleo 2” da chamada trama golpista. Um nome bonito, cinematográfico, daqueles que rendem manchete de impacto, mas que, na prática, mais parece um roteiro mal escrito de uma série autoritária. Estão no banco dos réus Filipe Martins, Mário Fernandes, Marcelo Câmara, Silvinei Vasques, Marília Alencar e outros nomes que fizeram parte da gestão passada. Gente que, até ontem, trabalhava legalmente para o governo, e que hoje é tratada como se tivesse armado um assalto ao Estado Democrático de Direito.

E adivinhe: todos eles viraram réus por “tentativa de golpe”. Isso mesmo. A acusação é de que participaram de uma “organização” que pretendia impedir a posse de Lula, o senhor da moralidade, o redentor da esquerda, o homem que saiu da prisão para governar o país sem nunca ser absolvido dos crimes que cometeu.

Mas quem filma a entrada de Bolsonaro no STF, ah, esse sim é o verdadeiro golpista.

A cereja do bolo? O ministro Alexandre de Moraes, o justiceiro das redes sociais, proibiu que fossem feitas fotos ou vídeos do ex-assessor Filipe Martins em Brasília. Isso inclui a chegada, a saída, a respiração, o piscar dos olhos. Nada pode ser divulgado, sob pena de prisão. Você ouviu bem: prisão.

O ministro diz que mesmo terceiros não podem publicar imagens. Terceiros. Você aí, com seu celular na rua, filmando uma pessoa pública no espaço público, pode ir direto para a cadeia se ousar contrariar a ordem de Vossa Excelência.

Esse é o ponto a que chegamos.

No meio disso tudo, o advogado Sebastião Coelho, homem corajoso, e seu colega Marcelo Sant’Anna, subiram à tribuna para defender Filipe Martins. E o que aconteceu? Marcelo rasgou o saco de lacração de celular (sim, usaram até saco!) e utilizou o aparelho na primeira fila da sessão. Resultado? Repreendido. Recebeu outro saco. Porque agora temos até isso: fiscal do saco de celular.

Você já se perguntou o que aconteceria se a situação fosse inversa? Se fossem advogados de petistas sendo lacrados, se fossem jornalistas da CartaCapital sendo proibidos de usar celular? O mundo viraria de cabeça para baixo. Haveria editorial do New York Times, discurso na ONU, hashtags globais pedindo “democracia no Brasil”.

Mas como é contra conservadores, ninguém diz nada.

É aí que entra o seu papel.

Você, que ainda acredita em valores como liberdade, família, pátria e verdade, precisa começar a perceber que essa guerra não é mais simbólica. Ela é real. É uma guerra institucional, jurídica, ideológica e comunicacional. E o inimigo não está mais nas sombras. Ele veste toga, ocupa o noticiário e sorri em plenário enquanto destrói o que restava da democracia.

Enquanto isso, os jornais, como a própria Folha de S.Paulo, fazem questão de relatar os fatos com aquele ar blasé de normalidade. Como quem diz: “Olha que interessante essa nova medida do Supremo. Eles estão protegendo a integridade do julgamento.” Protegendo de quem? Do cidadão? Do advogado? Do jornalista?

A pergunta é direta: você vai continuar assistindo calado?

Eles contam com isso. Contam com a sua apatia, com a sua conformidade, com o seu medo. Por isso atacam o advogado na tribuna. Por isso vigiam jornalistas. Por isso lacram celulares. Eles sabem que o brasileiro médio está cansado, sem tempo, sufocado pelas contas e pela política do medo. E é aí que a nova ditadura se instala: quando o povo deixa de reagir.

Mas você pode fazer diferente.

Você pode compartilhar esta realidade. Pode denunciar esses abusos. Pode exigir que sua entidade de classe se manifeste. Pode escrever, falar, gritar se for preciso. Porque se hoje lacram celulares no Supremo, amanhã podem lacrar sua liberdade – e não haverá câmera para registrar.

Não se engane: isso não é sobre Bolsonaro, Filipe Martins ou qualquer outro nome da chamada “trama golpista”. É sobre você. Sobre a sua liberdade. Sobre o que você está disposto a tolerar em nome de uma democracia que já não existe, mas que fingem manter viva com espetáculos judiciais cada vez mais distantes do bom senso.

A cada nova sessão no Supremo, a cada nova medida autoritária, um pedaço do Brasil livre vai sendo enterrado. E você precisa decidir de que lado vai ficar.

Do lado de quem lacra celulares?

Ou do lado de quem ainda acredita que a Constituição serve para proteger o cidadão, e não para blindar o poder de poucos?

A escolha é sua.

Com informações Folha de S.Paulo

Leandro Veras

Fundador e Editor do Conservadores Online

Leandro Veras acompanha de perto a política e os bastidores do poder no Brasil, com um olhar atento para os impactos sociais, econômicos e morais das decisões tomadas em Brasília. Atua como uma voz ativa no debate público, abordando temas que vão desde os jogos de influência entre o STF e o Congresso Nacional, passando pelas relações do Brasil com Israel e o Ocidente, até os reflexos das crises globais no cotidiano das famílias brasileiras. Já escreveu sobre tudo: desde a interferência da China no agronegócio brasileiro, passando por imigrantes ilegais nas fronteiras amazônicas, até agricultores brasileiros queimando safra por falta de infraestrutura e apoio governamental. Seu compromisso é com a verdade, a liberdade e os valores cristãos que moldaram nossa civilização.

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