
A cada nova canetada do ministro Dias Toffoli, o Brasil real se afunda mais um palmo na lama da vergonha institucional. Mas vamos deixar o decoro de lado — afinal, ele já foi pro ralo há tempos — e conversar como gente grande: o que mais precisa acontecer para que os brasileiros entendam que o Supremo Tribunal Federal virou uma espécie de quartel-general da impunidade petista?
A manchete é pomposa, teatral e — como manda o figurino da nova elite judiciária — escrita com ares de heroísmo: “Toffoli anula atos da Lava Jato contra ex-ministro Paulo Bernardo”. Mas o que isso significa na prática, caro leitor? Significa que, no Brasil de 2025, um ex-advogado do PT — que, veja só que ironia do destino, hoje usa toga e senta na mais alta corte do país — pode simplesmente anular anos de investigações criminais, alegando “conluio” entre o Ministério Público e um juiz que ousou mexer com os donos do poder.
Sim, você leu certo: Sergio Moro e procuradores da Lava Jato agora são tratados como se fossem o problema do país. Os que combateram o câncer da corrupção institucionalizada são rotulados de golpistas, parciais, perigosos. E os investigados? Esses, claro, voltam ao status de vítimas — coitadinhos dos petistas perseguidos pela Justiça burguesa.
A decisão do ministro Toffoli — segundo o artigo original da jornalista Ana Pompeu, da Folha de S.Paulo — anula todos os atos da Lava Jato contra o ex-ministro Paulo Bernardo, braço direito de Dilma Rousseff e marido da senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT e, diga-se de passagem, defensora incondicional de ditaduras amigas. Bernardo, para refrescar sua memória, era investigado por suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema da “Custo Brasil”, uma continuação da “Pixuleco 2”.
Mas Toffoli, esse paladino da democracia (versão bolivariana), resolveu que tudo não passou de um grande mal-entendido jurídico, uma “anomalia institucional”, como ele mesmo diz com toda pompa. O argumento? Um suposto conluio entre Moro e o MP para prender o queridinho da companheirada. Choramos aqui, de emoção e revolta.
Agora veja bem: o sujeito que ocupava o Ministério do Planejamento durante os governos de Lula e Dilma, envolvido em contratos fraudulentos com empresas de software e repasses milionários de propinas, está sendo inocentado não porque provaram sua inocência — mas porque o juiz e os promotores que investigaram o caso teriam “combinado” a operação. Se isso não é o triunfo da canalhice togada, o que seria?

Ah, e não se esqueça de que Toffoli já havia anulado provas contra Paulo Bernardo em 2024, aquelas que vieram dos acordos de leniência da Odebrecht — sim, aquela empreiteira símbolo da roubalheira institucionalizada que financiava campanhas petistas com dinheiro desviado de obras superfaturadas e contratos simulados. Em 2025, ele apenas completou o serviço: varreu a Lava Jato do caminho de um ex-ministro condenado pelo povo, mas blindado pelo sistema.
E aqui vale o lembrete: Dias Toffoli foi advogado do PT e assessor jurídico da Casa Civil no governo Lula, indicado ao STF não por méritos jurídicos (afinal, foi reprovado duas vezes no concurso para juiz de primeira instância), mas por pura lealdade ideológica. Hoje, está onde está porque o aparelhamento do Estado brasileiro foi feito com maestria pela esquerda revolucionária, e a consequência disso é que um operador do sistema se tornou guardião da “legalidade” no país.
Mas, ora bolas, por que ainda nos surpreendemos? Toffoli já disse, com todas as letras, que a Lava Jato foi o “maior erro institucional da história do Judiciário brasileiro”. Sim, para ele, o erro não foi o saqueamento da Petrobras, os bilhões desviados da educação e da saúde, as malas de dinheiro em apartamentos — o erro foi tentar pôr ordem no galinheiro petista. Que audácia de Sergio Moro!
