“Zanin diz que não tem ‘sentimento negativo’ contra Bolsonaro e não abre mão de julgamento” – diz Estadão

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Defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu impedimento do ministro Cristiano Zanin. Foto: WILTON JUNIOR

Ah, a política brasileira! Sempre um show de entretenimento para quem tem estômago forte e paciência para assistir a manobras jurídicas dignas de uma peça de teatro mal encenada. E o protagonista da vez? Cristiano Zanin, ex-advogado de Luiz Inácio Lula da Silva, aquele mesmo que, em um passe de mágica (e algumas canetadas generosas), foi parar no Supremo Tribunal Federal. Agora, com a toga devidamente ajustada, ele se vê na desconfortável posição de julgar Jair Bolsonaro, seu antigo alvo nos tribunais. Mas veja bem, segundo ele, não há nenhum motivo para suspeição. Nenhumzinho.

Parece até piada, mas é a mais pura realidade brasileira. O próprio Zanin admite que subscreveu uma notícia-crime contra Bolsonaro, representando o PT, na qual o acusava exatamente do mesmo crime que agora está no centro do inquérito do golpe. Ou seja, atuou diretamente em um processo que girava em torno da suposta tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito por parte do ex-presidente. Mas agora, com a pompa de um ministro do STF, ele jura de pés juntos que sua atuação foi puramente técnica e restrita aos autos. Ah, claro. Afinal, todos sabemos que advogados petistas são conhecidos por sua imparcialidade quando o assunto é Bolsonaro.

Zanin, com a naturalidade de quem acredita piamente que os brasileiros ainda compram esse tipo de narrativa, diz que sua participação como advogado do PT não tem qualquer influência sobre sua isenção como juiz do caso. É como se um torcedor organizado julgasse uma partida do time rival e alegasse que não há qualquer viés em suas decisões. A imparcialidade, segundo o excelentíssimo ministro, é absoluta. Uma beleza!

É curioso que, em maio deste ano, Zanin se declarou impedido de julgar um outro caso de Bolsonaro – aquele que tratava da inelegibilidade do ex-presidente. Na época, achou que haveria um “conflito de interesses” porque tinha atuado no tema antes. Mas, vejam só, agora que o assunto é a tal “tentativa de golpe”, o contexto é totalmente diferente, segundo ele. O caso cível e eleitoral era um, o criminal é outro, então tudo certo, não há problema algum. Um raciocínio brilhante, não? Ou, para os mais céticos, uma desculpa esfarrapada que não se sustenta diante dos fatos.

O que temos aqui é um jogo de palavras para justificar o injustificável. Zanin quer nos convencer de que sua proximidade jurídica com o PT não influencia em nada sua posição como julgador de um caso que envolve o maior adversário político do partido. É o mesmo que dizer que um árbitro que já processou um time pode apitar um jogo decisivo desse mesmo time sem qualquer viés. Mas sejamos justos: se há algo que esse governo e seus aliados não têm é vergonha na cara para ao menos disfarçar tamanha incoerência.

E claro, não poderia faltar a clássica tentativa de humanizar a narrativa. Zanin, sempre magnânimo, fez questão de lembrar que seu único contato com Bolsonaro foi um singelo encontro no aeroporto de Brasília. Segundo ele, o então ex-presidente se aproximou de forma republicana e civilizada para trocar algumas palavras com o ex-advogado de seu maior adversário político. Uma cena digna de novela, não acha? Praticamente uma reconciliação entre antigos rivais, com direito a um toque de cordialidade institucional.

Agora, como cereja do bolo, a decisão sobre sua suspeição ficou nas mãos de Luís Roberto Barroso, aquele mesmo que, entre uma palestra e outra, já demonstrou sua empolgação com a ascensão da esquerda no Brasil. A defesa de Bolsonaro, sabendo muito bem a enrascada que isso representa, também pediu o impedimento de Flávio Dino, outro grande exemplo de imparcialidade e neutralidade dentro do STF. Adivinhem a resposta de Dino? “Não vejo motivo para ser impedido”. Claro, ninguém nunca vê. Só o povo brasileiro, esse bando de paranoicos que insiste em questionar as coincidências.

O que está acontecendo no Brasil não é simplesmente uma disputa política, mas sim um verdadeiro circo onde os donos do picadeiro manipulam as regras conforme lhes convém. O STF, que deveria ser o guardião da Constituição, virou palco para acrobacias jurídicas e malabarismos narrativos. Zanin foi nomeado ministro por Lula, tem um histórico explícito de atuação jurídica contra Bolsonaro, mas, segundo ele, isso não significa absolutamente nada. Para os jornalistas do Estadão, essa história não tem qualquer relevância. Tudo normal, sigam em frente, nada para ver aqui!

A grande verdade, que poucos ousam dizer, é que o Brasil está vivendo um perigoso processo de judicialização da política, onde adversários são retirados do jogo não pelo voto, mas por decisões judiciais de um tribunal composto por figuras escolhidas a dedo pelo governo de plantão. Zanin está lá porque Lula quis que ele estivesse, simples assim. Se isso não é suficiente para ao menos levantar dúvidas sobre sua imparcialidade, então não sabemos mais o que seria.

Enquanto isso, a imprensa dita séria continua com sua cobertura “isenta”, tratando essa evidente distorção como se fosse apenas um protocolo burocrático a ser resolvido. O Estadão, sempre alinhado com a narrativa do momento, sequer questiona a aberração que é um ex-advogado do PT julgando Bolsonaro. Para eles, a palavra de Zanin basta, e qualquer um que ouse questionar essa versão dos fatos é apenas um teórico da conspiração.

No fim das contas, o Brasil se tornou um país onde o absurdo se tornou regra. O STF, que deveria ser um pilar da justiça e da imparcialidade, virou um campo de batalha política onde decisões são tomadas com base em conveniências, e não na Constituição. Zanin pode negar o quanto quiser, pode escrever ofícios pomposos e dar declarações solenes, mas a realidade é clara: ele não tem qualquer condição moral de julgar Bolsonaro. E qualquer um com um pingo de honestidade intelectual sabe disso.

Se há algo positivo nisso tudo, é que pelo menos agora está tudo escancarado. Quem quiser continuar acreditando que essa história não passa de uma questão jurídica e técnica pode seguir em frente. Mas quem enxerga a realidade sabe muito bem que o Brasil está vivendo uma farsa, e que a justiça está cada vez mais longe de ser cega. Aqui, ela tem lado, tem partido e tem objetivos bem definidos. Resta saber até quando a população vai aceitar ser tratada como um bando de idiotas.

Com informações Estadão

Leandro Veras

Fundador e Editor do Conservadores Online

Leandro Veras acompanha de perto a política e os bastidores do poder no Brasil, com um olhar atento para os impactos sociais, econômicos e morais das decisões tomadas em Brasília. Atua como uma voz ativa no debate público, abordando temas que vão desde os jogos de influência entre o STF e o Congresso Nacional, passando pelas relações do Brasil com Israel e o Ocidente, até os reflexos das crises globais no cotidiano das famílias brasileiras. Já escreveu sobre tudo: desde a interferência da China no agronegócio brasileiro, passando por imigrantes ilegais nas fronteiras amazônicas, até agricultores brasileiros queimando safra por falta de infraestrutura e apoio governamental. Seu compromisso é com a verdade, a liberdade e os valores cristãos que moldaram nossa civilização.

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