
Você já parou para se perguntar se realmente vivemos em um Estado de Direito? Ou será que tudo não passa de uma encenação institucional onde o roteiro é escrito por ministros supremos que, curiosamente, sempre seguem o mesmo enredo quando o personagem principal é alguém com posicionamentos conservadores?
Pois é, meu caro leitor do Conservadores Online, essa semana, mais uma vez, assistimos a um desses capítulos que desafiam a lógica jurídica, o bom senso e, principalmente, o respeito à Constituição. E não é exagero nenhum afirmar isso. A notícia veio da jornalista Manoela Alcântara, publicada às 15h05 do dia 9 de maio de 2025, no site Metrópoles: “STF tem maioria para condenar Zambelli a 10 anos por invasão ao CNJ”. E não é só isso — além da pena absurda, o Supremo ainda quer cassar o mandato da deputada Carla Zambelli, como se a soberania do voto popular fosse um detalhe irrelevante diante do desejo de vingança institucionalizada.
Sim, você leu certo. Dez anos de prisão. Regime fechado. Perda de mandato. Indenização de R$ 2 milhões. Tudo isso, com base em um processo que tem muito mais cheiro de vendeta política do que de Justiça imparcial.
Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin já votaram. Já formaram maioria na Primeira Turma do STF. Faltam só os votos de Luiz Fux e Cármen Lúcia. Mas convenhamos: esperar imparcialidade de um tribunal onde a toga virou capa de super-herói ideológico é otimismo demais. O Brasil está assistindo, e muitos ainda fingem não perceber o que está sendo armado diante dos nossos olhos.
Você quer saber por que isso é grave? Porque quando uma deputada eleita por milhares de brasileiros é tratada como uma criminosa de alta periculosidade por supostamente ter envolvimento em um ataque virtual — cuja autoria técnica ainda é disputada —, enquanto criminosos de verdade, com ficha corrida e tudo, são tratados com benevolência e indulto, então não há mais segurança jurídica. Há apenas uma justiça de ocasião, que serve para destruir adversários e manter intocáveis os aliados do sistema.
Segundo a denúncia, Carla Zambelli teria solicitado ao hacker Walter Delgatti que invadisse o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir documentos falsos — inclusive um mandado de prisão contra o próprio Alexandre de Moraes. O caso remonta ao período entre agosto de 2022 e janeiro de 2023. Delgatti, que adora os holofotes, já foi personagem de outras histórias parecidas e é notoriamente inconstante em seus depoimentos. Mas veja: mesmo com versões conflitantes, mesmo com contradições, mesmo com a ausência de uma prova incontestável de autoria e dolo, o julgamento já tem destino certo.
O relator, obviamente, é Moraes, o mesmo ministro que aparece como “vítima” do suposto mandado de prisão adulterado. Qualquer advogado minimamente informado sabe que isso é uma aberração jurídica: como pode um juiz relatar e votar em um processo onde ele mesmo é o alvo das ações? Isso não é apenas imoral; é juridicamente insustentável. Mas, no Brasil de hoje, as regras não importam — importa o resultado político.
E ainda tem mais: como já ficou claro, a delação ou o testemunho de Delgatti tem sido tratado com a mesma reverência que se daria a uma encíclica papal. E por quê? Porque convém. Porque serve à narrativa. E porque pode justificar o encarceramento de uma das vozes mais firmes contra o autoritarismo do Supremo.
Agora, seja honesto com você mesmo: se Carla Zambelli fosse uma deputada de esquerda, alguém alinhado à militância progressista, você acha mesmo que estaríamos diante dessa mesma situação? Claro que não. Estaríamos, provavelmente, diante de notas públicas de apoio, campanhas de solidariedade, acusações de “perseguição política” e hashtags mobilizando artistas e influencers. Mas como se trata de uma mulher conservadora, combativa, cristã e que não se curva diante das ameaças do sistema, ela virou alvo prioritário. É disso que se trata.