E a imprensa? Ah, a nossa gloriosa imprensa militante não decepciona. A Folha — esse panfleto disfarçado de jornal — noticia a decisão de Toffoli como se fosse uma espécie de justiça poética, uma reparação histórica. A jornalista Ana Pompeu se limita a relatar os “fatos jurídicos” com a isenção típica da casa: repete os termos usados pelos advogados do ex-ministro, destaca o “conluio” como se fosse dogma e fecha o texto como se o Brasil tivesse dado um passo rumo ao Estado de Direito. Só esqueceram de dizer que esse direito é só para os amigos do regime.
Aliás, que timing perfeito! Dias depois da nova leva de denúncias da Lava Jato que poderiam, veja só, atrapalhar a imagem de certos figurões da esquerda, Toffoli surge como o super-herói togado, empunhando sua espada (caneta) contra os opressores de Curitiba. Sim, no Brasil de 2025, o juiz que manda prender corrupto é vilão; o ministro que anula investigações é estadista.
E você aí, caro cidadão de bem, que paga seus impostos, que acredita no trabalho honesto, que lutou por um país livre da corrupção, vê tudo isso acontecer sem poder fazer nada. Você que votou acreditando na mudança, agora tem que engolir a anulação de um processo robusto, com dezenas de provas, porque o Supremo decidiu que o problema estava no modo como se pegou o ladrão — não no roubo em si.
Enquanto isso, Paulo Bernardo, Lula, Dirceu e companhia limitada vão colecionando absolvições e anulações. Não porque provaram inocência, mas porque o STF virou uma trincheira política. E o povo? O povo é só o bobo da corte, chamado de “fascista” quando ousa discordar.
E para aqueles que ainda acreditam que tudo isso é “teoria da conspiração”, deixo uma pergunta singela: por que todas as decisões recentes do STF beneficiam sistematicamente políticos da esquerda? Coincidência? Falha do sistema? Ou projeto de poder em curso, onde a toga serve para blindar quem de fato manda no país?
Quer um exemplo gritante? Compare a velocidade com que a Justiça trata casos da Lava Jato com o tratamento dado a qualquer escândalo envolvendo opositores da esquerda. Basta um delator citar um nome alinhado ao bolsonarismo para a mídia convocar plantão, o STF abrir inquérito, e a opinião pública pedir a cabeça. Já do lado vermelho da força, qualquer investigação é vista como “perseguição”, “lawfare”, “golpe”.
Dias Toffoli é, nesse sentido, o símbolo máximo do Brasil invertido: um país onde o agente da lei é o criminoso, e o criminoso é o mártir. Onde a verdade é moldada pela ideologia, e a justiça serve aos amigos do rei.
Mas não se engane: a história cobrará. Porque uma nação que abandona seus heróis — como foi com Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato — está fadada a ser escrava dos seus algozes. O que Toffoli fez com sua decisão não foi apenas livrar um ex-ministro corrupto da cadeia — foi cuspir na cara dos brasileiros honestos, zombar da Justiça, e declarar abertamente: a lei somos nós, e nós decidimos quem será punido.
E nós, conservadores, liberais, patriotas, não podemos calar. Não podemos aceitar que uma elite togada, em conluio com o pior da política nacional, destrua o futuro de milhões de brasileiros para proteger seus aliados de ontem e de hoje. Porque o Brasil é maior do que os caprichos de um ministro sem voto, sem mérito e sem vergonha.
O povo pode ter sido enganado uma vez. Pode ter confiado demais em instituições que se tornaram instrumentos de perseguição seletiva. Mas não será enganado para sempre. As máscaras estão caindo. E quando a verdade romper a blindagem ideológica, nem Toffoli, nem Lula, nem os juízes de estimação do sistema conseguirão apagar a memória do povo.
Porque diferente deles, nós temos algo que não se compra, não se nomeia, e não se anula por despacho: a consciência limpa de quem luta pelo que é certo.
Com informações Folha de S.Paulo