Aliás, nem mesmo os valores das penas fazem sentido. Delgatti, suposto executor da ação, recebe 8 anos e 3 meses. Já Zambelli, que seria “apenas” a mandante, leva 10 anos. Isso, do ponto de vista técnico, já desmonta a narrativa. Em qualquer sistema penal sério, a autoria intelectual sem provas diretas não justifica pena maior que a do executor. Mas no Brasil de Moraes, Dino e Zanin, a lógica foi expulsa da sala de audiências há muito tempo.
E, como se não bastasse, ainda querem impor a perda de mandato, como se o voto de milhares de brasileiros fosse um incômodo para os donos do poder. A soberania popular virou um estorvo para os iluminados do Supremo, que hoje mais parecem um senado vitalício romano do que uma corte constitucional. Eles não interpretam mais a Constituição — eles a reescrevem conforme os ventos da conveniência ideológica.
Talvez você ainda tenha dúvidas sobre o quanto essa perseguição é pessoal e política. Então vamos aos fatos: Cristiano Zanin, que também votou contra Zambelli, foi advogado pessoal de Lula. Sim, o mesmo Lula condenado em três instâncias e que hoje caminha sorridente pelos salões do Planalto após ter suas condenações anuladas por… adivinha quem? Isso mesmo: pelo Supremo.
O mesmo STF que hoje julga e condena uma deputada com base em uma narrativa frouxa e politicamente conveniente, é o mesmo que rasgou a Lava Jato, anulou provas, desmoralizou procuradores e entregou a chave do país de volta ao PT. Você ainda acredita em imparcialidade?
Você, que acompanha o Conservadores Online, sabe que não estamos aqui para pintar uma realidade cor-de-rosa. A verdade dói, mas precisa ser dita: estamos vivendo um momento onde o sistema judicial se tornou instrumento de repressão contra opositores. E o julgamento de Zambelli é apenas mais um episódio disso.
Não se trata apenas de Carla Zambelli. Trata-se de você, de mim, de todos nós. Trata-se do futuro do país. Porque hoje é ela que está no banco dos réus. Amanhã pode ser qualquer um que ouse desafiar o sistema. A mensagem está clara: ouse pensar diferente, ouse falar mais alto, ouse defender a liberdade — e você será esmagado.
E o mais revoltante é perceber o silêncio ensurdecedor da classe política. Cadê os deputados que deveriam defender uma colega de mandato? Cadê os juristas que deveriam se levantar contra esse abuso? Cadê a imprensa livre que diz prezar pela democracia? Todos acovardados. Todos omissos. Todos cúmplices.
Enquanto isso, você paga a conta. Com impostos. Com censura. Com a sua liberdade sendo cerceada a cada dia. Porque um sistema que prende uma deputada por motivos duvidosos é o mesmo que se prepara para prender qualquer cidadão que ouse fazer oposição — seja nas redes sociais, seja nas urnas.
Você pode até não gostar de Carla Zambelli. Pode discordar do estilo dela, das palavras fortes, da combatividade. Mas o que está em jogo aqui é muito maior. O que está sendo assassinado é o Estado de Direito, é o devido processo legal, é a presunção de inocência, é o voto do povo sendo pisoteado por togados com sede de poder.
A jornalista Manoela Alcântara, ao trazer essa matéria, expôs não apenas os fatos processuais, mas sem querer revelou algo ainda mais profundo: o desequilíbrio institucional do Brasil. Um país onde juízes não se limitam a julgar, mas fazem política com a toga. Um país onde ministros transformam seus cargos vitalícios em trincheiras ideológicas.
Se você ainda acha que isso tudo não afeta a sua vida, pense de novo. Pense no precedente que está sendo criado. Pense nas liberdades que estão sendo apagadas, uma a uma, sob o pretexto de proteger a democracia. Mas que democracia é essa que não tolera o contraditório?
O que está acontecendo com Zambelli é um alerta. Um aviso. Um grito. E se você não ouvir agora, talvez seja tarde demais quando chegar a sua vez. Porque em uma nação onde a justiça é usada como arma política, ninguém está realmente seguro.
Então, meu amigo, abra os olhos. Questione. Denuncie. Compartilhe. O Brasil precisa de você mais do que nunca. Porque o que está em jogo não é apenas o destino de uma deputada. É o futuro de toda uma geração. E a nossa omissão de hoje pode ser o nosso cárcere de amanhã.
Com informações Metrópoles